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Panem et Circenses

14-03-2014 - Francisco Pereira

O congresso do PSD aconteceu. Para todos os que dali esperavam algo pontuado por decência, intelecto e discussão sobre os desafios concretos que o país enfrenta, eu era um dos que esperava isso, desenganamo-nos. O que ali se passou foi uma inenarrável paródia, uma farsa, uma opereta bufa.

E nem faltaram os jograis, os robertos, os títeres e os bobos que animaram a festarola, tudo coroado pela eleição para um cargo no aparelho partidário laranja de mais um bumerangue político neste caso da criatura Relvas, o mais bem conseguido momento de achincalhamento de toda uma Nação conseguido por um partidelho politico.

Marcelo teve um “vaipe” emocional e ala que se faz tarde, rumou ao congresso para ir ao beija cu, Mendes que não é menos sentimentalão, nem menos necessitado do beija cu, apressou a declarar a mesma intenção, tendo visto que Marcelo se lhe antecipara e Santana, o inquieto provedor, chegou ao cúmulo de declarar que se emocionou primeiro que Marcelo, caros e dilectos leitores se isto não vos faz dobrar a pança de riso não sei o que o fará, uma anedota destas nem os mais delirantes dos humoristas, conseguiam, ainda que este congresso tenha muito de Marx, leia-se obviamente Groucho, Chico, Harpo, Gummo e Zeppo, os grandes irmãos Marx, do delirante cinema do “non sense” e da piadola brejeira!

O congresso dessa instituição político partidária, foi um interminável e sensaborão desfilar de idiotices estapafúrdias, onde não faltou sequer um bobo da corte um tal Salsinha, ao qual os oitenta Invernos já vividos deveriam ter dado algum siso e compostura, mas não, foi o pobre homem protagonista, como já o fora o Tino de Rans no congresso do PS, de um momento de ridicularia que não se coaduna com a importância deste tipo de eventos.

Resumindo, este congresso foi uma farsa, Coelho é um líder a prazo, tal como Seguro, os partidos têm destas coisas, em tempos difíceis escolhem uns pacóvios para se queimarem e deixarem incólumes os verdadeiros candidatos, por vezes esta estratégia dá maus resultados, como no caso de Cavaco, personagem que num partido decente nunca teria passado de porteiro de urinol dos congressos, mas o PSD e como o prova a inclusão de Relvas e a eterna presença de Jardim, não é um partido sério, nem um partido onde a honestidade, a seriedade, a honra e a decência pareça fazer sentido, portanto, ao invés de um congresso, infelizmente, tivemos uma farsa, e dizemos infelizmente porque era de todo salutar e necessário que o PSD fosse uma instituição forte com gente de qualidade, era salutar para o processo democrático, era salutar para uma sociedade que soçobra entre a mediocridade da esquerda e a miséria intelectual da direita, era salutar que os partidos fossem instituições de referência, com cidadãos a que se apontasse o dedo como sinónimo de bons exemplos, ao invés de, como agora, se lhes apontar o dedo como sinónimos da bandalhice extrema da sociedade, como exemplo da degradação moral, civilizacional e intelectual de uma sociedade podre.

Francisco Pereira

 

 

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