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AFETOS

16-12-2016 - Henrique Pratas

Como já reparam na minha escrita está sempre presentes os afetos, porque entendo que são estes que fazem que uma população seja fraterna, livre e solidária, apesar de eu pecar por excesso nos afetos, a meu ver, não vou mudar sempre fui assim desde que nasci e não é agora que vou mudar.

Deixo umas ressalvas que no meio dos afetos em que nos enleamos ou deixamos enlear, existem situações em que temos que ser racionais, mas o que seria da maior parte de nós sem afetos? Uma sociedade sem valores onde apenas o dinheiro merece a adoração dos cidadãos, não sou tão utópico sei que este faz falta para satisfazermos as nossas necessidades básicas, mas sem afetos seriamos uns autênticos monstros que os há. Conheço pessoas que escondem os afetos porque têm medo de se deixar levar por eles e então estamos perante uma pessoa que não fala, é monocórdico, medroso, fechada e sem qualquer tipo de vontade própria, estas pessoas são mais do que aquelas que nós pensamos que existem. Muitos deles intitulam-se como tímidos, mas no fundo o que têm é medo de ter afetos e de mostrarem a sua fragilidade, isto demonstra pouca inteligência, as pessoas existem para que os afetos possam existir, estas sem estes atributos não são nada, são uns paus mandados e uns infelizes, porque vivem uma vida desprovida de afetos, mas vivem-na é assim que querem seja assim.

Ontem ao ver no canal de televisão da RTP 1, “A Voz de Portugal”, não deixei se sentir que na sala destinada às atuações estava carregada de afetos, desde os mentores, aos candidatos a cantores, aos apresentadores e toda a equipa que ajuda a produzir o espetáculo, estava com o costumamos dizer com os nervos à flor da pele e no meio de isto tudo estavam presentes os afetos, sentia-se que as pessoas que ali estavam destilavam afetos, tanto mais que que quando foi das escolhas dos candidatos pelos mentores, estes tiveram muita dificuldade, porque estão a decidir o futuro de um jovem e passadas que foram as semanas para completar as diferentes etapas para chegar a este nível geraram-se afetos, amizades, partilhas, chatearam-se devido às exigências dos mentores mas ao fim lá estão eles dentro do mesmo barco e a demonstrar que não são só capazes de serem cantores mas também reúnem condições para serem pessoas com outra sensibilidade, com outra maneira de estar e prova disso são os laços familiares que se fizeram sentir, entre pais, mães, avós, irmãos e amigos, o que é que podemos crer mais da nossa juventude eles têm tudo para modificar esta sociedade assim nós sejamos capazes de lhe deixar caminhos abertos para que eles se desenvolvam.

Tive a oportunidade de ver rapazes e raparigas de uma humildade extrema, educados, puros, sem se deixarem absorver por esta sociedade, com objetivos tão vincados, eu sou eu e não me importa o resto, a minha linha é esta, que delicioso que foi ver e sentir isto, tal e qual como os agricultores fazem ao tratar com mil cuidados as sementes que deitam à terra para que nasçam produtos agrícolas, se fizermos a mesma coisa com esta “rapaziada” certamente que a sociedade que virá quando nós já não cá estivermos será francamente melhor.

Henrique Pratas

 

 

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