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A irredutível aldeia

30-12-2016 - Francisco Pereira

Mais um ano se passou, porém na irredutível aldeia, resiste-se ainda e sempre, já não se sabe é a quê. À cautela os druidas locais congeminaram uma mistela, à base de feijocas, batatas, muito colorau, uns pés de porco e umas rodelitas, poucas, de enchidos, é ver os bárbaros a encher as tascas da aldeia para empanzinar a mistela.

De resto a irredutível aldeia segue como dantes, ou antes, segue pior que antes, vejamos, no tempo em que os Pretorianos eram uns balofos barrigudos com propensão para o abuso das ânforas, havia até um cujo cognome era “Instituto Nacional do Vinho do Porto” tal era a quantidade dessa beberagem que o ser ingurgitava, jamais se viam os irredutíveis a circular nas suas bicicletas por cima dos passeios, como hoje se vê diariamente, num excelente exemplo da irredutível estupidez e falta de civismo que dá nome aos irredutíveis.

No tempo em que a Guarda Pretoriana era essencialmente composta de autênticos tratados da asneirice humana, não como hoje, que os pretorianos, frequentam ginásios, estão mais polidos e educados, até já falam línguas bárbaras, nesses tempos alguma vez se viam os irredutíveis estacionar de forma abusiva em cima dos passeios, pois nunca se via, porque os balofos não perdoavam, hoje os novos Pretorianos não parecem estar dispostos a gastar Latim, por isso, mais uma vez os irredutíveis exercitam a sua proverbial falta de civismo, sobretudo a irredutível imbecilidade que lhes dá o nome, os passeios na irredutível aldeia, servem para tudo até eventualmente para as pessoas por lá passearem.

Na irredutível aldeia, podemos ver por vezes uns sinais com os dizeres “Cave Canem”, na verdade não é com os ditos rafeiros que temos de ter cuidado é sim com os seus troçulhos, que qual papoilas acastanhadas, enfeitam os passeios das ruelas da irredutível aldeia, no entanto o sinal que deveria estar em todas as ruas seria “ cave canem stercore”, para avisar os pobres traseuntes que os passeios, relvados e demais áreas adjacentes estão pejadas de merda de cão, pois os irredutíveis, na sua grande civilidade acham que os passeios, os relvados dos jardins públicos e áreas ajardinadas, as caixas de areia dos parques para crianças, as rodas dos carros, bem como outros locais públicos são o sítio ideal para os seus refaeiros depositarem as póias e as mijadelas da ordem, é de saúde pública que se fale, mas os irredutíveis são uns suínos, sabem lá o que é isso.

Na irredutível aldeia, resiste-se ainda e sempre, já não se sabe é a quê. Resistem principalmente ao civismo, ao respeito, às regras de civilidade, de decência, são irredutíveis porque são estúpidos que nem portões de quinta, porcos mesmo muito porcos, peço perdão aos verdadeiros que devem seguramente detestar semelhantes comparações com seres tão abjectos, assim se passou mais um ano, outro passará, os irredutíveis, continuarão iguais, miseráveis de espírito, suínos e irredutivelmente avessos ao civismo.

Termino, desejando-vos um bom ano de 2017, com votos para que o civismo, a educação, a decência e a urbanidade comecem a fazer parte de um desígnio nacional colectivo, para que possamos sair desta sociedade de bestas que somos e almejar um futuro mais promissor!

Francisco Pereira

 

 

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