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COMUNICAÇÃO SOCIAL

28-07-2017 - Henrique Pratas

Após o texto sobre a informação achei por bem escrever sobre a comunicação social tentando de uma forma simples e sintética, descrever o que é.

A comunicação social é uma ciência social aplicada, cujo objeto tradicional de estudo são os meios de comunicação de massa (também chamados mass media ou simplesmente "média" ou "mídia"), principalmente o jornalismo ou imprensa e a comunicação organizacional (publicidade, propaganda, relações públicas, comunicação de marketing) de empresas e de organizações governamentais ou não-governamentais. O objeto da comunicação social diferencia-se, portanto, da comunicação que é objeto de ciências como a psicologia, a linguística ou a antropologia, sem que se possa negar a existência de interseções entre esses domínios.

Os meios de comunicação de massa mais frequentes são o jornal, a televisão, o rádio, o cinema e a internet. Didaticamente, poder-se-ia simplificar as atribuições dos diversos profissionais da seguinte forma: os jornalistas atuam com as notícias, os publicitários ou propagandistas atuam com os anúncios e as relações públicas com a relação entre a sua organização e a sociedade.

Não obstante, a interdisciplinaridade e a convergência têm-se ampliado progressivamente nessa área.

A pesquisa científica em comunicação social mantém diálogos frequentes com a antropologia, com a sociologia, com a linguística, com a psicologia, com a ciência da informação, com a administração de empresas, com as artes visuais, com a música e com as artes cénicas.

A partir do advento da internet, ampliou-se também o diálogo académico entre a comunicação social, a ciência da informação e a ciência da computação. Os fenómenos tecnológicos relacionados à transmissão e à receção das mensagens pelos meios de comunicação de massa são um domínio de conhecimento distinto da comunicação social.

Esses fenómenos são objeto de estudo das engenharias, em especial dos profissionais de telecomunicações.

Ora bem o que acabei de descrever é o que é que deve ser a comunicação social, olhando para a prática poderemos inferir quando é que esta é formativa/educadora ou quando está ao serviço de determinados interesses e deixam para trás o objetivo primeiro que deve ser esta atividade. Lamentavelmente nos últimos tempos temos assistido a muita perca de qualidade formativa, vale tudo para ganhar audiências ou vender jornais, tudo isto é negócio puro e duro, desde a aluguer de espaços nos jornais e nas televisões até às empresas que se constituíram para que consigamos ver televisão, ou ter qualquer outro tipo de serviço na área das telecomunicações. E estas para dar continuidade ao negócio e conseguir ter algum tempo os clientes “presos” há empresa, independentemente da qualidade de serviço que prestam, criaram períodos de fidelização, que amaram as pessoas às empresas, independentemente da qualidade de serviço que prestam. Será isto que os brilhantes economistas da nossa praça chamam “de livre concorrência”? Para mim a livre concorrência é dada pela possibilidade de eu mudar de prestador de serviços, quando este não me presta um serviço de qualidade, a fidelização deveria estar na qualidade do serviço que prestam e não numa “pretensa regra” que não tem qualquer espécie de justificação a não ser o enriquecimento à custa de clientes insatisfeitos, mas “presos” a uma “imposição” comercial que as operadoras criaram para se defenderem.

Se nós formos almoçar a um restaurante e formos mal servidos será que somos obrigados a ir lá comer durante 18 ou 24 meses, isto é perfeitamente absurdo e não há ninguém que olhe por isto neste País, repito a livre concorrência, serve e distingue-se pela qualidade do serviço que é prestado, este arranjinho que as operadoras de telecomunicações fizeram serve a penas para lhes garantir, que, independentemente da qualidade dos serviços que prestam têm os clientes “presos” e quer estes queiram ou não vejam televisão, telefone ou internet, já sabem que têm que pagar a conta que lhes é enviada. Mas será que sou eu que só vejo isto esta “fidelização”, não faz sentido nenhum, nem nos casamentos existe uma cláusula como esta era o que faltava uma pessoa ter que ficar agarrada a outra de quem não gosta.

O desenvolvimento dos meios de comunicação social e em particular as tecnologias digitais trouxeram-nos mais este tormento, que não faz sentido nenhum, existem pessoas neste País que vivem em locais mais recônditos e que pagam para ver a televisão portuguesa e só vêm a espanhola, isto faz algum sentido?

Eu sei que este aspeto mexe com muitos interesses instalados, mas questiono, não estarão as empresas a violar os direitos constitucionais dos Direitos, Liberdades e Garantias.

Já o escrevi as liberdades conquistadas em abril de 1974 há muito que foram cerceadas e esta é mais uma forma sub-reptícia de mais uma violação dos direitos de liberdade dos cidadãos, será que nenhum dos políticos se interessa por esta matéria ou ela não constitui matéria de facto para que percam algum do seu tempo a analisar esta questão e a agendar um debate em sede de comissão parlamentar para acabar com esta “imposição”. Em mais nenhum setor da atividade comercial se passa esta situação porque é que há de ocorrer nas operadoras de televisão, telefone fixo, móvel, internet ou outro tipo de serviço ligado a esta área, não se entende, mas também não vejo ninguém pegar nesta matéria e acabar com esta mama de uma vez por todas. Se se acabasse com esta “fidelização”, ai sim tínhamos um mercado de livre concorrência a funcionar onde os clientes teriam a última palavra, face à qualidade do serviço que é prestado. Sei de situações em que pessoas contratam 200 Mega Bits por segundo de internet, vão a casa do cliente, instalam o equipamento necessário, mostram ao cliente que tem uma internet de 200 megas a funcionar de acordo com os testes que o demonstram e o cliente confia, passado algum tempo o cliente que a rapidez de acesso à internet já não é a mesma, liga para a operadora que lhe presta serviço e a primeira resposta que ouve é que o problema está na placa do computador, fazem testes e mais testes de velocidade de programas das próprias operadoras e os valores de dowload variam entre parâmetros incompreensíveis, reporta-se de novo para a operadora e esta diz que vai analisar a situação e que darão resposta. É bom que fiquemos sentados à espera de resolução, porque ela demora a chegar e aquilo que lhe montaram inicialmente e que funcionava passados 14 meses já não funciona, sendo o computador o mesmo. É incompreensível mas é verdade, conheço algumas situações que me ajudaram a descrever esta situação. Mas temos mais porque é que queremos 140 ou 180 canais de televisão, quando só podemos ver um de cada vez e a maior parte das vezes, fazemos zapping andamos de canal em canal até que encontremos algum em possamos ver alguma coisa de jeito. No que concerne aos canais portugueses e naquilo que mais interessa aos portugueses que são as noticias elas repetem-se de forma diferente ou até igual em cada um dos canais de televisão, sempre com enfase na desgraça, nos acidentes, na politica rasteira, nos casos da sociedade em que vivemos, o que é que de positivo, ou de outra forma que valor acrescentado é que cada um dos canais acrescenta, naquilo que vos escrevi sobre educação e informação, nada, responde-lhes eu.

Vivemos num tempo em que o que importa são os níveis de audiência, não importa como são atingidos estes objetivos, o que importa é que sejam alcançados, porque como sabem até fazem gala disso. Com tanto Provedor ao nível da Comunicação Social e entidades reguladoras das atividades das operadoras de Telecomunicações e ninguém repara no que vos acabo de escrever ou será que vêm e não podem dizer/fazer nada, porque estão prisioneiros de interesses individuais, ou de uma minoria que lucra com este negócio.

Esta figura deveria ser encarada como a entidade que estabelece as regras neste mercado selvagem que são os elenquei.

Até quando é que temos que conviver com este pesadelo e a comunicação social inverte a sua tendência e passa a informar, formar e educar os leitores.

Henrique Pratas

 

 

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