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COMANDOS

04-11-2016 - Henrique Pratas

Este texto decorre da informação que recebi ontem através dos órgãos de comunicação social, que no designado caso dos comandos, já tinham sido constituídos arguidos dois enfermeiros e eu fiquei pasmado, pois esperava que o Comandante daquele ramo das forças armadas assumisse toda as responsabilidades e depois internamente e com os meios legais à disposição se apurasse onde é que estrutura militar falhou, porque na minha opinião numa organização militar há sempre um responsável que é o seu Comandante, pois é ele que é o responsável máximo pelos homens que estão sob a sua alçada desde o soldado ao mais graduado. Para mim a instituição militar é ou deveria ser um grande exemplo de virtudes, mas facilmente se chega à conclusão que não é.

Não estou a gostar nada como a situação está a ser resolvida, atiram-se com os dois enfermeiros para a fogueira, insinua-se que o Comandante também poderá ser responsabilizado, acho que a instituição militar se devia pautar por princípios que não estes que estão a ser utilizados. Primeiro responsável, Comandante, porque entendo que este é aquele que comanda com e isto tem muito que se lhe diga é substantivamente diferente de mandar. Assumindo este as suas responsabilidades que as tem, por isso é que tem essa patente, ir-se-ia verificar analisar onde é que o planeamento da instrução tinha falhado e porquê e consequentemente as razões porque tinha falhado e no caso de existirem responsáveis diretos, serem avertidos nos termos previstos do Regulamento de Disciplina Militar, mas volta a escrever o primeiro responsável é o Comandante e mais dúvidas não há, a roupa suja que houver a lavar, lava-se dentro das instituições.

Este meu texto é escrito como base num princípio que tenho e que entendo deva ser predicado essencial para quem é responsável pela condução de Homens, seja ele na instituição militar ou qualquer organização/empresa, os primeiros responsáveis são sempre aqueles que foram nomeados para exercer funções de chefia, depois as coisas são resolvidas entre essa chefia e quem prevaricou e não há mais ninguém a imiscuir-se no assunto. As situações devem ser tratadas com imparcialidade, elegância, justiça e de forma digna, porque senão toda uma estrutura é posta em causa, porque como é uso e costume no nosso País a responsabilidade vai passando de mão em mão até encontrar o mais humilde funcionário que muitas das vezes nem se quer sabe o que se passou.

Esta é a maior pecha da nossa sociedade ninguém assume as suas responsabilidades, gostam de assumir os cargos por causa do vil metal mas as responsabilidades de qualquer acontecimento nunca é dele é sempre de outro, aliás a maior parte das chefias que temos não são responsáveis, não comandam, mandam e mal e outras nem isso, não fossem os funcionários/militares serem diligentes e profissionais nada se fazia e vocês conhecem situações a que me refiro, recordo-me da peça da RTP 1 que passou na sexta à noite por causa das infeções hospitalares e trago-vos à memória o caso do doente que foi colocado junto da roupa suja, quarto de arrumos, por causa da infeção que era detentor, responsáveis não há, a culpa morre sempre solteira neste País, a não ser para aqueles que não têm dinheiro para pagar aos grandes escritórios de advogados, que se livram sempre de tudo. JUSTIÇA, neste País não há, INJUSTISSAS muitas.

Termino deixando um alerta a todos aqueles que são nomeados para o exercício de cargos públicos, privados e militares, assumam as vossas responsabilidades, para além de lhes ficar bem, estão a exercer as funções para as quais foram escolhidos e estão a ser uns HOMENS.

Henrique Pratas

 

 

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