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Usos e Costumes – a tradição e a inovação

21-02-2014 - Eurico Henriques

As sociedades constroem os seus processos de resposta perante as necessidades que sentem a cada momento. A tradição é a resposta para a manutenção de sistemas e processos de atuação que, tendo surgido há muito tempo, foram experimentados e revelaram ser eficazes.

Normalmente, em todos os tempos, a juventude mostrou ser uma força com sentido de inovação, procurando novos desafios.

Nos dias que vivemos as razões que justificam a tradição e a inovação encontram-se bem delineadas. Elas divergem e afastam-se a grande velocidade.

A sociedade tradicional procura manter o sistema de vida que conheceu e que lhe foi legado pelos seus ancestrais.

A sociedade inovadora – representada pelas camadas jovens e instruídas – procura afirmar a sua força e poder através de atos que valorizem os seus métodos de atuação.

Hoje “os mais velhos” instruídos encontram certas limitações perante os novos métodos de ação social. Essa limitação resulta, parcialmente, do desconhecimento da capacidade de manuseio dos novos instrumentos de trabalho e de produção que são postos à disposição de todos.

Nesta dicotomia emerge um conjunto de comportamentos que provocam reações diversas.

Os acontecimentos mais recentes, que resultam da aplicação de praxes aos estudantes que iniciam a sua vida académica, trazem consigo muitas das explicações para esta dicotomia. A praxe é uma forma de iniciação que há muito se pratica. O que acontece é que – devido ao novo poder que está nas mãos dos mais jovens – ela transformou-se numa forma de aviltamento do indivíduo e dos seus direitos.

Pratica-se a violência – física ou espiritual – sobre o outro na ideia de que se está a cobrar uma regalia que tem de ser merecida: o novo mundo idade adulta e da universidade.

Quais as razões que podemos encontrar para esta forma de atuação? Onde ficaram as regras de comportamento? O respeito pelos outros? O sentido da responsabilidade que cabe a cada um?

O nosso “caso do Meco” deve ser visto com cuidado e verdadeiro sentido de verdade. Não me parece que se possam fazer acusações sobre o que se desconhece ter acontecido. No entanto o que se fez foi inventar situações, explicar os factos com verdades criadas pelo explicador. Todo este comportamento dos meios de comunicação – inventar e criar factos para atingir maior notoriedade – não ajudou em nada o esclarecimento do que na realidade pode ter acontecido.

O que vemos e sofremos diariamente com a ação dos temporais na costa pode constituir uma explicação mais correta.

Eurico Henriques – Mestre em Comunicação

 

 

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