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DEMOCRACIA? - FAÇAMOS RESERT E REINICIAR

10-02-2017 - José Janeiro

Criada no Séc. V a.c. com um ideário louvável para a governação das cidades-estado Gregas, chega á actualidade completamente subvertida e entregue a um conjunto de malfeitores que se apropriam de uma ideologia milenar para se auto proclamarem donos do sistema.

Na verdade o que resta da “democracia”, etimologicamente “governo pelo povo”, é apenas uma réstia que se resume á palavra em si, tudo o mais é pura coincidência.

Para entenderem melhor o maior significado subjacente á ideologia democrática façamos uma pequena definição do que se pretende com o acto democrático de governação: deveria ser um regime político aonde todos participassem livremente em condições de igualdade no desenvolvimento, na criação legislativa, no poder e na governação abrangendo as condições sociais económicas e culturais… bonito não é?

A realidade é bem diferente, como vocês leitores bem sabem, e que vivem todos os dias a dura e crua agressão dos “democraticamente eleitos”. Sim, entre aspas porque vocês não têm liberdade para escolherem os vossos representantes eles são-vos impostos pelos partidos “democraticamente” constituídos, sendo estes os donos da democracia. E a perversão é total, num jogo de interesses, num círculo vicioso permanente em que a “competência” para esses cargos democráticos são entregues sempre aos mesmos… porque apenas eles são competentes! Sabemos isto mas preferimos o sofá como acto de revolta. Este facto leva a três realidades: o desinteresse pelo acto, ao absurdo e ao abismo a que estamos entregues.

Os intervenientes, leia-se órgãos de poder, estão inquinados por essa gentalha que não se coíbe em dizer e fazer todos os disparates, num acto de vilania que em situação normal, estariam expostos á revolta efectiva dos eleitores e expulsos por incompetência, mas protegidos pelos seus “padrinhos políticos” (expressão engraçada) vão sendo oferecidos aos votantes como se de deuses se tratassem.

Esses políticos ficam sempre impunes pelos seus actos, não prestando contas, nem sendo responsabilizados e são reeleitos pelos votantes sob proposta e protecção das cooperações em que os partidos políticos se transformaram.

Pobre democracia esta! Resert e reiniciar é a única solução.

Entregue á actualidade vemos as aberrações democráticas que aqui se vão perfilando:

No debate quinzenal vemos uma oposição ao governo actual ao nível do polichinelo, com pseudo factos baseados numa carta escrita pelo próprio a dizer que o outro fez mas sem provar que o fez e que levou uma boa parte do debate na tentativa de justificar o que supostamente não foi feito… não entendem? Eu explico: a demissão daquela coisa que iria ser Presidente da CGD, porque não quis cumprir a lei! Sim, ainda essa novela triste, que a direita opositora à falta de ideias usa como arma de arremesso, com base numa carta do próprio idiota. Isto faz-me lembrar uma frase que li algures em que em tempos idos, um coronel de cavalaria dizia aos seus homens: “é preciso deixar o gado mijar porque assim ele espraia-se mais”. Está tudo dito.

A divida publica é incomportável, todos o sabem e todos fingem não saber. Os juros vão aumentando por duas razões objectivas: ganhos de risco e BCE que está em vias de não comprar mais divida publica portuguesa, estes são os factos. Mas a realidade dos líderes políticos é outra: assobiam para o lado e vão alegremente para o abismo arrastando-nos nessa cavalgada inglória não havendo próximo do abismo qualquer santa que nos trave qual D. Fuas na lenda Nazarena.

A saga investigatória continua, sobre os casos de corrupção. Arguidos e mais arguidos vão-se perfilando ao longo do tempo. Ao fim de anos o processo continua na sua senda sem verdadeiros culpados, quiçá até ao esquecimento ou á morte dos intervenientes, permitindo que culpa morra solteira. Não sei como é possível que se continue impunemente nesta palhaçada. Já aqui referi o caso Madoff nos Estados Unidos, investigou-se rápido, penhoraram-se bens, venderam-se e prendeu-se o responsável, tudo em menos de um ano e possivelmente o processo era mais complexo que este… por cá continuamos a assistir ao circo.

… o principado tem mais um habitante, desta vez exilado politico. A história é engraçada. Um professor descobriu que o ilhéu da Pontinha da Madeira tinha sido entregue por D. Carlos aos Ingleses desanexando-o do território nacional. O ilhéu foi sendo transacionado e acaba vendido por tuta e meia ao auto proclamado príncipe. Ora quando a Madeira se apercebe tenta comparar o pedaço de terra, que o novo proprietário se recusa vender e faz dele um principado. Ora á luz da lei internacional ali não é Portugal, e o condenado Manuel Coelho pediu asilo politico. Esperemos o desenvolvimento.

Continuemos atentos á democracia que pelo mundo anda pelas ruas da amargura.

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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