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11ª Avaliação da TROIKA

07-03-2014 - Eduardo Milheiro

Como sempre, o governo, depois da Troika avaliar o desempenho das contas orçamentais portuguesas, acorre a todos os meios de comunicação dizendo que, neste caso, a 11ª avaliação está feita. Porém o facto de estar concluída não quer dizer que esteja aprovada.

Este é o sistema de propaganda enganoso e pouco honesto que o governo tem de dizer as coisas, pois na verdade a 11ª avaliação da Troika não está aprovada, nem vai estar enquanto o TC não se pronunciar sobra a constitucionalidade dos cortes.

O Governo quando diz que a avaliação “correu bem” mente, pois apresenta números que não sabe se vão valer, pois o orçamento rectificativo tem medidas que alguns entendidos na matéria dizem ser inconstitucionais, daí a Troika ter de esperar pelo parecer constitucional. Se se comprovar a falta de legalidade das medidas, as mesmas terão que ser revistas e nesse caso, tal como disse Passos Coelhos no congresso do PPD, virá mais pancada!

Continuam a mentir à Troika e aos portugueses

Continuam a mentir à Troika e aos portugueses porque sabem que existem opções a pôr em prática inconstitucionais. Digamos que algumas coisas contempladas no Orçamento Rectificativo são apenas “para inglês ver”; é o empurrar para a frente com a barriga até que chegue o 1640 de Paulo Portas (quando o tal relógio que está na sede do CDS em contagem decrescente chegar ao fim, a 17 de Maio deste ano, apenas terá a sua conclusão em termos técnicos no final de Junho).

Se o Tribunal Constitucional chumbar alguns artigos do O.E. rectificativo como vai ser??

Vai ser aquilo que já está programado: mais cortes, medidas transitórias e definitivas, mais austeridade, mais empobrecimento dos portugueses - principalmente dos trabalhadores e reformados - sendo certo que este governo na única coisa em que é competente é a forjar mentiras e a fazer terrorismo psicológico.

O que diz João Semedo do B.E. sobre esta matéria tão cara aos Portugueses.

“O primeiro-ministro anunciou que o pior já tinha passado e o vice-primeiro-ministro anunciou que 2014 ia ser melhor do que aquilo que o Governo tinha previsto. Isto é tudo uma fantasia, porque se assim fosse não seria necessário, como já sabemos que vai acontecer, novas medidas de austeridade, se assim fosse, aquilo que o Governo tinha prometido como transitório – o corte nos salários e o corte nas pensões – não iria ser tornado definitivo como já sabemos que vai acontecer”.

João Semedo disse ainda “a Troika, os credores, já anunciaram isso mesmo ao país”, que vai haver mais cortes, mais austeridade e que “aquilo que era provisório vai ficar definitivo”: a Troika sai mas a sua política fica. O deputado lamentou também que “o Governo todos os dias invente boas notícias”, quando “já sabemos que as más notícias, as notícias verdadeiras, virão depois das eleições europeias em Maio”.

Será que à excepção do Partido Comunista, nenhum partido consegue dizer que no mínimo, digo eu, se deveria referendar a nossa continuação no EURO para podermos voltar a ter soberania financeira, no sentido de fazermos o ajustamento pela moeda e não pelo valor dos salários e das pensões no caso do povo o querer? Não será mais democrático deixar o POVO DECIDIR?

Pensem nisto, pensem nos nossos filhos, nos pais, nos avós e em Portugal.

Eduardo Milheiro.

 

 

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