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Quatro países à beira de fome ao mesmo tempo?"

08-09-2017 - Henrique Pratas

"Fome é uma situação rara” esta foi uma das afirmações produzidas pelo Diretor do Programa Alimentar Mundial com a qual eu não estou nada de acordo, a avaliar pelo que se passa em diferentes situações do Globo.

O Mundo enfrenta a maior crise humanitária em 70 anos com quatro países em risco de fome, afirmou do diretor do Programa Alimentar Mundial, dizendo que são necessários 850 milhões de euros, para quê questiono eu?

O diretor do Programa Alimentar Mundial alertou para aquilo que considera ser a maior crise humanitária em 70 anos, com mais de 20 milhões de pessoas no Iémen, Somália, Sudão do Sul e Nigéria em risco de fome.

Uma fome é uma situação rara. Quatro países à beira de fome ao mesmo tempo? Nunca se ouviu falar. Enfrentamos a maior crise humanitária em 70 anos, com 20 milhões de pessoas perto de morrer à fome em quatro países”, afirmou David Beasley.

O americano, que foi nomeado para o cargo pelo secretário-geral, António Guterres, em março deste ano, diz que a situação mais grave acontece no Iémen, onde perto de sete milhões de pessoas são incapazes de sobreviver sem algum tipo de ajuda alimentar.

ONU precisa de 850 milhões de euros

O Programa Alimentar Mundial precisa de 850 milhões de euros para impedir a fome em quatro países até ao final do ano, acrescentou David Beasley.

Precisamos de quase 850 mil milhão de dólares para combater a fome nestes países nos próximos seis meses. Quando estamos com poucos fundos, o programa é obrigado a cortar nas rações de comida, deixando as pessoas com menos do precisam para ter uma vida normal e saudável. Quanto mais dramáticos os cortes, maior o número de pessoas que pode morrer por falta de comida”.

A “Falta de fundos significa que pessoas podem morrer. É tão simples quanto isso”, acrescenta o responsável.

Caríssimos, não estou nada de acordo com estas afirmações porque na minha humilde opinião bastava que os Países que geram excedentes alimentares os canalizassem e distribuíssem pelos Países em situação de pobreza para que a situação fosse atenuada ou se resolvesse, mas lamentavelmente não existem vontades politicas para que isto aconteça e assistimos a diferentes Países no Mundo a deitar fora os seus excedentes, podendo canalizá-los para onde fazem falta e a grande questão é porque é que não o fazem?

Existem várias respostas para esta questão a saber:

  • Não querem;
  • Esta atitude geraria um desacerto nos mercados de produtos alimentares que quem ganha fortunas à sua custa deixaria de os ganhar;
  • A mais cruel é a que interessa a alguns Países Mundiais que existam Países que se encontrem nesta situação de limiar de pobreza baixo ou mesmo de fome para que a mão-de-obra seja barata;
  • É notória a incapacidade que os Organismos Internacionais têm em concertar vontades para solucionar questões como a que abordo, quero eu dizer os interesses políticos e económicos sobrepõem-se aos interesses das populações;
  • Para o equilíbrio da relação de forças e para os “traficantes” de armas e de outros produtos é importante que Países se encontrem nesta situação para que se possam “mexer” e com isso obter lucros ou fortunas incalculáveis. Sim porque existem pessoas que ganham fortunas com a miséria alheia;
  • As próprias multinacionais estão interessadas em ter Países nestas situações para que tenham um “mercado” onde possam realizar as suas experiências da descoberta de novos produtos, sejam eles de que cariz sejam, porque estas populações sujeitam-se a tudo para poder sobreviver;
  • As fracas potencialidades para o desenvolvimento do país é outro dos fatores que leva a que estes sejam relegados para segundo plano, se um País não tem nada para oferecer porque é que se há de investir nele é esta a lógica, que eu não defendo mas é aquela que é praticada e atrevo-me a dar-lhes um exemplo que eu conheço São Tomé e Príncipe é um dos seis Países mais pobre do Mundo, mas tem uma paisagem linda e as pessoas são tão afáveis, simpáticas, humildes como eu nunca vi. O País tem imensas potencialidades e as grandes potências têm ao largo de São Tomé e ao longo da costa da ilha do Príncipe plataformas para começar a explorar petróleo como economicamente for rentável ou as reservas desçam abaixo do que é desejado e entretanto o desenvolvimento do País não se vai fazendo, mas estejam com atenção quando as explorações petrolíferas entraram em ação o desenvolvimento do País vai ocorrer num ápice.

Andamos sempre há volta do mesmo tema INTERESSES, que não o das populações.

Henrique Pratas

 

 

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