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SIRESP não podia ter falhado

27-10-2017 - Henrique Pratas

Esta é mais uma das afirmações que o senhor Presidente da República não se devia ter metido tendo em conta a separação de poderes, esta é uma competência do Governo que se encontra em funções e que eu saiba o Presidente da República, não é no atual momento da vida portuguesa comentador politico, de todo o modo dou-lhes conta da atividade que o Presidente da República devolveu, a meu ver mal e se fosse Primeiro-Ministro, não gostaria nada do que fez é o que lhes escrevi já num texto anterior não temos meio-termo, ou temos um Presidente que se mete em tudo mesmo no que não é chamado ou tivemos um de má memória que era uma múmia e que não opinava sobre nada, é a nossa sorte.

Em périplo pelas zonas mais afetadas pelos fogos, o Presidente diz-se "emocionado" com a luta das pessoas e sente que levou uma "sova monumental" com a tragédia.

O Presidente da República considera que o SIRESP, o sistema de comunicações de emergência, não podia ter falhado depois da tragédia de Pedrógão Grande.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve em Penacova, um dos 14 concelhos onde os incêndios do passado fim-de-semana causaram vítimas mortais. Na reunião na Câmara Municipal, Marcelo sublinhou que um sistema de emergência não pode falhar, quando todos os restantes falham.

"Não é possível voltar a acontecer o que se passou em matéria de comunicações. Testemunhei isso logo aquando da tragédia de Junho em relação às comunicações comuns, mas infelizmente ouvi todos os autarcas queixarem-se, na altura como hoje, das comunicações privilegiadas, daquelas que supostamente devem funcionar quando não haja possibilidade de recorrer às comunicações de todos os dias", disse.

O chefe de Estado elogiou o trabalho dos bombeiros, das suas famílias e ainda dos autarcas e das populações, que considerou determinantes no combate aos incêndios e no trabalho após o rescaldo.

Os incêndios do domingo passado provocaram, pelo menos, 44 mortos, que se juntam às 64 vítimas mortais de Pedrógão Grande.

Uma "sova monumental"

O Presidente da República confessou-se este domingo "muito emocionado" pela capacidade de luta das populações afetadas pelos incêndios mas, ao mesmo tempo, diz que sente como se tivesse levado "uma sova monumental" face à tragédia.

Em declarações aos jornalistas em São Pedro de Alva, Penacova, Marcelo Rebelo de Sousa classificou a sua deslocação aos municípios mais afetados pelos fogos como um "suplemento de alma" às populações, adiantando que termina a visita emocionado e impressionado.

"Muito emocionado pela capacidade de luta das pessoas, por aquilo que elas me contaram, como lutaram e estão a lutar. Ao mesmo tempo, como quem leva uma sova monumental, como se fosse atropelado por não sei quantos camiões TIR porque cada drama, cada problema, cada testemunho, impressiona muito", explicou.

Nos dois últimos dias, o chefe de Estado percorreu cerca de 750 km em quatro concelhos do distrito de Coimbra (Pampilhosa da Serra, Arganil, Tábua e Penacova) e no da Sertã (Castelo Branco), uma mancha imensa, contínua, de destruição de floresta, quintais e terrenos agrícolas, mas também de centenas de habitações.

A cada paragem na estrada, a cada povoação afetada pelas chamas, em cada corporação de bombeiros que fez questão de visitar, sempre acompanhado por presidentes de Câmara e autarcas locais – mas não por "assessores, consultores e teóricos" que ficaram em Lisboa, brincou – Marcelo Rebelo de Sousa foi exprimindo palavras de ânimo, conforto e agradecimento.

Foi assim também em vários centros de recolha de bens que nasceram, em vários locais, num ápice, após os incêndios de 15 e 16 de Outubro.

Marcelo visitou, por exemplo, um na Pampilhosa da Serra, onde viu loiça "pela primeira vez", outro em Midões, concelho de Tábua, em que destacou a quantidade de material escolar, livros e brinquedos que ali encontrou, tudo por força de dádivas aos mais necessitados, ou em Penacova, três pavilhões "cheios de tudo o que se pudesse imaginar".

No sábado, o Presidente da República garantiu que a avaliação que fará deste seu primeiro mandato presidencial estará intimamente relacionada com a intervenção que conseguirá manter junto do Governo e de outras instituições sobre o problema específico dos incêndios e as condições de vida das populações do interior do país.

"Será uma das minhas prioridades", reforçou.

Será que Presidente da República tem que se meter nestas matérias ou estas são da competência estrita do Governo? Como lhes escrevi no início do texto considero este tipo de comportamento perfeitamente desajustado, estas competências são única e exclusivamente do Governo em exercício, ao Presidente da República cabe-lhe outras funções que não esta a não ser que existe algum objetivo menos explicito por detrás deste comportamento do senhor Presidente da República, alguém lhe terá que explicar que ele não é Primeiro-Ministro, Ministro da Administração Interna ou de outra pasta qualquer.

Henrique Pratas

 

 

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