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ZOMBIES

28-07-2017 - José Janeiro

Antigamente quando não se sabia o que se fazia dizia-se que se andava à caça dos gambuzinos, nestas semanas é a caça ao zombie.

A problemática do número de mortes na desgraça de Pedrogão já mete nojo, tal o aproveitamento político e os 5 minutos de fama que estão a reproduzir-se como Coelhos suicidários nas televisões nacionais.

Não tenho memória de tamanha anormalidade e de tamanha necrofagia na sociedade, sobre uma desgraça.

Vamos contar a história para que se entenda a nojice em que estamos imersos:

O governo anunciou a contagem de 64 mortos numa tragedia que, com causas naturais ou criminosas, atingiram as populações de uma região que ficou devastada.

Esperavam os abutres da direita que o governo caísse por (segundo eles) ser responsável pela meteorologia e por uma desgraça incendiaria, só que a popularidade subiu e isso complicou as contas dos necrófagos.

Entretanto o PPC lança a bomba, houve gente a suicidar-se devido á falta de apoio psicológico, e a mentira veio ao de cima célere e deixou o suicidário sem argumentos.

Um mês passou e o Expresso, jornal de referência para lançar a confusão, titula que afinal havia mais mortes e supostamente uma conspiração para não se saber a verdade. E quantos mais? 1 senhora que teria sido atropelada ao fugir das chamas.

A confusão estava lançada, possivelmente por encomenda. Logo há um aproveitamento da inqualificável oposição a exigir a lista em 24 horas, logo há uma suposta empresaria, com cara de zombie a dizer que fez em Excel uma lista para cruzar dados, tal como o Gaspar para fazer analises, imagino a linha de comparação: Se (nome;nome1)>0;”morto confirmado”, e de forma brilhante chega ora a 73 vítimas, ora a 90, ora a 100, sabe-se lá, mandem a gaja já para o FMI para adjunta do Gaspar, logo cria-se uma Associação de vítimas para vingar as mortes porque a culpa é do governo.

Esta gentalha acredita piamente que sendo necrófaga conseguirá derrubar um governo, porque assim tem que ser! O governo não caiu com 64 mortes, iria cair com 65, ou 66, ou 80? Em vez de se discutirem temas sérios deste país e ajudarmos quem perdeu tudo, sabendo aonde pàra o dinheiro entretemo-nos com faite divers para o pagode.

No meio disto tudo, quem contabiliza afinal os mortos? Quem ouvir esta gente falar ficamos com a sensação que é o governo, mas quem deu a indicação das mortes foi o Instituto de Medicina Legal e quem tem a lista em segredo de justiça é o Ministério Publico, é muito idiota acreditar que o governo instruiu estes organismos para falsificar as contagens, e mais idiota é acreditar que há zombies á solta a atormentar os que por cá ficaram.

Mas quantos mortos são precisos para o PSD ficar satisfeito? Fiz uma contagem e acredito que ficaria satisfeito com 69 (numero curioso), senão vejamos: 64 efectivos, 3 ou 4 suicídios, fiquemos pelos 4, 1 senhora atropelada, eis o número que satisfaria a oposição.

Entretanto o MP divulga a lista e imagine-se são 64, coisa estranha… só? E o novo imbecil que é o líder da bancada daquela coisa a que chamam partido veio dizer algo extraordinário: “finalmente foi posto um ponto final numa especulação criada pelo governo”, sim leram bem, foi dito assim com todas as letras!

Fica um conselho aos PAFIOSOS, pronto já brincaram com os sentimentos das pessoas e foram suficiente necrófagos, agora mudem para o helicóptero que caiu, vá lá exijam saber quantas vezes o aparelho bateu no chão, se bateu com o lado esquerdo, ou direito se foi um míssil de Tancos que o derrubou, se o piloto tinha horas de voo, enfim se foi o governo que o derrubou e depois á falta de melhor podem sempre brincar com a vossa pilinha, que dizem?

Fiquemos por aqui.

Até para a semana
José Janeiro

 

 

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