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Colocação de Postes

30-12-2016 - Henrique Pratas

É comum aí na nossa zona a EDP e a MEO colocar postes onde muito bem lhe apetece sem pedir autorização aos donos dos terrenos sejam eles urbanos ou rústicos, as coisas têm dono, mas como estas empresas acham que podem fazer o que querem porque têm o rei na barriga, desrespeitam as mais elementares regras da privacidade alheia e nem se dignam a dar resposta a quem por escrito reclama.

Nas minhas idas ao Arripiado tenho verificado que empresas subcontratadas pelas empresas referidas anteriormente, colocam a seu belo prazer os malditos postes onde lhes dá mais jeito, muitas das vezes no meio de terrenos urbanos, ou então encostados a casas sem prévio consentimento dos seus proprietários. Num terreno que tem uma casa de uma pessoa conhecida colocaram 4 postes, sem perguntaram nada ao dono. Ele já escreveu, já questionou e nada, a primeira resposta foi-lhe dada passado um ano de ter escrito, que falta de educação, têm muito que fazer, por isso a publicidade que fazem na televisão é enganosa e depois vêm com as conversas da treta afirmar que estão preocupados com o meio ambiente. Porque é que neste País existe tanto mentiroso por metro quadrado, decerto nas estatísticas europeias, se é que as fazem sobre esta matéria estamos em primeiro lugar.

Isto não devia acontecer mas é uma realidade, até um dia que alguém se passe da cabeça e vá lá com uma moto serra e corte o poste é num instante que ele vem parar ao chão, ou em alternativa poderá acontecer que um providencial incêndio queime completamente os postes colocados e mantidos a ocupar terrenos privados a troco de nada, porque como são empresas pobres, para além do prejuízo que causam às pessoas não pagam nenhuma compensação pelo facto de o terreno estar a ser ocupado por postes que na maior parte dos casos poderiam ter sido colocados noutros locais, mas muitas das vezes não o fazem porque isso teria mais custos para as referidas empresas e elas coitadinhas como têm que pagar salários milionários aos seus Presidentes e respetivos acólitos, têm que poupar na colocação dos postes invadindo terrenos que lhes são alheios e nem sequer pedem autorização para os colocar onde bem entendem, é a lei do mais forte, até um dia, quando o mais fraco se revoltar vai tudo nas horas.

Considero a prática destes atos abusiva atentatória do direito privado dos detentores dos terrenos, onde em muitos deles são semeados os bens que os sustentam e têm que aguentar com a colocação, sem autorização, no local onde muito bem entendem, minimizando os custos da instalação para que possam fazer a passagem da eletricidade ou da rede de comunicações sem olhar a meios e por isto não pagam nada, aos donos dos terrenos que têm que aguentar com aqueles empecilhos.

Voltando ao caso que conheço e só para ilustrar a desfaçatez de tal gente no terreno onde tem a casa tem dois postes um de cada lado do portão da saída de casa, não contentes com isso a meio do terreno colocaram-lhe um outro para poder fazer a repartição que entendem e no final do terreno colocaram um outro para direcionarem a repartição, pediram autorização a alguém, não, apesar disso eles lá estão. A pessoa em causa vive em Espanha, porque teve que ir à procura de uma vida mais digna do que aquela que tinha no País e que coincidiu com o fecho de muitas fábricas, fez as suas poupanças e uns subempreiteiros das referidas empresas fazem-lhe uma coisa destas é inadmissível, mas vivemos num País onde aos poderosos lhes é permitido fazer tudo até o desrespeito pela Lei.

Ora digam-me lá se não temos motivos para viver neste País onde o respeito não existe, nem tão pouco sabem o que isso é, mas isto durará até que nós queiramos, porque no dia em que a maior parte das pessoas se fartem destes desmandos, a coisa vai fiar fino, ai, vai, vai. E já agora se forem a uma cidade do nosso País vêm este descontrolo?

Henrique Pratas

 

 

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