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O efeito Relvático

28-10-2016 - Francisco Pereira

Aquando do caso, infeliz, do senhor Relvas, recordo-me de ter escrito, que aquele não seria caso único, o que mais uma vez, se prova com o caso do assessor do senhor Costa, além de que assistiríamos a uma “relvização” do extracto político, dado que a gentinha medíocre que pulula pelas juventudes partidárias, é em larga medida o espelho de um país miserável, inculto e miseravelmente incapaz.

Ao caso do senhor Relvas, juntasse agora o novel caso da licenciatura inexistente de um assessor do Primeiro-ministro, um “jotinha” típico que andou por aí a fazer de conta, a labutar em prol da causa, a brincar aos políticos, esperando obter a devida paga de tão desvelada devoção, quase canina diria eu, ao partido, descurando a Educação, o conhecimento, e tantos que por aí andam assim, tal como o anterior caso, é a mentira o que mais faz confusão, a mentira e a pulhice, ressalve-se porém a boa atitude de não aparecer ninguém do Governo para defender a velhacaria do senhor Roque, como fizeram no governo anterior com o senhor Relvas, facto bem demonstrativo da falta de carácter da gentalha que então governava.

Essa falta de carácter foi vergonhosa, pior, mesmo muito pior, foi o modo encarniçado que alguns demonstraram na defesa do senhor Relvas, espero que tal não suceda com o senhor Roque, porque a vilania não é defensável, a falta de carácter nunca é defensável, mas por patidarite cega, alguns acham que sim, lastimo-os mais que tudo, aos que assim pensam, revelam, que não prestam.

O senhor Roque porém, mostrou ser um nada mais inteligente que o senhor Relvas, demitindo-se prontamente, ou a isso instado por alguém, o cargo que ocupava era um «tacho» daqueles criados à medida dos “jotinhas”, pode ser muito bem ocupado por qualquer outra criatura néscia, tachos criados propositadamente, para alimentar clientelas partidárias, nos governos, nos institutos públicos, nos ministérios, nas câmaras e nas juntas de freguesia, recordem-se do caso de uma junta aqui bem perto cuja presidente ia enfiar a filha pelo gorgomilo da administração pública à má fila, o azar foi a coisa ter estoirado antes de tudo estar consolidado, tendo a razão e a ponderação ganho.

A coisa até seria menos má, se este efeito, vou chamar-lhe em honra do seu mais famoso protagonista, “O Efeito Relvático”, dizia eu que, a coisa até seria menos má, se estas traficâncias servissem para trazer às administrações públicas, gente com qualidade, gente capaz e eficaz, infelizmente na grande maioria dos casos só traz rebotalho, só traz mais gente medíocre a juntar ao que por lá abunda disso.

Infelizmente para todos nós, casos destes vão continuar a acontecer, a mediocridade é o bom tom, os favores políticos precisam de ser pagos, o compadrio e o nepotismo enxameiam a administração pública, não parece haver solução para esta situação em que caímos como se fôramos um país perdido de gente néscia e incapaz.

Termino com uma quadra, que assenta aqui como uma fina luva, do grande António Aleixo da sua obra “Este livro que vos deixo…”

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.

Francisco Pereira

 

 

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