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III - ARMAS SECRETAS QUE MATAM QUE SE FARTAM

19-08-2016 - Pedro Pereira

. Arma de micro-ondas

A ADS – ( Active Denial System), é uma das armas da Força Aérea dos EUA que começou por ser usada no Iraque. Concebida para ser «politicamente correta» é usada em contextos de caos urbano (tumultos populares), manifestações...

Esta arma dispara rajadas de micro-ondas com cerca de 94GHz, projetando emissões maiores do que um raio-x, mas inferiores às de um forno de micro-ondas doméstico.

Os seus raios chegam a possuir um diâmetro até 2 metros e alcançam uma distância de cerca de 500 metros.

Invisível ao olhar e muito embora o exército americano diga que não é fatal aos seres humanos, ao atingir a pele do indivíduo/alvo penetra o suficiente para originar o disparo dos recetores neurais na região atingida , o que vai provocar uma sensação de queimadura intensa como se a sua pele estivesse a derreter-se, ao mesmo tempo que aciona um «gatilho» cerebral que impulsiona a vítima a correr alucinadamente. Além disso provoca (quando bem direcionado e disparado a suficiente distância) infartos de miocárdio.

Antes da sua entrada em uso, os cientistas do exército autores desta arma testaram-na em voluntários do exército dos EUA, incluindo soldados idosos e reformados, para além de cães, macacos e outros animais, e concluíram que a utilização desta arma em seres humanos não era mortal (?).

Segundo documentos da Freedom of Information Act norte-americana, nenhuma das criaturas em que foram efetuados os testes conseguiu resistir mais do que 5 segundos dadas as dores lancinantes. Não obstante os efeitos visíveis foram tão só uma dolorosa sensação de calor com duração de um a dois dias. O resto… desconhece-se.

De entre as mais recentes armas de micro-ondas, refira-se a espingarda de assalto chamada Phasr, concebida pelo departamento de Defesa norte-americano. Tem por finalidade disparar diversos graus com diversas intensidades de micro-ondas dirigidas a múltiplos objetivos ou uma área concreta, sendo que ao atingir um indivíduo os seus efeitos vão desde queimaduras cutâneas à formação de coágulos no sangue com nefastas consequências.

De uma maneira geral a opinião pública não se importa que os mísseis lançados pelos seus exércitos (ou aliados) nos territórios em guerra sejam suficientemente potentes para destruir uma cidade, porém, uma arma «não-letal» é muito mais complexa, dado que é expectável que num futuro breve, a qualquer instante possa vir a ser usada em estudantes, trabalhadores e cidadãos em geral que protestem nas suas cidades, por exemplo.

. Armas químicas 

Este tipo de armas, assente na utilização de elementos tóxicos de substâncias químicas e de venenos de origem biológica, têm por finalidade a destruição em massa. Foi profusamente empregue durante a I Grande Guerra Mundial, com o infindável cortejo de horrores resultantes da sua utilização (soldados gaseados com gás mostarda, substância incolor, líquida, oleosa, solúvel em água e bastante tóxica , dado que ataca drasticamente os pulmões.

Portugal enviou milhares de militares para França para o conflito. No regresso à pátria (os sobreviventes) deram oportunidade aos portugueses de verificar os resultados práticos do uso desta arma pelos alemães contra os portugueses e no geral, nas tropas aliadas. Chamava-lhes então o povo a estes homens: «os gaseados».

Dado o flagelo resultante do emprego da arma/gás mostarda, foram firmadas Convenções internacionais por parte dos vencedores no sentido de impedir utilizações futuras de armas químicas contra seres humanos. Não obstante, até hoje são vários os países que continuam sem subscrever estes acordos e a utilizar este tipo de «armamento». Atualmente é usado em teatros de guerra como os que decorrem em países do Médio Oriente. São utilizados o cloro (Cl2), o ácido cianídrico (HCN), o gás sarim, o Soman, o Tabun, o agente laranja e o Napalm, entre outros.

Este género de armas tem sido utilizado quer para reprimir manifestações de civis, como é o caso do gás lacrimogéneo (que muitos portugueses já sofreram na pele «oferecidos» pelas forças policiais) e nos grandes conflitos em curso.

Junte-se a este «catálogo de horrores» os desfolhantes, que despejados por aviões destroem a vegetação ao mesmo tempo que os seus efeitos tóxicos são imediatos sobre os seres humanos, caso do agente laranja, utilizado pelos EUA na guerra do Vietnam. Contém dioxinas, substâncias cancerígenas causadoras de alterações genéticas e deformidades fetais.

De entre a panóplia de armas químicas, as mais temidas são os chamados agentes organofosforados, que atuam sobre o sistema nervoso. Basta pequenas quantidades sobre a pele para provocar convulsões e morte.

. Armas biológicas

A guerra biológica é definida como uma técnica de «destruição pela doença». A «arma» utilizada são organismos vivos (bactérias, vírus, protozoários e fungos) e/ou as toxinas resultantes desses organismos. Os alvos podem ser animais, plantas ou equipamentos.
Estas armas são produzidas a baixo custo e os seus efeitos incontroláveis, dado que potencialmente causadores de vítimas nos alvos no decorrer do confronto, sendo que o número de baixas é normalmente bastante elevado.

Este género de armas são as mais temidas na atualidade, uma vez que passíveis de arrasar qualquer sociedade através da contaminação da água, do ar, da terra e até dos alimentos.

São concebidas a partir de vírus, fungos, toxinas, bactérias, e outros microrganismos produzidos em laboratório. É evidente que o resultado final são doenças dolorosas e/ou a morte.

As armas biológicas mais fabricadas são concebidas a partir do Antrax, Botulismo, Varíola e Ébola, produtos baratos, mortíferos, fáceis de transportar e de grande potência destruidora, bastando usar pequenas quantidades para alcançar efeitos catastróficos em vastos territórios.

Estes agentes patológicos são inalados, ingeridos ou acedidos pelas vias cutâneas por parte dos indivíduos, sendo o seu efeito bastante rápido e mortal.

Numa primeira fase, os sintomas das vítimas sujeitas a este tipo de ataque são os mesmos de uma gripe comum. Em seguida começam a sentir dores em todo o corpo, irritação da garganta, tosse, catarro e manchas na pele, que culminam pela falência dos órgãos conducentes à morte.

Hoje em dia os laboratórios que produzem armas biológicas encontram-se instalados nos mais diversos países, como por exemplo a Coreia do Norte, Rússia, Irão, Índia, Paquistão, Iraque, Líbia, EUA, etc..

Como o leitor poderá calcular, esta é uma pequena amostra da parafernália de armamento cada dia mais em uso nos teatros de operações bélicas que ocorrem por todo o mundo. Felizmente que já vão surgindo notícias sobre esta matéria que, não obstante continua desconhecida da maioria dos cidadãos.

Pedro Pereira

 

 

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