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A ALEMANHA NO EIXO DA POLÍTICA PARA OS FORAGIDOS

09-09-2016 - Pedro Pereira

Num telejornal de uma destas noites, por mero acaso, vi o «cherne» a perorar de cátedra sobre uma das vulgaridades que esse espécime invertebrado regurgita amiúde para cima dos cidadãos sempre que lhe dão oportunidade de se empinar perante um auditório e uma câmara de têvê.

A cena ocorreu num acampamento de férias de verão de um clube político de jovens de um partido, os quais, inocentes criancinhas, coitaditas, não conhecem da missa a metade sobre a dita criatura. Ou seja, tudo em torno do «escavaquistão», que teve o seu início com a segunda invasão do Iraque. A primeira foi capitaneada pelo presidente dos EUA, Bush pai, a segunda, encabeçada pelo Bush filho na presidência do mesmo país.

Pouco tempo passado, as mesmas cenas sucederam-se na Líbia e na Síria. Ou seja, a pretexto da «defesa dos direitos humanos», dos terroristas da Al-Qaeda do Bin Laden (ex-agente da CIA), de Muammar al-Gaddafi, de Bashar al-Assad e mais umas tretas sobre estes e outros «ditadores malandros» desses Estados e afins, os EUA e alguns países da Europa comunitária associados enviaram tropas e mercenários e espatifaram esses países soberanos, matando e estropiando centenas de milhar de pessoas, a maior parte delas cidadãos indefesos como crianças, jovens e idosos (e continuam a fazê-lo…).

Em suma: abriram a «caixa de Pandora», dando início a um verdadeiro genocídio humano que continua sem fim à vista.

Verdadeiras hordas de foragidos desses países, sobretudo da Síria e da Líbia, mas também da Eritreia e outros países(?) arribam todos os dias ao sul da Europa, deixando outros tantos naufragar no mar Mediterrâneo, melhor dizendo, morrer afogados pelo caminho.  

Pessoas desesperadas, temendo pelas suas vidas e dos seus familiares fogem das regiões devastadas pela guerra do Médio Oriente e de regiões de África, enfrentando o que de pior pode suceder a um ser humano numa travessia marítima em condições infra-humanas deixando para trás um cortejo de cadáveres à deriva no mar. Pessoas sem comida nem água amontoadas em barcaças a cair de podres em condições sanitárias deploráveis; famílias com crianças pequenas forçadas a navegar ao sabor das ondas a que se seguem (quando sobrevivem) centenas de quilómetros percorridos a pé por estes imigrantes para no fim terem como recompensa um abarracado «campo de refugiados» transformados na maior parte em locais de germinação de malfeitores e de mau viver, como no caso de Calais. 

Os destinos mais desejados por esta gente são a Alemanha, a Suécia e o Reino Unido.

De acordo com os serviços de inteligência norte-americanos, no meio das centenas de milhar de refugiados veem entre eles disfarçados, agentes do autodenominado «estado islâmico». A organização de militantes terroristas tem receio de usar aeronaves dadas as estritas normas de segurança, de forma que estão a usar os caminhos por terra como alternativa. Em seguida, a partir de onde entram no continente europeu, usam passaportes falsos para viajarem para outros países europeus.

Entretanto, as opiniões dos cidadãos comunitários continuam divididas entre os que querem impedir a sua entrada e estada no continente europeu, e os que entendem que devem de ser todos integrados rapidamente. No caso da madre «caridosa» alemã, madama Merkel, esta começou por anunciar a disposição do seu país em acolher 800 000 refugiados, como se fosse uma grande humanista e agora, passado mais de um ano do início do grande fluxo migratório, oscila entre o acolhimento dos foragidos e a sua contenção, afobada que anda com contínuos atentados terroristas no território alemão…

Por outro lado, o comum dos mortais em geral espanta-se pelo facto da União Europeia não tomar medidas concertadas face a este flagelo que ameaça a Europa no presente e no seu futuro próximo. A verdade porém, é que a quadrilha de dirigentes políticos da UE que gravitam em torno do Eixo alemão, mancomunados com grandes corporações empresariais e financeiras, possui uma estratégia bem definida quanto a esta situação que passa pela admissão de milhões de refugiados, muito deles com formações técnicas superiores, a fim de paulatinamente os irem integrando como mão-de-obra barata em alternativa aos milhões de trabalhadores que vivem nos países comunitários, os quais auferem salários que a quadrilha entende terem de ser reduzidos como estratégia política para enfrentarem a larvar crise económica, embaratecendo a mão-de-obra e os produtos para que a Europa compita nos mercados internacionais com as potências emergentes, nomeadamente as asiáticas, e por outro lado, de forma a inverter o ciclo da regressão da natalidade que afeta este continente, porque os países da UE enfermam de uma maleita grave: o envelhecimento da sua população.

A maior parte dos países membros, em particular os do Norte, necessita de mais imigrantes para manter o nível de vida que conquistaram. A esta grave situação soma-se outra: a origem do recrutamento de mão-de-obra barata deixou de estar nos países do sul da Europa (Grécia, Espanha, Itália e Portugal) países a braços com aprofundada crise económica estrutural e consequente fuga de gente – sobretudo jovem – para outras paragens, em especial fora do continente europeu, gerando o mesmo tipo de problemas de que enfermam os países do Norte europeu.

Portugal encontra-se assim a braços com o envelhecimento acelerado da sua população por via da fuga de milhares de jovens para outros países em busca de sustento.

Neste contexto os modelos de integração havidos até recentemente deixaram de funcionar, e por outro lado atendendo à proveniência e identidades culturais e religiosas, os novos migrantes dificilmente se identificam com a cultura dos países de acolhimento, assumindo na maior parte dos casos uma atitude de repulsa ou contestação para com os territórios e os cidadãos de acolhimento que irão resultar (já vão resultado…) em conflitos étnico/sociais que se vão agravando em cada dia que passa.

É evidente que nada disto sucede sem a conivência dos aliados da UE, os EUA. Aliás, de acordo com Pierre-Alain Depauw ( http://www.medias-presse.info/ ), os EUA financiam a imigração maciça para a Europa, acusação feita de igual modo por Vladimir Putin.

Assim, de acordo com afirmações feitas por um membro dos serviços de informações austríacos à revista Direkt , existem organizações americanas a pagar a passadores a fim de estes transportarem diariamente milhares de foragidos para o continente Europeu. 

A revista Direkt ouviu esse agente dos serviços de informações militares austríacos, dos österreichischen Abwerhamts, o qual explicou que os passadores pedem em média 7 a 14 mil euros para fazer com que os imigrados viagem ilegalmente para a Europa, de acordo com um plano geoestratégico norte-americano de inundar este continente com marés migratórias de gentes em fuga de países em guerra no Médio Oriente.

Ainda de acordo com o mesmo agente: «Dispomos de indicações a demonstrarem que organizações dos Estados Unidos criaram um sistema de cofinanciamento e contribuem de modo substancial para pagar os custos da viagem. A maior parte dos candidatos refugiados pagaria 11 mil euros em dinheiro sonante. Ninguém se pergunta de onde vem o dinheiro?». 

Em conclusão da sua entrevista à revista Direkt o agente acrescenta que reina um silenciamento completo por parte dos responsáveis sobre esta matéria, para que a opinião pública seja confundida e ignorante acerca desta matéria. 

É com base nestes fundamentos base que a Europa continua a afundar-se a caminho de uma desagregação que não se deseja.

Pedro Pereira

 

 

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