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O que está em causa

25-11-2016 - Henrique Pratas

Provavelmente não se aperceberam mas o que está em causa, não é apenas uma questão do deve (débito) e do haver (crédito), como nós ouvimos falar e dedicou-se semanas a analisar o Orçamento para 2017.

Eu que fiz o Curso Comercial, sei muito bem o que os “contabilistas” deste Pais querem resolver mas temos que ver para além disso existem as pessoas que para mim são a parte mais interessada no meio desta trapalhada. Não me esqueço de o meu professor de contabilidade nos ter explicado, logo no 1.º ano em que tínhamos a cadeira. Façam de conta que tem uma gaveta com uma dimensão razoável e dividam-na interiormente em duas partes uma do deve e outra do haver, conforme lhes der mais jeito, mas para não se atrapalharem de um dos lados o esquerdo da gaveta é o deve e do direito o haver. Feito isto meus meninos, ponham nomes às gavetas, por exemplo, Caixa, Bancos, Devedores, Fornecedores e criem tantas gavetas quanto as necessárias consoante as contas que tenham que movimentar e foi assim a primeira noção de contabilidade que nos foi incutido, eu que tenho uma imaginação muito fértil voltei-me para o professor e de forma inocente disse-lhe que não tinha espaço em casa para tantas gavetas, ele, pessoa inteligente riu-se e respondeu-me que tinha dado esta imagem para sabermos o que é que havemos de por num lado e noutro. Fiz as contabilidades todas que haviam e mais alguma que aparecesse, mas como para mim o exercício destas funções era muito redutor, pois passávamos a vida a debitar e a creditar, trabalhávamos apenas com números, era insuficiente para mim, queria perceber mais, ir mais longe, queria ver a floresta por isso quando entrei em Económicas fui para Economia, curso que fiz por opção e por gosto era aquilo mesmo que eu queria, ver o comportamento de toda uma sociedade no seu conjunto e com todas as suas variáveis. Não me arrependi, mas o que vejo hoje são contabilistas de meia tijela a tirar dinheiro de um bolso para o outro e não olham para os problemas de fundo, para aqueles que fazem com que as pessoas vivam com maior qualidade de vida e os instrumentos financeiros geridos para que seja criada riqueza, de forma sustentada para que ao menor abano não caia tudo como um baralho de cartas, é isto meus senhores que falta, deixem-se de engenharias financeiras, mais vulgarmente chamados passos de mágica e agarrem o problema pelos cornos, com todas as dificuldades inerentes, não andem é a discutir se se entrega a relações de bens, financeiros e patrimoniais ao Tribunal Constitucional, isto não leva a nada. As pessoas têm que se convencer que não se alteram as regras do jogo ao sabor da corrente a Lei existe e é para cumprir. Do mesmo mal padecem as organizações públicas e privadas dá-se importância demais aos contabilistas/malabaristas e muitos deles são obrigados a fazer o que não querem para apresentar resultados que não são corretos, isto não devia ficar na consciência de cada um existe uma cédula profissional e as pessoas que exercem essa função são responsáveis pelos atos que praticam, mas como estamos numa República das Bananas, ninguém liga pevide a nada e depois andamos para aqui todos a gritar por aqui d’el-rei, quando se fomenta a prática de atos menos transparentes, caso da Banca, dos Seguros e o que mais conhecemos.

Depois temos a comunicação social a esmiuçar o caso que se passou no jogo de futebol realizado entre o Sporting e o Arouca, nos 4 canais diariamente e para quem tem TV por cabo, nos restantes canais desportivos, não acham isto demais, valerá a pena debater um ato que considero lamentável ou isto será para desviar as atenções para outros factos.

De uma vez por todas convençam-se que não estamos a resolver nada estamos apenas a adiar o problema, interiorizem isto de uma vez por todas, que já vai sendo tempo.

Henrique Pratas

 

 

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