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Ainda o Episódio de Tancos

27-10-2017 - Henrique Pratas

Existem muitas coisas que nós não sabemos e ainda bem escrevo eu, porque se soubéssemos tudo o que se passa neste País, já estaríamos completamente loucos.

Antes de Tancos, houve Santa Margarida. Peças roubadas encontradas em sucata na Chamusca.

Cinco toneladas de peças foram descobertas numa sucata da Chamusca, cerca de um mês antes do caso de Tancos.

Um conjunto de peças de um carro de combate foi roubado do Campo Militar de Santa Margarida, confirmou a Polícia Judiciária Militar.

De acordo com o Observador, um total de cerca de cinco toneladas de peças foi descoberto numa sucata do concelho da Chamusca, cerca de um mês antes da revelação do roubo de material em Tancos, conhecido a 27 de Junho.

As peças retiradas dos carros de combate da base militar foram vendidas a um sucateiro, que pagou cerca de 800 euros pelo material. O empresário disse às autoridades não se recordar de quem lho vendeu, mais um que tem falta de memória, isto é um mal que está a ocorrer no nosso País com uma frequência assustadora, será que a Medicina não tem nenhuma medida preventiva para este mal, que tanto nos apoquenta nestes últimos tempos, temo mesmo que isto tome contornos de epidemia.

Ainda de acordo com a fonte da PJ Militar, está em curso uma investigação ao caso.

Foi também na Chamusca que a Polícia Judiciária Militar encontrou, esta quarta-feira, "praticamente todo" o material de guerra de Tancos que estava desaparecido.

Já fonte da GNR, citada pelo Observador, diz que o material terá sido furtado de Santa Margarida em "várias visitas" às instalações militares.

Estamos perante mais uma situação em que o responsável máximo do exército já deveria ter assumido as suas responsabilidades e ter dado corda às botas como costumamos afirmar.

Porque primeiro demitiu os 5 comandantes responsáveis das diferentes unidades militares estacionadas no polígono de Tancos, depois mais tarde voltou a nomeá-los, o que é no mínimo estranho ou de difícil compreensão.

Para quem conhece a zona sabe muito bem as fragilidades de segurança que ultimamente o polígono de Tancos tem, está aos olhos de toda agente não é necessário ser perito nestas matérias, mas as coisas não foram sempre assim. A segurança degradou-se e atingiu níveis impensáveis nas diferentes unidades militares aí estacionadas, isto que aconteceu agora decorre do laxismo, que há cerca de 10 anos para cá têm ocorrido.

Ilustro-vos esta situação com um episódio que presenciei, no passado mês de setembro do corrente ano, realizou-se um almoço de confraternização numa da unidades militares que estão dentro do perímetro de Tancos, obviamente que participaram militares que não estão no ativo e algumas amigos desses militares que se deslocaram em viaturas próprias para o referido almoço de confraternização, chegados à porta de armas em vez de pedirem a identificação e verificarem a viatura, quando se disse para o que íamos, recebemos a informação sem mais demandas entrem à vontade e aí fomos nós sem nos identificarmos, nem outro qualquer tipo de medida de segurança.

Eu não sou muito radical nestas questões de segurança, mas depois do que episódio que aconteceu não era de tomar mais precauções face ao sucedido?

O melhor nestas situações é sermos, cegos, surdos e mudos, porque o que foi anunciado na comunicação social não passou do papel à prática, ficou tudo como dantes, apenas se demitiram os 5 comandantes, temporariamente, porque havia que dar um sinal de que as coisas iriam mudar, mas permanece tudo na mesma e ninguém é responsabilizado.

Vá lá uma pessoa entender uma coisa destas.

Henrique Pratas

 

 

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