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INFORMAÇÃO

28-07-2017 - Henrique Pratas

Nos dias de hoje a comunicação social através dos diferentes meios de comunicação social, sejam eles em suporte de papel, televisivos ou sob a forma digital desempenham nos dias de hoje um fator de extrema importância, para o poder político e todos os órgãos com influência na nossa vida diária.

Como todos sabem, Adolf Hitler utilizou os órgãos de comunicação que tinha à sua disposição para fazer passar as suas mensagens e como sabemos fazia passar mensagens que eram falsas, mas tantas vezes eram repetidas que se tornavam verdades insofismáveis.

Nos dias de hoje não andamos tão longe desses tempos, a informação que devia na minha opinião ser formadora e educativa, está ao serviço dos diferentes poderes políticos e tornou-se ela um próprio poder, dentro do poder, já todos ouviram falar no poder da comunicação social, é uma outra forma de poder que tomou conta da nossa vida e ocupa um lugar de destaque em todas as sociedades ditas modernas.

Assim para ficarem com uma noção do que é e que forma pode assumir a informação, irei em termos conceptuais tentar descrevê-la tão sucinta quanto possível.

Informação é a resultante do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (humano, animal ou máquina) que a recebe.

Le Coadic, pesquisador da área da Ciência da Informação, destaca que o valor da informação varia conforme o indivíduo, as necessidades e o contexto em que é produzida e compartilhada. Uma informação pode ser altamente relevante para um indivíduo e a mesma informação pode não ter significado nenhum para outro indivíduo.

Informação enquanto conceito carrega uma diversidade de significados, do uso quotidiano ao técnico.

Genericamente, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de restrição, comunicação, controle, dados, forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo, padrão, perceção e representação de conhecimento.

É comum nos dias de hoje ouvir-se falar sobre a Era da Informação, o advento da "Era do Conhecimento" ou sociedade do conhecimento. Como a sociedade da informação, a tecnologia da informação, a ciência da informação e a ciência da computação em informática são assuntos e ciências recorrentes na atualidade, a palavra "informação" é frequentemente utilizada sem muita consideração pelos vários significados que adquiriu ao longo do tempo.

Etimologia

De acordo com o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, informação vem do latim informativo, onis, ("delinear, conceber ideia"), ou seja, dar forma ou moldar na mente, como em educação, instrução ou treinamento.

A palavra do grego antigo para forma era μορφή (morphe; cf. morfo) e também εἶδος (eidos) "tipo, ideia, forma, 'aquilo que se vê', configuração", a última palavra foi usada famosamente em um sentido filosófico técnico por Platão (e mais tarde Aristóteles) para denotar a identidade ideal ou essência de algo (ver Teoria das ideias).

Informação como mensagem

Informação é o estado de um sistema de interesse (curiosidade). Mensagem é a informação materializada.

Informação é a qualidade da mensagem que um emissor envia para um ou mais recetores. Informação é sempre sobre alguma coisa (tamanho de um parâmetro, ocorrência de um evento etc.). Vista desta maneira, a informação não tem de ser precisa. Ela pode ser verdadeira ou mentirosa, ou apenas um som (como o de um beijo). Mesmo um ruído inoportuno feito para inibir o fluxo de comunicação e criar equívoco, seria, sob esse ângulo, uma forma de informação. Um ruído é usado na teoria da comunicação para se referir a qualquer coisa que interfira na comunicação. Todavia, em termos gerais, quanto maior a quantidade de informação na mensagem recebida, mais precisa ela é.

Este modelo assume que há um emissor definido e ao menos um recetor. Refinamentos do modelo assumem a existência de uma linguagem comum entendida pelo emissor e ao menos por um dos recetores. Uma variação importante identifica a informação como algo que pode ser comunicado por uma mensagem do emissor para um recetor capaz de compreender a mensagem. Todavia, ao exigir a existência de um emissor definido, o modelo da informação como mensagem não acrescenta qualquer significado à ideia de que a informação é algo que pode ser extraída de um ambiente, por exemplo, através de observação, leitura ou medição.

Informação é um termo com muitos significados dependendo do contexto, mas como regra é relacionada de perto com conceitos tais como significado, conhecimento, instrução, comunicação, representação e estímulo mental. Declarado simplesmente, informação é uma mensagem recebida e entendida. Em termos de dados, podem ser definidas como uma coleção de factos dos quais conclusões podem ser extraídas. Existem muitos outros aspetos da informação visto que ela é o conhecimento adquirido através do estudo, experiência ou instrução. Mas, acima de tudo, informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados numa forma que se some ao conhecimento da pessoa que o recebe. A teoria da comunicação analisa a medida numérica da incerteza de um resultado. A teoria da comunicação tende a usar o conceito de entropia da informação, geralmente atribuído a Claude Shannon. Outra forma de informação é a informação Fisher, um conceito de R.A. Fisher.

Mesmo que informação e dados sejam frequentemente usados como sinônimos, eles realmente são coisas muito diferentes. Dados representam um conjunto de fatos não associados e como tal, não têm utilidade até que tenham sido apropriadamente avaliados. Pela avaliação, uma vez que haja alguma relação significativa entre os dados e estes possam mostrar alguma relevância, são então convertidos em informação. Agora, estes mesmos dados podem ser usados com diferentes propósitos.

Assim, até que os dados expressem alguma informação, não são úteis.

Medindo a entropia da informação

A visão da informação como mensagem entrou em destaque com a publicação em 1948 de uma influente dissertação de Claude Shannon, A Mathematical Theory of Communication.

Esta dissertação fornece as fundações da teoria da informação e dota a palavra informação não somente de significado técnico mas também de medida. Se o dispositivo emissor é igualmente capaz de enviar qualquer um dentre um conjunto de N {\displaystyle N} N mensagens, então a medida preferida da "informação produzida quando uma mensagem é escolhida do conjunto" é o logaritmo da base dois de N {\displaystyle N} N (esta medida é chamada autoinformação). Neste artigo, Shannon prossegue:

“ A escolha de uma base logarítmica corresponde a escolha de uma unidade para medir a informação. Se a base 2 é usada, as unidades resultantes podem ser chamadas dígitos binários, ou mais resumidamente, bits, uma palavra sugerida por J. W. Tukey. Um dispositivo com duas posições estáveis, tais como um relé ou um circuito flip-flop, pode armazenar um bit de informação. N de tais dispositivos podem armazenar N bits… ”

Um meio complementar de medir informação é fornecido pela teoria algorítmica da informação. Em resumo, ela mede o conteúdo de informação duma lista de símbolos baseando-se em quão previsíveis eles são, ou, mais especificamente, quão fácil é computar a lista através de um programa de computador: o conteúdo de informação de uma sequência é o número de bits do menor programa capaz de computá-lo. A sequência abaixo deveria ter uma medida de informação algorítmica muito baixa dado que é um padrão perfeitamente previsível e a medida que o padrão continua, a medida não deveria alterar-se. A informação de Shannon deveria retornar a mesma medida de informação para cada símbolo, visto que são estatisticamente aleatórios, e cada novo símbolo incrementaria a medida:

É importante reconhecer as limitações da teoria de informação tradicional e da teoria algorítmica de informação da perspetiva do significado humana. Por exemplo, ao referir-se ao conteúdo significante de uma mensagem, Shannon observou: "frequentemente, mensagens possuem significado; estes aspetos semânticos da comunicação são irrelevantes para o problema de engenharia. O aspeto significativo é que a mensagem real é uma selecionada de um conjunto de mensagens possíveis" (grifo no original).

Michael Reddy observou que "'sinais' da teoria matemática são 'padrões que podem ser trocados'. Não há mensagem contida no sinal, os sinais expressam a capacidade de escolher dentre um conjunto de mensagens possíveis." Em teoria da informação, "o sistema deve ser projetado para operar com qualquer seleção possível, não apenas com aquela que será realmente escolhida, visto que esta é desconhecida ao tempo do projeto".

É considerada hoje em dia como um importante recurso que intervém no desenvolvimento, na sobrevivência e na normalização do relacionamento entre os povos .

Informação como padrão

Imagem de uma zebra construída em ASCII, sistema utilizado para codificar informações em computadores.

Informação é qualquer padrão representado. Esta visão não assume nem exatidão nem partes que se comuniquem diretamente, mas em vez disso, assume uma separação entre o objeto e sua representação, bem como o envolvimento de alguém capaz de entender este relacionamento. Logo, este ponto de vista parece exigir uma mente consciente. Considere-se o seguinte exemplo: a estatística econômica representa uma economia, todavia de forma não precisa. O que é geralmente denominado como dados em computação, estatística e outros campos, são formas de informação neste sentido. Os padrões eletromagnéticos numa rede de computadores e dispositivos periféricos estão relacionados a algo além do padrão em si mesmo, tais como caracteres de texto para serem exibidos e entradas de teclado. Sinais, signos e símbolos estão também nesta categoria. Por outro lado, de acordo com a semiótica, dados são símbolos com uma sintaxe determinada e informação são dados com uma determinada semântica. Pintura e desenho contêm informação ao nível em que representam algo tal como uma miscelânea de objetos sobre uma mesa, um retrato ou uma paisagem. Por outras palavras, quando um padrão de alguma coisa é transposto para o padrão de alguma outra coisa, o último é a informação. Este tipo de informação ainda assume algum envolvimento da mente consciente, seja da entidade construindo a representação, ou da entidade que a interpreta.

Informação e Semiótica

Beynon-Davies explica o conceito multifacetado de informação em termos de sinais e de sistemas de signos-sinais. Os signos em si, podem ser considerados em termos de quatro níveis inter-dependentes, camadas ou ramos da semiótica: pragmática, semântica, sintaxe e empirismo. Estas quatro camadas servem para conectar o mundo social, por um lado com o mundo físico ou técnico, por outro lado ...

Pragmática está preocupada com o propósito de comunicação. A pragmática relaciona a questão dos sinais com o contexto no qual os sinais são usados. O foco da pragmática é sobre as intenções dos agentes reais subjacentes ao comportamento comunicativo. Por outras palavras, a pragmática estabelece uma ligação do idioma com a ação.

Semântica se preocupa com o significado de uma mensagem transmitida em um ato comunicativo. A semântica considera o conteúdo da comunicação.

A semântica é o estudo do significado dos sinais - a associação entre sinais e comportamento. A semântica pode ser considerada como o estudo da relação entre símbolos e seus referentes ou conceitos, particularmente a forma como os sinais se relacionam com o comportamento humano.

Sintaxe está preocupada com o formalismo utilizado para representar uma mensagem. A sintaxe como uma área estuda a forma de comunicação em termos de lógica e gramática dos sistemas de signos. A sintaxe é dedicada ao estudo da forma e não ao conteúdo de sinais e sistemas de signos.

Outras visões da informação

Informação como estímulo sensorial

Frequentemente, a informação é vista como um tipo de estímulo a um organismo ou a um determinado dispositivo. Neste sentido, a informação é um conhecimento inscrito ou gravado sob uma forma escrita, oral ou audiovisual. A informação comporta então um elemento de sentido, sendo um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem veiculada em um meio que pode ser impresso, um sinal elétrico, uma onda sonora, etc.

Informação como uma influência que leva a transformação

Informação é qualquer tipo de padrão que influencia a formação ou transformação de outros padrões. Neste sentido, não há necessidade de que uma mente consciente perceba, muito menos reconheça, tal padrão.

Informação como uma propriedade na física

Informação tem um papel bem definido em física. Exemplos disto incluem o fenômeno da armadilha quântica, onde partículas podem interagir sem qualquer referência a sua separação ou à velocidade da luz.

Informação e dados

As palavras informação e dados, são imutáveis em muitos contextos. Todavia, não são sinónimos. Por exemplo, de acordo com a observação de Adam M. Gadomski (1993), dados são tudo que pode ser processado e as informações são dados que descrevem um domínio físico ou abstrato. Knuth aponta que o termo, dados, se refere a representação do valor ou quantidade medida ao passo que informação, quando usada em um sentido técnico, é o significado daquele dado.

Informação como registos

Registos são uma forma especializada de informação. Essencialmente, registos são informações produzidas como subprodutos de atividades comerciais ou transações, ou conscientemente como um registo de tais atividades ou transações e retidas em virtude do seu valor. Primariamente o seu valor é como evidência das atividades da organização, mas eles também podem ser conservados por seu valor informativo. A gestão dos registos (Records management) de sons garante que a integridade dos registos seja preservada enquanto forem necessários.

Ora tudo visto e analisado temos vários campos onde a informação interfere, como acabámos de descrever, ora todas estas ações colocadas na mão dos decisores pode ser bem ou mal utilizada.

Em meu entender a capacidade de informar dever-se-ia revestir de um carácter formativo/educativo, mas como sabem lamentavelmente não o é e a demonstrá-lo temos os jornais que saem diariamente, a televisão que nos invade a privacidade com informação apenas com o objetivo de ter mais audiência e o aspeto formativo/educativo é colocado de parte, há noticias que não o são, apenas servem determinados objetivos que é desviar a atenção das pessoas do que é essencial e alinear-se por aquilo que não lhes diz nada é também um instrumento de incentivo ao consumo desnecessário, ou considerado supérfluo e é orientado para as diferentes classes etárias.

De informação/educação nós precisamos do que atualmente se faz no nosso País dispensamos.

Henrique Pratas

 

 

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