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LEGITIMIDADES GOVERNAMENTAIS

27-09-2013 - João Chamiço

Tenho-me interrogado muitas vezes sobre esta coisa das legitimidades governamentais.

Tenho guardado para mim essas interrogações, porque me parece um assunto a que a maioria dos portugueses, a meu ver erradamente, não liga lá grande coisa.

Será que, ao elegermos um grupo de pessoas que se propõem governar o país, sempre com muitas promessas de bem-estar para todos, lhes entregamos alguma procuração irrevogável e ilimitada para poderem fazer descaradamente o contrário daquilo que se propuseram fazer?

Será que um governo, mesmo eleito por maioria, tem legitimidade para alienar bens públicos essenciais como a Galp, a PT, os CTT e a EDP numa imparável fúria liberalizante? Será que o governo tem legitimidade para levar à indigência quem vive na pobreza enquanto protege fortunas e paga aos bancos os calotes de milhões contraídos por ex-governantes?

Será que o governo tem legitimidade para comprar um banco falido por centenas de milhões para depois pagar a "investidores" para ficarem com ele de borla?

Concordo que a entrada de dinheiro estrangeiro faça muita falta, mas, se há quem queira investir, que venha fazer empresas de raiz e criar postos de trabalho, não, deitar a mão ao que está feito e com provas dadas de muita rentabilidade. Tem o governo legitimidade para alienar empresas que lhe davam, que nos davam, milhões em mais-valias?

Tem o governo legitimidade para privar o país desses lucros?

Tem o governo legitimidade para rebentar com os fundos da Segurança Social? Tem o governo legitimidade para permitir que a EDP pague impostos de milhões na Holanda sobre dinheiros que ganhou aqui, e sem ter nesse país qualquer actividade empresarial?

Bem, eu estou seguro de que não os legitimei para darem cabo da nação, nem a estes nem a quaisquer outros passados, presentes e futuros mas, lá que vão no “caminho certo” não me resta a mínima dúvida.

Há uma frase feita que sempre me advém nestas alturas; A história os há-de julgar!

Mas, a história demora muito a executar essa tarefa, daí que os pecados sejam normalmente indultados a quem já não pode espiá-los.

João Chamiço

 

 

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