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POPULISMOS? … OU VERDADES INCONVENIENTES?

06-01-2017 - José Janeiro

Sinceramente fico irritado quando “tropeço” nas acusações de populismo, que ocorrem invariavelmente, quando se destapam verdades inconvenientes. Logo no inicio do ano o inqualificável Paulo Rangel, veio ao tema no “Publico” tentando demonstrar que o problema não está nos da sua laia, mas culpando as redes sociais e a democracia directa pela falta de capacidade e incompetência dos que se põem em bicos de pés para chegar ao poder.

Ensine-se em primeiro lugar o conceito de populismo na optica dos ilustres politicos: Populismo é um termo composto por “povo” e “ismo” (simpatia pelo povo). Trata-se de um conceito político que permite fazer alusão aos movimentos que se opõem aos partidos políticos tradicionais e que se mostram, seja na prática efectiva seja nos discursos, combativos perante as classes dominantes. O populismo apela à simpatia do povo para construir o seu poder, entendendo-se povo as classes sociais baixas e sem privilégios económicos ou políticos. Costuma basear a sua estrutura na denúncia constante dos males que encarnam as classes privilegiadas. Os líderes populistas, por conseguinte, apresentam-se como redentores dos humildes. O termo populismo é usado n um sentido pejorativo, já que faz referência às medidas políticas que não se preocupam com o bem-estar propriamente dito nem com o progresso de um país, mas que fazem tudo para conseguir a aceitação dos votantes sem se importarem com as consequências.

Aqueles que acusam os outros de populismo são os que lucraram, durante anos, à custa da miséria do resto da sociedade. Na sua acepção positiva, a noção de populismo diz então respeito aos movimentos vistos como propostas que procuram construir o poder a partir da participação popular e da inclusão social.

Esta gentalha continua sem entender a diferença entre Populismo e Verdades Inconvenientes, assim vou explicar devagarinho o abismo que separa as duas realidades:

- Paulo Portas e os Submarinos, as redes sociais denunciaram a vergonha que foi o processo com condenações na Grécia e Alemanha e agora uma investigação em Israel a Benjamim Netanyahu, sobre a mesma questão base: corrupção. Por cá esta situação nos meios políticos foi considerada “populismo”, contudo, é um exemplo evidente de verdade inconveniente;

- Passos Coelho e Tecnoforma, passando pela divida ao Estado, esta vergonha andou nas “bocas do mundo”, com consequências assim mais para o NIM, nem sim nem não. Acusações de “populismo” não faltaram, mas que é uma verdade inconveniente não temos duvidas;

- Marilu, Durão Barroso e os tachos, aonde são por demais evidente a falta de ética e pouca vergonha das deslocações desta gente para jobs aonde tiveram intervenção directa ou indirecta. Todos reagimos perante esta realidade de forma agressiva via “sofáling” no Facebook. Logo os intervenientes e seus apaniguados acusaram esta reacção de populismo, mas a realidade é outra, são verdades inconvenientes;

- A pouca vergonha dos apoios a migrantes, quando, a nossa gente vive na rua, e não têm as mesmas oportunidades, nem subsídios, nem lugares disponíveis de acolhimento, houve claro de tudo desde gente contra e gente a favor, os que estavam contra foram rotulados de populistas e xenófobos, mas a verdade é só uma, não se resolvem os problemas internos mas importamos outros que nos podem trazer dissabores;

- A pouca vergonha do caso BES, que se vai penosamente arrastando, esperando quiçá que morram os seus intervenientes para que a culpa morra solteira, demoraram imenso tempo a procurar e penhorar bens dos intervenientes, talvez com medo de quem o Ricardo Salgado fosse destapar a careca, hoje nada resta e o levantamento de medidas de coação foi o presente aos envolvidos. Quem coloca o dedo na ferida é rotulado de populista, mas a verdade é evidente e torna-se inconveniente;

- A venda do Novo Banco é acima de tudo um acto de incompetência como foi todo o processo, aonde os intervenientes são ex-politicos ou relacionados com a politica, a conta já ultrapassa os 30 milhões para não se vender, o buraco mais de 4,6 mil milhões, as propostas de compra 700 mil milhões, ou seja um buraco de 3,9 mil milhões de euros e na proposta do “vencedor” exige-se 2 mil milhões de garantias de todos nós, devido a riscos de incumprimento. Mas afinal o Novo Banco não tinha só activos bons? Para que raio é essa garantia? Mais uns populistas que afiam as unhas segundo os do costume, mas afinal são verdades inconvenientes;

- O Relvas afinal é um calão e o Big Mac outro e não são flores que se cheirem, quando isto aparece nas redes sociais é populismo, porque coitados são atacados por serem bem-sucedidos, mas a verdade é outra e é muito inconveniente;

Podíamos continuar e não chegariam 200 páginas para enumerar todos os “populismos”, mas fiquemos por aqui.

Na verdade populismo é:

O que a catequista Assunção Cristas fez ao querer atestar um carro com 20 euros, para provar coisa nenhuma;

Saber que 95% das mulheres são infiéis segundo um estudo qualquer;

Que a Maria Leal afinal acabou o namoro com o outro gajo, que afinal se prostituiu e que ela tem 50 anos e enganou o menininho;

Que segundo cientistas o tamanho “normal” do pirilau erecto é de 13,12 cm;

Tudo isto é populismos mesmo que sejam verdades evidentes, portanto senhores políticos vão para a bardamerda com as vossas teorias.

Tenho dito.

Até para a semana.
José Janeiro

 

 

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