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SUBMISSOS

22-09-2017 - Henrique Pratas

A nossa sociedade conforme já devem ter notado está repleta de pessoas submissas, ora vamos lá ver o que é uma pessoa submissa.

A submissão é o ato ou ação de se submeter a algo ou alguma coisa; deixar dominar passivamente; uma forma de subordinação, vassalagem ou servidão.

A submissão é baseada na condição de obedecer ordens de um superior , sem o direito de tomar decisões livres ou de se expressar da forma que bem entender. Um indivíduo que vive em estado de submissão é chamado de submisso e é caracterizado pelo excesso de humildade e servilismo. Normalmente, a submissão é marcada pela espontaneidade do submisso perante algo ou alguém, ou seja, uma obediência voluntária.

A submissão pode ser uma ação pejorativa, quando o indivíduo submisso é vítima de humilhação devido a sua condição de extrema humildade ou servidão; a submissão pode ser classificada como uma das características da escravidão.

Na doutrina religiosa, de acordo com a bíblia sagrada cristã, o conceito de submissão faz referência ao temor e obediência que o crente deve ter perante Deus.

Nalgumas doutrinas religiosas e culturais ainda existe a ideia de "submissão feminina", onde a mulher deve ser submissa às vontades e ordens do homem (seu marido, pai ou irmão mais velho, por exemplo) para garantir a "felicidade" e "estabilidade" de uma família.

A submissão e dominação também são ações que estão intimamente relacionadas com o sadomasoquismo, quando um individuo se submete a outro de livre e espontânea vontade para obedecer regras e ordens de conotação sexual. Na maioria dos casos, o uso de um discurso severo e ditatorial é utilizado de forma teatral pelo dominante sob o submisso, a fim de estimular a excitação sexual entre os praticantes do sadomasoquismo.

Ora depois de descrito as diferentes formas de submissão até ao 4.º parágrafo, vocês são capazes de identificá-las no dia-a-dia, eu acrescentaria uma outra que são aqueles que se deixam subjugar para parecer bem ao superior hierárquico, não têm opiniões próprias, limitam-se a concordar com o superior hierárquico qualquer que ele seja. Ideias não têm, ou não as manifestam, são incapazes de ter iniciativa para alguma coisa estão sempre à espera que alguém tome a iniciativa e depois é que vão logo a correr para ajudar o que outros iniciaram, mas tentam fazer passar a mensagem que a ideia partiu deles, estes além de submissos são oportunistas e a nossa sociedade está repleta deles e quem militou em partidos políticos identifica-os com uma ligeireza perfeitamente devastadora.

São pessoas perfeitamente incapazes de ter qualquer espécie de iniciativa, mas empolgam-se quando alguém lhes dá uma ideia para executar e fazem-na sem pensar, muitas vezes servindo-se do trabalho dos outros e das suas ideias, mas apresentam o trabalho como seu.

Uma das características é também porem-se em bicos de pés, quando nem têm bicos e muito menos pés, mas quando a oportunidade espreita e o submisso está presente lá se aconchega ele para aparecer na fotografia, é típico deste tipo de pessoas, normalmente costumamos dizer que em casa ainda é pior porque são as mulheres que mandam, mas quando estas lhe ligam normalmente atendem o telefone dizendo “Olá querida”. Terminada a conversa alguns até dizem mal delas, que são umas chatas que são isto e aquilo mas isto é só fogo-de-vistas porque quando chegam a casa amocham a tudo.

Este é o tipo de pessoa que a nossa sociedade não precisa mas que cada vez há mais, As mulheres e os homens nascem livres e com direito de opinião e assim devem permanecer sem se subjugarem uns aos outros, nem se deixarem subjugarem por qualquer outro tipo de cadeia hierárquica, organização, instituição ou empresa. Não escrevo que deva ser uma anarquia, apenas quero salientar o facto que tanto uns como outros devem pensar, saber ser, saber estar, concordando ou discordando mas com opinião própria.

Este tema levar-nos-ia muito longe desde as relações familiares, às relações nos locais de trabalho ou ainda há forma como nos comportamos em sociedade, aqui acrescento que na maior parte das vezes estamos muito mal, mas é aquilo que consigo observar.

Na sociedade as pessoas estão para tirar partido, ou vantagem seja ela de que cariz seja desde o mais ínfimo até ao máximo é sacar até não poder mais, aquelas conversas de que vos falei que ocorriam no passado nos dias de hoje já não podem acontecer porque a generalidade das pessoas têm ideias pré-concebidas, desconfianças, reservas mentais e andam sempre acanhadas, encolhidas eu sei lá não vos consigo descrever melhor.

Nós dizemos “quem não deve não teme” e é isso mesmo quando agimos de acordo com os nossos valores, consciência, princípios e sem interesses de carácter pessoal, deitamos todos os dias e dormimos tranquilos, não andamos sobressaltados a pensar o que dissemos a este ou àquele, para quando estivermos com ele não lhe contemos uma outra versão daquilo que lhe dissemos anteriormente.

Estas pessoas vivem uma vida “faz de conta”, não corresponde à realidade e por vezes criam nos outros algumas interrogações, quando estes não se preocupam apenas com a sua forma de estar na vida, que são como é que fulano consegue fazer a vida que faz, às vezes vimos a saber que é através de processos expeditos, outras por meios menos lícitos e muitas das vezes o que contam e apregoam aos sete ventos não corresponde à realidade e aí desmorona-se o castelo que construíram para se fazerem importantes perante os outros.

Importante é assumirmo-nos como somos, sermos livres, pensarmos, termos princípios e valores, pensarmos em termos coletivos, não termos vergonha de dizermos o que pensamos e assumirmo-nos como cidadãos de plenos direitos e obrigações, isto sim são os predicados que devem estar subjacente a um cidadão de corpo inteiro, o resto é “escumalha”.

Henrique Pratas

 

 

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