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INTEGRIDADE

21-07-2017 - Henrique Pratas

Se consultarem um dicionário da língua portuguesa vão encontrar a seguinte definição de integridade: “Particularidade ou condição do que está inteiro; qualidade do que não foi alvo de diminuição; inteireza.

Condição do que não sofreu alteração; que não foi quebrado nem atingido; que está ileso: integridade física ou mental.

Característica da pessoa que é íntegra; qualidade de quem é honesto; que é incorruptível.

Cujos comportamentos ou ações demonstram retidão; honestidade.

Atributo da pessoa inocente; qualidade de quem é puro; castidade ou inocência.

Se aprofundar-mos mas esta qualidade vamos encontrar a sua origem no latim integritate, significa a qualidade de alguém ou algo a ser integre, de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, brioso, pundonoroso, cuja natureza de ação nos dá uma imagem de inocência, pureza ou castidade, o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de alma e de espírito.

São exemplos de integridade moral e corporal: a vida íntegra, a integridade física, dos bens sociais e individuais, integridade da honra e da fama, a integridade da intimidade pessoal, do nome, da imagem e dos sentimentos. É indiscutível a admissão da existência de determinados bens da personalidade e sua integridade, portanto, esta coaduna com o respeito, e este com a moral, e, quem tem moral, é íntegro.

Um ser humano íntegro não se vende por situações momentâneas , infringindo as normas e leis, prejudicando alguém por um motivo fútil e incoerente. A moral de uma pessoa não tem preço e é indiscutível.

Na área da segurança da informação integridade significa ter a disponibilidade de informações confiáveis, corretas e dispostas em formato compatível com o de utilização, ou seja, informações íntegras, integridade é um dos itens que a caracteriza, e significa que a informação não foi alterada de forma não autorizada ou indevida. Se a informação é alterada de forma errada ou mesmo falsificada ela perde sua eficácia e confiabilidade, tornando vulneráveis decisões que a partir dela são tomadas, e tirando a credibilidade do ambiente (site ou empresa) que a forneceu.

Os outros itens que completam a integridade na segurança da informação são: disponibilidade (o tempo máximo que a informação está disponível), autenticidade (quando mais próxima do texto ou situação original mais autêntica se torna a informação prestada), e confidencialidade (a garantia que somente pessoas autorizadas terão acesso a determinada informação).

Ora estamos perante dois conceitos de integridade, o primeiro que se aplica há generalidade dos cidadãos e uma segundo de caracter mais restrito e que apenas diz respeito há área da segurança da informação.

Se nos debruçarmos sobre o primeiro conceito ele está muito bem caracterizado e é entendível por todos, mas praticado por muito poucos, não darei exemplos, deixo isso ao vosso critério e imaginação, pois conhecem tão bem quanto eu a sociedade portuguesa e todos os dias, sem falta vimos este valor ser colocado de parte por esquecimento, por conveniência ou porque pura e simplesmente nunca lhes foi incutido este valor.

É dos valores que na sociedade portuguesa está mais “abalado” se é que vivemos numa sociedade onde existe uma réstia de valores e princípios, conheço algumas pessoas que os têm adquiriram-nos lá atrás quando frequentaram o ensino básico e os seus avós e pais lhes transmitiram este conceito.

É uma qualidade escassa, se não em vias de extinção a avaliar pelo que assistimos no nosso dia-a-dia, revolta ver tanta gente sem estes valores, que sociedade construímos nós? Onde é que podemos encontrar pessoas que reúnam estes atributos, é difícil meus caros leitores, só por anúncio e mesmo assim sujeito a provas de seleção. Ao que nós chegámos e onde chegaremos se não se fizer marcha atrás no “processo evolutivo” que nos querem fazer querer que estamos a percorrer, se isto é avanço civilizacional vou ali e venho já.

Mas uma questão subjaz como é que as pessoas com este atributo conseguem viver nesta sociedade, muito dificilmente, por que diariamente vão ser confrontadas com habilidades, esquemas, desrespeito e submissões que contraiam este atributo.

Para os que o possuem deixo aqui a minha palavra de alento, continuem a ser como são pois é como pessoas como vocês esta sociedade poderá evoluir e tornar-se numa sociedade melhor onde todos vivamos com dignidade, prazer e participar.

Aquilo que assisto é que na sociedade portuguesa se estão a criar “guetos” ou “bolsas” de pessoas que partilham dos mesmos valores e princípios, existe como um Mundo à parte daquele em que diariamente vivemos, mas isto não é a solução porque quando temos que nos confrontar com a sociedade real, deparamo-nos com a maior das atrocidades que são cometidas constantemente, por outro lado um cidadão não pode estar sempre a chamar a atenção de quem viola estes princípios elementares do que é viver em sociedade, porque se não, não faz outra coisa está constantemente a chamar a atenção a alguém.

Porque é que embarcámos nesta “viagem” que não nos leva a lado nenhum, antes pelo contrário só corrói as pessoas e as desagrega sem elas se aperceberem disso, só para ter uma viatura topo de gama e viver numa “maison com janelas tipo fenêtre ”, tido isto é muito pouquinho, mas é o que temos na maior parte dos dirigentes políticos, governantes e detentores de altos cargos nas Instituições/Organizações, civis e militares, do nosso País e os exemplos estão há vista de todos, só não vê quem não quer.

Henrique Pratas

 

 

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