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Meio-Termo

25-08-2017 - Henrique Pratas

Entre dois extremos; aquilo que se encontra situado exatamente a meio de: ele está no meio-termo entre o bom e o mal aluno.

Em termos figurado, acerca de duas, ou mais, circunstâncias; o que ocasiona o equilíbrio entre ambas; comedimento: é muito difícil encontrar um meio-termo para opinar sobre religião.

É um substantivo masculino plural.

Comportamento que denota indecisão; discurso indeciso: o deputado expressava-se em meios-termos.

Etimologia (origem da palavra meio-termo): meio + termo.

Sinónimos de Meio-termo :

Moderação, comedimento, sobriedade, metade

Antónimos de Meio-termo:

Meio-termo é o contrário de: imoderação, inteiro.

Pensarão vocês por que é que ele deu este título a esta crónica, deve ter enlouquecido de vez. Ainda não mas ando lá perto, o que me limitei foi a reparar no comportamento de algumas personagens da sociedade portuguesa e nela própria.

Assim tenho reparado e penso que vocês também que nós somos um País do tudo ou nada, encontrar um ponto de equilíbrio é uma tarefa Hercúlea para nós. Nos diferentes setores da atividade portuguesa vivemos fases em que somos capazes de fazer tudo e outras em que não fazemos rigorosamente nada, isto só reflete o desequilíbrio que criaram em nós.

Se olharmos para a figura do Presidente da República e eu que já tenho uns aninhos em cima e que me lembro do Américo Tomás, que era uma figura apagada e sem sentido de Estado e de que eu recordo o início de um discurso, nas escassas vezes em que aparecia, “esta é a primeira vez que cá estou desde a última que cá estive”, brilhante não foi, pois é meus caros mas como este já não temos.

Depois tivemos outros Presidentes como o Spínola, Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Marcelo Rebelo de Sousa. Ah, pensavam que me tinha esquecido da “múmia” não, não me esqueci, mas motivos para tal tinha e bastantes porque raramente aparecia e quando aparecia algo de estranho acontecia, desmaiava, ou proferia algum impropério.

Mas tudo isto para vos escrever que nem nas figuras de Estado nós encontramos meio-termo, ou temos figura que aparecem a toda a hora e em todo o lado e aqueles que raramente aparecem.

Tenho notado isto na corrente Presidência da República, o homem consegue estar em todo o lado ao mesmo tempo, eu até já pensei se ele não tem um clone, porque apesar da sua hiperatividade, ninguém, mas ninguém consegue estar no momento exato em que cai uma avioneta perto do aeródromo de Tires e ao mesmo tempo está numa inauguração que decorria em Cascais, eu bem sei que é perto, mas.

O que me levou a escrever este texto foi o facto de o Presidente da República estar presente nas cerimónias fúnebres da criança que faleceu após a queda de uma avioneta no areal da praia da Caparica e ao mesmo tempo ter que estar presente numa cerimónia de Estado. Eu não pretendo escrever com isto que não deva estar junto das famílias que perderam um ente seu querido, mas não é isso que pretendo de um Presidente da República e é por isso que dei o nome ao meu texto de meio-termo, porque de facto nós não conseguimos como País e como Povo ter meio-termo, ou somos introvertidos e tímidos, ou somos extrovertidos e exageramos nas funções que temos que desempenhar.

O Presidente da República em meu entender deve ter um sentido de Estado e comportar-se como tal, de forma equilibrada e sem desvarios que nos possam levar a pensar que o homem vai a todas, não eu não quero isso, o que pretendo é um Presidente da República que esteja acima do sistema partidário e que supervisione os atos praticados pelo Governo, desenvolva as relações internacionais e que faça cumprir os direitos fundamentais que estão consagrados na Constituição e se conseguir fazer isto já é muito bom.

O que temos assistido é que o “homem” está presente em todas as tragédias, acontecimentos festivos, cerimónias oficiais e oficiosas, enfim em tudo quanto há um acontecimento.

Será esta manifestação de “populismo”, será que o “homem” é mesmo assim ou por fim será o “trauma” que adquiriu pelo facto de não ter chegado a ser primeiro-ministro que o move.

Não consigo perceber, mas que ele me cansa lá isso cansa de tanto “aparecimento.

Henrique Pratas

 

 

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