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Quem disse que o Keynesianismo está ultrapassado?

10-02-2017 - Jorge Bateira

"Keynes argumentou que, numa sociedade industrial moderna, a maior parte da poupança das famílias é aplicada em activos financeiros.

Estas decisões a respeito da poupança são tomadas independentemente das perspectivas de lucro dos investimentos na economia real.

O problema macroeconómico reside no facto de que poupar é um acto de renúncia ao consumo, ou seja, reduz a procura efectiva de bens e serviços e, desse modo, cria dese mprego.

Se o investimento na economia real for inferior à poupança, haverá um desfasamento permanente entre a procura efectiva e a capacidade produtiva disponível, o que cria a condição de 'sub-emprego' que caracterizou o período entre as Grandes Guerras, e também a economia europeia desde o início dos anos oitenta.

Este é o pano de fundo teórico que levou Keynes a concluir que o Estado tem a obrigação moral de estabelecer, nos períodos de excesso de poupança do sector privado, uma maior correspondência entre a poupança e o investimento através do aumento do investimento público.

Keynes defendeu isto, não porque adorasse a intervenção do Estado (de facto ele era um membro do Partido Liberal), mas porque a sua teoria macroeconómica lhe dizia que só o Estado podia executar uma política de gestão global da procura que era (e ainda é) necessária para assegurar um crescimento estável e o pleno emprego."

Jorge Bateira
Professor de Economia

 

 

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