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Vá lá uma pessoa entender isto

25-11-2016 - Henrique Pratas

Deparamo-nos com determinados acontecimentos que temos dificuldade em entender e outros que não entendemos de todo.

Alguns, desses acontecimentos, onde a decisão do POVO é essencial, ainda nos custa mais a entender porque vai ao contrário daquilo que achamos ser normal, mas não é completamente ao contrário.

Não gostaria de destacar esta ou aquela decisão mas no centro destas está o POVO e a minha questão será que já não sabemos o que é que eles querem, já se acomodaram, decidiram em consciência, não entendo de todo. Os partidos que os representam já se distanciaram de tal modo do que aqueles querem e defendem coisas que estes não querem, por mais que pense e repense não encontro lógica nisto tudo muito menos consigo perceber os comportamentos assumidos.

Isto não está fácil de entender, mas mesmo nada, acho que ao nível mundial os Países caminham ao sabor da corrente e dos interesses de meia dúzia que influenciam a decisão e depois logo se vê, vivemos num Mundo em que se vive um dia de cada vez a ideia de futuro perdeu-se.

O respeito pelas normas internacionais são letra morta, praticam-se as maiores das atrocidades e nada acontece, faz-se uma comissão, mais um inquérito que são anunciados com pompa e circunstância e depois os resultados não aparecem, nem se fazem sentir. Será que todo o normativo que levou anos e anos a construir e a atualizar são tábua rasa, para os Países que assinaram esses mesmos acordos. Aqui apetece-me citar um que foi os Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOPS), terem aceitado a Guiné Equatorial como membro efetivo de tal organização, primeiro porque não falam português, depois porque ainda tem consagrado legalmente a pena de morte, será que os restantes membros não sabiam, não quero acreditar e agora passado todo este tempo é que se lembraram de informar a Guiné Equatorial tem que deixar de praticar tais atos, custa a acreditar, pelo menos a mim, ou será que este país foi aceite para dar cobertura às negociatas de petróleo e armamento que são praticadas.

Não escrevo que a Humanidade a caminhar neste sentido, está a dar passos largos para a sua extinção, porque ainda penso que haverá algum bom senso no meio disto tudo, mas que as assimetrias entre ricos e pobres se acentuam cada vez mais é um facto, que a baixa taxa de natalidade em certos Países é uma realidade, o que pode indiciar que determinados Países tendem a caminhar para o seu desaparecimento é outro, também a livre de circulação de pessoas introduziram fatores que “alargam” mais as fronteiras. É fácil encontrarmos jovens ao nível do secundário que já afirmam que querem acabar os estudos noutros Países, porque cá não têm saída.

Soluções para estas situações parecem não existir por um lado temos os detentores do capital que o querem colocar em paraísos fiscais, onde a rentabilidade seja mais elevada e os impostos menores, o investimento privado em só se faz em setores onde a rentabilidade seja alta, por contraponto com salários baixos, se não for o investimento público não nos safamos, quando escrevi que não existem foi forçado porque acredito na capacidade de regeneração que as pessoas têm, o que eu tenho dúvidas é que estas não sejam “abafadas” pelo sistema.

Enfim estamos perante uma encruzilhada onde se juntam vários valores e interesses, que não são compatíveis entre si e que não encontram caminho para poder trilhar visando a construção de sociedades melhores, mas afáveis, mais humanas, mais “personalizadas” e menos assimétricas.

A maior parte das situações que ocorrem hoje “ são mentira”, quero eu dizer com isto não fundamento nenhum, são apenas coisas que alguém se lembrou de fazer.

Henrique Pratas

 

 

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