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A Semana da Mobilidade

23-09-2016 - Francisco Pereira

Esta semana comemorou-se a “Semana Europeia da Mobilidade”. Convém explicar sucintamente o que se entende por «Mobilidade», assim a palavra Mobilidade provém da palavra do Latim «mobilitate», significando a qualidade ou estado daquilo que é móvel ou que obedece às leis do movimento.

A mobilidade implica então movimento, condições para esse movimento, o que no plano urbano significa que pessoas e veículos podem deslocar-se com o mínimo dos obstáculos.

Se no caso dos veículos a coisa até não corre mal, é no plano das pessoas que a mobilidade em meio urbano está longe de ser perfeita, nalguns locais é praticamente inexistente, estou a lembrar-me de um bairro aqui da terreola onde habito, em que pessoas com mobilidade reduzida e ou portadoras de deficiência, simplesmente não podem sair de casa.

E esse é o grande drama da mobilidade, a fraquíssima acessibilidade que existe nos meios urbanos nacionais, por acessibilidade entenda-se numa definição simples a qualidade de ser acessível, de existir facilidade na aproximação. Ora em Portugal, muito há ainda a fazer nesta área.

A mobilidade e acessibilidade esbarram, nos meios urbanos, com todo o tipo de obstáculos, atente-se que neste artigo me vou ater apenas à mobilidade e acessibilidade dos peões, desde logo os meios urbanos mal pensados, mal planeados e pior executados, daí resultando barreiras arquitectónicas e desvarios vários que se tornam verdadeiras armadilhas para quem transita a pé, pior se torna ainda se por via de algum tipo de deficiência ou necessidade especial não permanente que dificulte a locomoção a pessoa tenha de se deslocar a pé.

No entanto as barreiras arquitectónicas e a péssima prestação dos planeadores e executores, não é, por incrível que pareça o pior, o pior o realmente mau, é a falta de civismo, uma verdadeira «ileteracia cívica», este despudor leva a que os passeios estejam atulhados de tudo o que se possa imaginar, criando incontáveis obstáculos.

Mais uma vez me socorro do exemplo, mau, do local onde habito. Os passeios, pasmem-se, ocasionalmente até servem para as pessoas por lá circularem, de tão cheios de tralha estão, caixas, caixinhas, contentores do lixo, postes de iluminação, carros, motas e motoretas, bicicletas, trotinetas e até camionetas, para além da trampa de cão e do muito lixo, uma verdadeira orgia de má educação colectiva e falta de sentido cívico.

A mobilidade e a acessibilidade não são conceitos vãos, ou antes não deveriam ser, deveriam estar consagrados na legislação, deveriam ser fiscalizados e colocados em prática com determinação, porém, o que mais se vê é laxismo e incúria, quer das Autoridades e dos seus agentes, quer dos próprios cidadãos, que parecem relativizar questões que são importantes para a sua qualidade de vida.

Esperemos pois que num futuro próximo, este país passe a encarar estas questões com a verdadeira atenção que devem merecer-nos!

Francisco Pereira

 

 

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