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“Ataque deliberado" em Berlim - Alemanha

23-12-2016 - Henrique Pratas

Um jornal americano garante que Estado Islâmico reivindicou este atentado com camião, que se lançou contra a multidão num mercado de Natal.

O Governo alemão admite tratar-se de um "ataque deliberado" no mercado de Natal, que matou 12 pessoas e feriu 48. Esta manhã, o ministro da Administração Interna disse ao canal público alemão ZDF que há muitas razões para se pensar que se tratou de um atentado, mas preferiu não utilizar esse termo para descrever o ocorrido.

“Os nossos investigadores assumem que o camião foi deliberadamente lançado contra a multidão, no mercado de Natal, em Breitscheidplatz”, lê-se na conta oficial da polícia alemã, na rede social Twitter.

Na mesma rede social, a polícia informa ainda que todas as medidas “relacionadas com este possível ataque terrorista estão a ser tomadas com a devida brevidade”.

O jornal "Washington Times" avança que o atentado foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas até ao momento não surgiu nenhuma indicação nos canais habitualmente usados pelo grupo terrorista.

As autoridades alemãs já detiveram uma pessoa que será, ao que tudo indica, o condutor do camião. O homem terá entrado no país como requerente de asilo, em Fevereiro deste ano.

Segundo avança a edição online do britânico "The Mirror", o detido será um cidadão paquistanês de 23 anos, que já seria conhecido da polícia e teria registos criminais por pequenas ofensas.

O homem terá chegado ao país no final do ano passado, através da cidade austríaca de Passau, que faz fronteira com a Alemanha.

Um dos maiores receios das autoridades é que este ataque aumente o sentimento negativo face aos migrantes e refugiados que se encontram na Alemanha.

Operação em Berlim

Na sequência deste ataque, as autoridades estão a levar a cabo um raide num campo de refugiados.

As forças especiais de polícia entraram no extinto aeroporto de Tempelhof, que agora serve como centro de acolhimento. Existem suspeitas que o condutor do camião e principal tenha entrado na Alemanha como refugiado e tenha estado neste local.

Foi também encontrado um corpo no interior da viatura, tratando-se de um homem de nacionalidade polaca que seguia no lugar do pendura. O camião em causa tinha saído da Polónia com um carregamento de vigas de aço, o seu destino era Berlim, mas a carga só ia ser entregue esta terça-feira.

A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas está a acompanhar o caso. De acordo com os números oficiais, em Berlim residem pelo menos 3.500 portugueses, mas até ao momento, não há conhecimento de que algum cidadão nacional entre as vítimas.

O ataque aconteceu na praça Breitscheidplatz, junto à igreja do Kaiser Guilherme, onde decorria esse mercado de natal. Um dos locais para os quais as autoridades alemãs tinham sido informadas da possibilidade da ocorrência de um atentado.

Testemunhos de medo e choque

O ataque aconteceu na praça Breitscheidplatz, junto à igreja do Kaiser Guilherme, onde decorria esse mercado de natal. Um dos locais para os quais as autoridades alemãs tinham sido informadas da possibilidade da ocorrência de um atentado. A agência Reuters ouviu algumas testemunhas no local.

“Estou com muito medo. Porquê? Porque eu não sei se posso continuar a sentir-me seguro em Berlim. Como é que me posso sentir seguro? E como posso continuar a confiar nas pessoas e na segurança? Já não posso”.

“Estou chocado. Mas nestes dias tenho de dizer que isso se tornou parte do quotidiano: nós vemos cenas destas nas notícias todos os dias e há sempre pessoas a morrer. Em Alepo ou aqui na Alemanha”.

“Costumo estar aqui quase todas as noites. Só hoje é que fiz um turno mais tarde. Isso é sorte, certo? Bem, eu desejo o melhor a toda a gente. Agora temos de ver o que vai acontecer”.

“Eu estava na entrada do mercado de Natal quando de repente ouvi um barulho muito forte e fui atirado para o chão por uma banca que caiu. Só depois é que percebi que estavam muitas pessoas no chão que já não se mexiam”.

Escrevi-vos este texto na sequência de uma conversa matinal com a minha mulher que me disse “já viste não estamos seguros em lado nenhum”, a minha resposta foi seca pois é não se pode ir para lado nenhum.

Mas o que aconteceu em Berlim, pode acontecer em qualquer lado de facto a tão apregoada segurança está posta em causa em todos os Países porque os senhores da guerra decidiram mexer onde não deviam, andaram pela Líbia, pelo Iraque, pelo Afeganistão, pela Síria e por muitos mais Países que não enumerarei porque são do vosso conhecimento e as consequências estão à vista, isto não é mais do que uma reação à ação desenvolvida pelos ditos Países civilizados, que em nome da cultura, da paz ocidental foram meter o nariz onde não foram chamados e agora pergunto eu, qual é o preço a pagar por tais desmandos? Não sei, o que sei é que as forças ocidentais também mataram pessoas nos Países que agora retaliam o que sofreram na pele, estavam à espera que ficassem sossegados e acantonados no seu espaço, enganaram-se mataram-lhes filhos, mulheres, maridos, famílias inteiras, para quê e porquê, cada um vive como pode e como quer não se pode impor nada a ninguém muito menos pela força. Agora andamos todos com o credo na boca, porque estes atos de guerrilha podem acontecer em qualquer lugar, a qualquer hora e da forma mais inesperada. Estão contentes, era isto que queriam os senhores da guerra? Agora todos os cidadãos dos Países que participaram nestas invasões, não vão ter segurança nenhuma, porque convém não esquecer que os cidadãos que sofreram na pele todos os desmandos dos americanos e das potências europeias não têm nada a perder, porque muitos deles já perderam tudo e perdido por cem perdido por mil, nós pacatos cidadãos que não fomos ouvidos nem achados nesta decisão de invadir os Países designados como “malfeitores” é que vamos andar sempre a tremer, a reação não se fez esperar e vai perdurar até não sei quando, os lideres ocidentais meteram-nos num belo sarilho, já não nos bastava a crise económica, que já nos causa instabilidade que chegue, só faltava termos que andar todos encolhidos esperando que não nos aconteça nada, sim porque agora foi em Berlim, mas o que aconteceu lá poderia ter acontecido neste paraíso à beira mar plantado, porque “nós” os Governos anteriores afinaram o diapasão pelas grandes potências e agora estas estão a borrifar-se para nós têm é que salvar a pele deles e os outros que se lixem.

Não há meio de percebermos que temos a dimensão que temos e não nos podemos meter em alhadas porque em caso de represálias nós não temos capacidade para dar uma resposta eficaz e prova disso foi o caso que ocorreu em Aguiar da Beira.

Nós somos umas formigas no meio dos tubarões temos que nos reduzir à nossa insignificância e não nos podemos meter em altas cavalarias, será que ninguém aprendeu nada com o que aconteceu com a Guerra Colonial ou já se esqueceram, que a mesma estava perdida em todas as frentes de batalha, os nativos dos Países invadidos têm sempre vantagem porque conhecem o território onde estão como a sua palma da mão e os invasores, apesar da tecnologia, andam a apalpar terreno e por vezes metem as mãos onde não devem.

Henrique Pratas

 

 

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