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CONVERSAS EM FAMILIA

27-10-2017 - Henrique Pratas

Não sei se muitos de vós se lembram das célebres “ Conversas em Família” promovidas através da RTP e passadas com a regularidade necessária por Marcelo Caetano, padrinho do atual Presidente da República. Eu não sei se são estas tristes memórias, mas cada vez que vejo o atual Presidente da República na promoção de qualquer ação de promoção do estado português vem-me há memória as “ Conversas em Família” e fico com uma azia que não consigo ver rigorosamente nada, porque o estilo e o modo são iguais para mim, não consigo distanciar-me o suficiente para ver onde é que está a diferença do antes e do agora, mas o problema será certamente meu. Pior agora porque no dia em o Presidente da República falou ao País sobre o flagelo dos incêndios em vez de termos um canal a dar em direto o discurso, tínhamos todos os canais públicos e privados, enquanto no passado apenas tínhamos apenas um, eu optei por ver os desenhos animados, porque entendo que o assunto que foi tratado na referida comunicação ao País o não devia ter sido feito desta forma, assim como acho que as pessoas que foram atingidas por esta calamidade não devem ser tratadas como as coitadinhas, mas sim com a dignidade que qualquer cidadão de plenos direitos merece e nesta situação, a eficiência e a eficácia da solução destas situações deveria ser realizada, de forma célere e com a devida reca tez, sem grandes alardes e grandes parangonas nos órgãos de comunicação social.

Independentemente disto nesta semana o Presidente da República afirmou que “A União Europeia “está sensível a abrir um regime especial”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou "uma boa notícia" a ajuda vinda da União Europeia para fazer face à tragédia dos incêndios, caso esta realmente se venha a verificar. Cá estão resquícios das “ Conversas em Família”, para mim.

"Hoje tivemos a notícia, aparentemente boa, que a União Europeia está sensível, que a Comissão Europeia está sensível para esta tragédia. Está sensível a abrir um regime especial, como já aconteceu no caso de tragédias de outros países da Europa, nomeadamente no sul da Europa, anos atrás", referiu o chefe de Estado, numa visita ao concelho de Tondela, na qual passou das áreas mais fustigadas pelos incêndios de domingo e segunda-feira, mais “ Conversas em Família

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que o executivo comunitário vai "acionar todos os instrumentos de solidariedade" para com Portugal e Espanha. "Isso significa, portanto, uma disponibilidade para entender o que vai ser necessário gastar, para apoiar aqueles que estão a reconstruir estas terras. Isso é uma boa notícia, se se confirmar, mas é evidente que o tempo corre", apressou-se o Presidente da República a explicar, mais “ Conversas em Família, para mim.

O Presidente da República evidenciou que tem a noção de que "não é só a mancha verde que tem de ser refeita e bem refeita", mas também "as atividades produtivas que sofreram, as catividades empresariais que não podem parar, os empregos que não podem ser comprometidos e as reconstruções" e que “são muitas primeiras habitações, mais do que o que eu pensava".

No concelho de Tondela, o Presidente da República deixou uma palavra de esperança para com a terra e as suas gentes que, já ao longo dos séculos, resistiu a desafios.

"E vai continuar a resistir e a avançar para o futuro ultrapassando esta situação. É bom que esta mensagem vá daqui para todos os responsáveis de todo o país, nomeadamente do país urbano e metropolitano que nem sempre compreende o que se passa neste país", rematou o Presidente da República.

Caríssimos leitores volto à minha tenho muita dificuldade em desligar este tipo de ação das designadas “ Conversas em Família”, que passava na sexta-feira na RTP em horário nobre, o defeito está certamente em mim, talvez porque fiquei traumatizado por tais “ Conversas em Família” onde religiosamente a maior parte das famílias abdicavam dos seus afazeres para ouvirem o seu Presidente do Conselho no Estado Novo.

Consigo mesmo fazer o exercício de transportar o Presidente do Conselho do Estado Novo, Marcelo Caetano, para os dias de hoje e com os meios de comunicação social, de transportes, que hoje existem vejo-o a fazer as mesmas ações que o atual Presidente da República faz, mas reitero-vos o problema é meu de certeza, ainda não me consegui despir completamente dos preconceitos que me criaram no Estado Novo.

Henrique Pratas

 

 

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