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A DERROCADA DA POLÍTICA ECONÓMICA DO G7

23-09-2016 - Pedro Pereira

Os bancos centrais dos países industrializados esgotaram as suas munições para combater a crise. Desta feita, a realização da sua reunião anual teve lugar em Jackson Hole, Wyoming, nos EUA, onde se manifestaram em pânico com o discurso do presidente da Reserva Federal Americana, Janet Yellen, o qual salientou as suas dúvidas relativamente à retoma da economia mundial. Referiu ainda que não é de confiar que os EUA se assumam nos tempos que correm e nos que se seguem, como que uma locomotiva puxando as carruagens ronceiras do baixo crescimento económico dos países industrializados.

Passados que são oito anos após a derrocada do Lehman Brothers, os bancos centrais dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) não conseguem solucionar as baixas taxas de crescimento (não ultrapassam 3%) das economias dos seus países.

Inicialmente, a política monetária que adotaram serviu como uma ferramenta poderosa para evitar uma gigantesca depressão económica em todo o mundo. Nesta etapa, o modelo esgotou: os bancos centrais dos países industrializados não têm chance de inverter o baixo ciclo económico global.

A economia dos EUA falhou na sua tentativa para resolver as profundas consequências da crise de 2008 e o seu contágio estende-se aos restantes países industrializados.

Enquanto a maioria das pessoas pararam de procurar trabalho por evidente falta de oferta e, consequentemente de oportunidades, outros há que embora possuam emprego, vêem-se na contingência de procurar ocupação laborar complementar como forma de procurarem manter o padrão de vida que possuíam antes do início da crise.

Relativamente à queda dos preços do petróleo que se vem manifestando, embora tenha tido um impacto positivo sobre as carteiras dos cidadãos, a verdade é que a continuar a sua queda livre, esta será uma realidade que vai reforçar tendências deflacionárias.

Desta forma desaparece a esperança que o G7 havia colocado na locomotiva americana para relançar o crescimento económico anémico, de acordo com o discurso que o presidente da Reserva Federal Americana, Janet Yellen, proferido no final de agosto em Jackson Hole, conforme já referido.

Em consequência, aumentou a desconfiança nos bancos centrais.

Tudo parece indicar, portanto, que se a economia continuar a marchar de forma desfavorável, nos EUA tal facto poderá ser desastroso para a administração Obama, por ter de enfrentar um novo choque financeiro pouco antes do final do seu mandato, a poucos meses das eleições presidenciais, situação que poderá ser usada a seu favor pelo candidato do partido republicano Donald Trump.

Como seja, a Reserva Federal perdeu toda a credibilidade, entre os bancos centrais do G7, que parecem ter perdido a bússola.

Em suma: Janet Yellen, em vez de apresentar respostas confiáveis para os graves problemas da economia mundial caiu em descrédito e com ele, o sistema em que assenta a política económica cozinhada pelos bancos centrais do G7.

Pedro Pereira

 

 

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