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As Hipócritas Mensagens de Natal e Ano Novo

30-12-2016 - Eduardo Milheiro

Já se tornou habitual ao longo da história as mensagens de Natal, dos Presidentes, dos Reis, dos Primeiros-Ministros, dos Cardeais, etc, etc.

São sempre a mesma coisa, este ano ou se fez pouco, ou fez-se o que se podia, para o ano vai ser melhor, a conjuntura não o permitiu, a crise na Europa e no Mundo, idem, idem, aspas, aspas.

Dizem eles que vai e, pergunto eu, vai ser melhor com 557 euros de ordenado mínimo nacional? Vai ser melhor com a continuação da política monetária da Europa e nós continuarmos no Euro, parece-me que não.

Quando o Primeiro-Ministro na sua mensagem de Natal diz que o maior e verdadeiro défice de Portugal é o conhecimento, tem razão, mas como se arranja dinheiro para adquirir conhecimento se uma simples operação a uma hérnia inguinal tem uma lista de espera no Hospital Distrital de Santarém de 9 meses devido à falta de blocos operatórios?

E como diziam os Homens da Luta “E O POVO PÁ”, pois é, e o povo pá, esse vai continuar na mesma ou pior, e afirmo isto porque a corda parte sempre pelo lado do povo que trabalha, como se viu na negociação do salário mínimo nacional. Para darem um aumento de 27 Euros compensaram os patrões descendo a Taxa Social Única em 1,25 pontos percentuais. Como sempre, o PS alinhou nesta negociata. Quando chega a hora de optar entre os trabalhadores e os patrões, normalmente cai para o lado dos patrões, dá com uma mão aos trabalhadores e com as duas aos patrões e em nome do QUÊ ?? De nada, ou se de alguma coisa, essa coisa é dar-se bem com Deus e com o Diabo, a que não será alheio o sentimento de classe e ideológico porque lá pelo seu Secretário-Geral e alguns dos seus seguidores mostrarem algumas posições de esquerda, não significa que o Partido o seja.

Penso que a grande mensagem de Natal e de Final de Ano deveria ser, sem hesitações, a Saída do Euro e da União Económica e Monetária (UEM) e a Renegociação da Dívida, dizendo que não vai ser fácil, mas que assim vamos adquirir novamente a nossa soberania monetária e financeira.

É que o serviço da dívida (os juros que têm de pagar anualmente), é superior ao dinheiro que se gasta em despesa efetiva com Educação no nosso País.

A questão que muitas vezes se coloca prende-se com o facto dos sépticos da saída do euro muitas vezes fazerem a comparação com o regime fascista: voltamos ao “orgulhosamente sós”. Eu prefiro dizer que prefiro estar só do que mal acompanhado.

Resumindo, deixem-se de mensagens de Natal e de Ano Novo que são autênticos spots de publicidade e falem em questões concretas que transmitam esperança e as possíveis soluções para se acabar com esta situação de “cabeça no cepo” em que economicamente vivemos.

Bom Ano para todos, por um 2017 que seja o ano da libertação do jugo europeu e da moeda única.

Eduardo Milheiro

 

 

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