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Cá por coisas

07-10-2016 - Francisco Pereira

Cá por coisas deixei de acreditar, deixei de crer, acho que até deixei de querer saber. E há muito que me deixei disso, hoje apenas verto para o papel, ou antes entorno a esmo as letras que juntas vão traduzir aquilo que sinto há décadas.

Este país é um vómito. A classe política é um ermo de intelecto, por outro lado é um manancial inesgotável de imbecis, de podridão, de néscios, de anões intelectuais, de gentalha torpe e vulgar, de miseráveis ordinários, armados ao pingarelho, por isso se tratam uns aos outros por doutores, mesmo aqueles que nunca viram um banco de uma universidade e que falta lhes fazia amargarem lá uns anos!

Cá por coisas, esta nossa sociedade é em geral, amorfa sem eira nem beira, anda por aí à sorte, voeja como o mostrengo, dez milhões de aparvalhados, vitimados e oprimidos por pequenas ditaduras de minorias disto e daquilo, não reagem a nada encolhem os ombros, corja de incapazes, impotentes, preferem afogar-se em álcool, preferem desancar mulheres, maltratar velhos e crianças, é a isto que estamos reduzidos, um povo aguerrido e orgulhoso, está hoje reduzido a uma infeliz corja nojenta de pedófilos e abusadores, sem testículos, gente medíocre e capada.

Cá por coisas, deixei de crer em salvadores patriotas, em messiânicos sebastianistas, deixei de reverenciar currículos de inúteis que passaram a vida a roçar o traseiro pelos esconsos patamares da podridão do poder partidário, não mais me revejo em nada disto, nesta gentalha, gente miserável, mal formada, torpe e imbecil, que tem na mão o poder de nos condenar às eternas penas, odeio o simples facto de ter de lhes olhar para as trombas quase todos os dias, pior ainda é ter de os ouvir a vomitar aquela verborreia sectária e mentirosa.

És um lírico, dizia-me há tempos um bom amigo, pois sou, retorqui-lhe. Sou sobretudo um parvo, um cretino, preocupado sempre que fui em demasia, com uma sociedade, com a defesa daquilo que acho justo e decente.

Cá por coisas, estou cansado, cansado de um país de gente medíocre, com um povo extraordinário, sim porque apesar de sermos umas rematadas bestas, só um povo extraordinário consegue ir sobrevivendo a esta torrente de estrume politiqueiro que temos tido o azar de eleger, que nos jorra em cima diariamente a peçonha negra reduzindo-nos à miséria enquanto eles engordam, os porcos!

Cá por coisas nunca mais darei o meu aval a pantomineiros, a aldrabões velhacos e vigaristas, a peçonhentos filhos de muitas mães, torpes exemplos da humanidade naquilo que ela tem de pior e mais negro.

Cá por coisas, jamais voltarei a perder tempo a ouvir um qualquer bandalho travestido de justiceiro benfazejo, recuso terminantemente a reconhecer, a aceitar e muito menos a sancionar este circo de horrores, de gente medíocre e malvada. Claro que isto não vos interessa nada, e os poucos que perderem tempo a ler isto, vão achar que sou parvo, arrogante, e sei lá mais o quê, sinceramente já não me interessa!

Francisco Pereira

 

 

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