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DE TRUMP, A MUDANÇA CLIMÁTICA E OUTROS DEMÓNIOS

16-06-2017 - Patricia Cifuentes

O Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas foi realizado com o fim de que sejam tomadas medidas que contribuam para a diminuição da emissão de gases de estufa.

Estas medidas aprovadas deverão começar a ser aplicadas a partir de 2020, data em que terá término o Protocolo de Kioto.

As negociações do Acordo de Paris foram efectuadas por 195 países e ratificadas por 148, incluindo os EUA, até ao passado dia 1 de junho, quando o presidente Donald Trump decidiu retirar-se.

O acordo procura reduzir a emissão de seis gases contaminantes: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e mais três gases industriais.

O objetivo é conseguir que a temperatura do planeta não suba mais 2ºC relativamente à época pré-industrial. No entanto, para que tal seja alcançado é necessário reduzir pelo menos 40% das emissões de gases contaminantes até 2050.

Os Estados Unidos é o país mais poluidor. Representa 4% da população mundial, no entanto consome 25% do total das energias fósseis.

Em 2013, os norte-americanos consumiram quase 13 quilovátios hora por pessoa, enquanto que a média mundial é de 3,10.

Os EUA não quiseram ratificar o Protocolo de Kioto e agora faz o mesmo com o Acordo de Paris, sendo o segundo país, depois da China, que emite gases de efeito de estufa com 5,17 kilotoneladas de dióxido de carbono ou CO 2.

OS EUA tem sido historicamente o maior emissor da queima de petróleo, gás, carvão, etc. Entre 1850 e 2011 este país foi o responsável por 27% das emissões de CO 2 do mundo. Em 2012 foi o quarto país com maiores emissões de metano, com 499 toneladas métricas. Além disso é o que mais contribui par o aquecimento global com 0,151ºC ( http://bbc.in/2swTG5Y).

Trump retira-se do Acordo porque vão contra os interesses que representa, os da indústria perolífera e das grandes industrias extrativas. Nomeou, por exemplo, como diretor da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt, que sempre acusou os seres humanos de serem os responsáveis pelas mudanças climáticas. Pruitt representou no passado os interesses das empresas petrolíferas.

É fundamental aclarar que embora todos os países cumpram com o Acordo de Paris, ainda assim não é suficiente. Para 2100 aumentaria a temperatura da terra em 2,7ºC, causando efeitos catastróficos à humanidade como degelo dos glaciares dos polos, o aquecimento dos oceanos com a consequente inundação dos continentes.

O aumento da temperatura não é homogéneo, por isso haveria continentes e países que seriam mais afetados pelas altas temperaturas.

O Acordo de Paris trás consigo imposições aos países em vias de desenvolvimento para receberem recursos contra entrega de estímulos de investimentos privados, subordinando-os para continuarem a competir em condições desiguais com os países desenvolvidos.

Deve ficar claro que este é um problema estrutural que não vai resolver

Nem mudar os sistemas de produção. A procura exagerada de lucros está a acabar com o planeta, que já esgotou os recursos e está a viver das reservas. Se não se muda o sistema, não haverá mais onde deitar a mão, nem haverá futuro. Esta é, em suma, uma questão de sobrevivência.

Patricia Cifuentes*

* Patricia Cifuentes é jornalista.

In https://www.kienyke.com/kien-bloguea/de-trump-el-cambio-climatico-y-otros-demonios

 

 

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