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Economia portuguesa teve o melhor crescimento da década

19-05-2017 - Henrique Pratas

O primeiro trimestre teve o melhor desempenho do PIB desde 2010. "Estamos a ter um perfil saudável", afirma Eduardo Catroga.

A economia portuguesa cresceu 2,8% no 1.º trimestre do ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta aceleração resultou do maior contributo da procura externa líquida, que passou de negativo para positivo, refletindo a aceleração em volume mais acentuada das Exportações de Bens e Serviços que a das Importações de Bens e Serviços.

A procura interna manteve um contributo positivo elevado, embora inferior ao do trimestre precedente, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e uma aceleração do investimento. Que tipo de Investimento?

Já eram esperados dados positivos para o primeiro trimestre, mas nenhum analista se aproximou dos 2,8% agora divulgados.

Foi o mais rápido crescimento dos últimos 10 anos, de acordo com o INE, que atribui o crescimento ao contributo positivo mais forte da procura externa.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que estes números comprovam que “a confiança dos portugueses não era infundada” e que a combinação de políticas “está adequada”.

Costa recorda que as previsões do Governo eram “mais conservadoras” do que os dados divulgados esta segunda-feira. “Isto demonstra bem que temos tido uma combinação equilibrada de políticas que nos permitiu ter o menor défice e também o maior crescimento dos últimos anos”, acentuou.

Para o primeiro-ministro, os números do INE “mostram que é possível alcançar melhores resultados” e “confirmam que a prioridade que foi dada à reposição de rendimentos das famílias portuguesas não comprometeu a competitividade, pelo contrário, reforçou a coesão e a confiança, que são indispensáveis ao crescimento”.

“Acho que temos boas razões para estarmos confiantes”, acrescentou Costa, embora indicando que há ainda “todo um ano pela frente”.

O Presidente da República manifestou-se “feliz”, nem podia faltar com a sua opinião, sobre a Caixa Geral de Depósitos é que ele não se pronuncia, porque ainda não estudos os dossiers, sobre o resto, podem contar com ele, com os números, mas pede que “não se embandeire em arco” e se mantenha o valor ao longo do ano para que Portugal possa crescer “claramente acima dos 2%”.

“Vamos ver se se mantém, se se mantiver pode dar um número histórico”, afirmou, escusando-se a pronunciar se o Governo poderá rever em alta a sua previsão de crescimento para este ano.

“É uma decisão do governo, não me pronuncio. Permite esperar, se se mantiver, um valor muito positivo para este ano, mas é preciso que se mantenha para se atingir aquilo que é fundamental que é um crescimento acima de 2%”.

Eduardo Catroga, do PSD, comenta que se trata de um sinal positivo, mas defende que o mais importante é Portugal continuar a ter um perfil saudável.

"É um sinal positivo na medida em que estamos a dar sinais de que poderemos acompanhar a aceleração da atividade económica em Espanha, na Grécia e no conjunto da União Europeia. Mas é um sinal também positivo de que estamos a ter um perfil saudável."

"Sempre defendemos que para uma pequena economia aberta para o exterior, como é a portuguesa, a retoma do crescimento económico deve ser liderada pelas exportações, depois pelo investimento e só depois pelo consumo, no sentido de não criarmos condições, a prazo, para novos desequilíbrios externos. Agora só faço votos para que todas estas boas tendências se confirmem nos trimestres seguintes", diz Eduardo Catroga.

Ainda gostava de saber porque é que pedem opinião ou ouvem esta personagem que como sabemos emite opinião de acordo com o que lhe mandam dizer é o que podemos designar por papagaio, fico abismado como é que não pedem a opinião a outras pessoas com melhores qualificações e mais impolutos, mas é assim, nem sempre os mais competentes são ouvidos, o que importa é que haja alguém que seja porta-voz e arauto das campanhas de desinformação.

Este crescimento da economia que agora é indicado deveria ser explicado com mais pormenor e não dar tanta importância aos números mas sim aos setores de atividade económica que cresceram, continuamos a não ter conhecimento de quais foram os setores de atividade que mais cresceram, só assim poderemos analisar o comportamento do crescimento da economia, 2,8%, não é bom nem é mau é apenas um número, melhor seria que nos dissessem quais os setores da economia que contribuíram para o crescimento, para que possamos poder avaliar se a economia está a crescer de uma forma sustentada e sustentável, pronunciar-se sobre um número é mera especulação e não passa de tecer considerações pouco fundamentadas e baseadas apenas na comparação com o crescimento registado nos outros Países. Tudo isto é muito medíocre, nunca vamos há essência das coisas somos superficiais e maus políticos e por aí nos ficamos, analise-se a fundo os fatores que contribuíram para o crescimento e depois pronunciam-se, façam as coisas ao contrário, isto sim é um exercício sério

Será que este é um crescimento ordenado e devidamente sustentado em bases que nos permitam encarar o futuro com mais tranquilidade ou é mais um resultado conjuntural circunstância do desenvolvimento de atividades especulativas, ficamos todos sem saber, porque nada nos é dito. Como é que está o emprego e os níveis de remuneração, em que estado se encontra a agricultura, a indústria e o setor dos serviços isso nós não sabemos, apenas conhecemos o que se passa ao nível interno e quanto à prestação de serviços, a avaliar como somos atendidos ao nível interno estamos muito mal. Quanto há indústria ou eu ando muito distraído mas não vejo nenhum crescimento, não vejo a construção de novos locais de produção de riqueza, a não ser que o façam em locais muito recônditos e eu não tenha conhecimento disso, é tudo possível. Quanto há agricultura e avaliar pelo que me é contado por alguns agricultores as coisas não estão brilhantes, então porque é que o crescimento da economia é 2,8 %. 2,8% do quê e como são estas as questões que devemos colocar e que nos devem dar resposta, este crescimento é resultado da diminuição da despesa ou da contenção da despesa das famílias, quanto ao Investimento importaria explicar se ele é essencialmente de cariz público ou privado, porque se o aumento for maioritariamente público, há que saber de onde são oriundos os meios financeiros e tenho a certeza que em “vésperas” de eleições autárquicas há que demonstrar trabalho e com uma taxa de execução miserável dos fundos comunitários, que ronda os 20%, o que é muito baixo considerando que o período de vigência do PORTUGAL 2020 é de 2016 a 2020. Será que o Investimento que está a ser realizado decorre essencialmente da utilização dos fundos comunitários, utilizados nas reabilitações urbanas. É que tudo isto que acabei de escrever é louvável mas é só isso, isto não gera riqueza, quais são os setores de atividade que vão dinamizar a economia, tudo isto é muitos obscuro e muito pouco transparente. Importa ainda especular se este resultado agora alcançado não foi conseguido através da diminuição da especulação financeira que prevaleceu e emergiu na sociedade portuguesa durante anos anteriores.

Ou seja 2,8% é melhor do que 2% e pior do que 3%, mas isto vê-se pela simples leitura dos números há que ir mais fundo e saber as causas que explicam os números é sobre estas que nos devemos debruçar e analisar devidamente não são os números, esses não nos dizem rigorosamente nada ou dizem–nos muito pouco, precisamos de saber mais, a informação que agora nos é facultada é muito pouca apenas ficamos a saber que crescemos mais do que outros Países da União Europeia e que nos importa isso a nós se o crescimento não for sustentável?

Henrique Pratas

 

 

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