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A TRIBUTAÇÃO DO SOL E OUTRAS REGALIAS

05-08-2016 - José Janeiro

Por estes dias assistimos com perplexidade a mais uma invenção tributaria por parte de um governo, que apesar de não ter votado nele, até achava que era o mal menor. A surpresa é maior quando os critérios subjacentes ao imposto são no mínimo idiotas e inqualificáveis.

Vamos por partes:

O IMI por si só é já um imposto sem sentido e inventado pelo Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite que tinha como grande objectivo financiar as autarquias e os seus desmandos financeiros, que todos nós conhecemos. Entretanto o governo anterior modifica a fórmula de cálculo e para que ninguém pudesse refilar cria umas proibitivas taxas para quem tenha essa ousadia. Vem agora, mais uma iluminada cabeça, talvez devido á falta de sol na moleirinha e com deficit de vitamina D, inventar mais uma fórmula de cálculo aberrante e reforçar a desprotecção do contribuinte perante os desvaneios dos cobradores de impostos.

Ora se bem que na sua génese a terra era de todos os seres vivos, bem como o sol, o ar, as plantas e as riquezas nela contidas, isto acabou retalhado e com cercas de propriedade que a sociedade dita evoluída inventou. E assim chegamos à habitação própria, um direito constitucional, que por ser sua e estar localizada debaixo da pata de uma camara municipal, você tem que pagar uma renda anual, mesmo sendo aceite que a propriedade é SUA. Dirão os defensores da parvoíce: pois mas temos que manter parques, estradas e rotundas e saneamento e carros do Presidente da Camara e a P$%a que os Pa%$u a todos, mas isso já você paga com a Agua e com as derramas municipais nos mais variados impostos. É preciso um desenho? Sim, é verdade estamos a pagar em duplicado ou triplicado as merdas das mordomias das Camaras Municipais e sua má gestão. Mas tal não chega porque verificamos que as estradas, as rotundas, os parques e toda a panóplia de serviços públicos estão pelas ruas da amargura, então para onde vão os nossos impostos que deveriam servir para tudo isto, segundo os entendidos da coisa?

Não é anormal uma Camara Municipal ser o maior empregador de uma qualquer região, não é anormal um parolo qualquer eleito começar a praticar loucuras, quer construtivas desnecessárias, dizem que é para deixar a sua marca para ser lembrado para todo o sempre, quer de gastos supérfluos, muitas vezes em automóveis, porque o seu real cu não pode andar numa viatura qualquer tem que ser numa coisa dignificante e como não é ele que paga que se lixe a coisa, além dos já tradicionais jantares, viagens, meninas e coisas que tais, para proveito próprio, encapuçados como trabalho camarário. Sim é verdade estou a generalizar, mas olhem para as vossas autarquias e analisem, talvez a grande maioria seja assim, mas lá diz o ditado: a excepção faz a regra!

O que verificamos perante estas decisões é o habitual: em vez de se racionalizar custos, procura-se receita para manter o status quo. Ora meus amigos, assim até uma criança com poucos anos e um iletrado qualquer consegue gerir esta porra. Há falta de guito, aumentam-se impostos! Nada mais fácil!

O difícil que será racionalizar custos, gerir com competência os dinheiros públicos, isso dá cá uma trabalheira que nem vos conto e depois como vou mostrar ao povo vindouro a minha imponente obra? O meu ADN de bom gestor com obra feita que tanto orgulham os parolos?

Chegados a este ponto e porque a revolta toma conta dos nossos sentidos, temos que nos lembrar que a culpa desta gente fazer o que quer e sobrar-lhe tempo é apenas nossa, passo a explicar:

Votamos sempre nos mesmos em alternância, ora PSD, ora PS, ora coligados, ora não, mas acontece que esta gente já deu provas de toda a sua incompetência e como funcionam as redes de interesses a eles agregadas. Mas ainda não nos basta levar no pelo, porque o maior partido politico deste país continua a ser o D.A. – Deixa Andar, que encapotado em frases tão interessantes como: é tudo a mesma coisa! Ou nem lá ponho os pés porque não me interessa a política! Os outros partidos? não, porque quando lá chegam fazem igual! Vão mantendo alegremente soluções sempre iguais para velhos problemas.

Eis o comportamento do Partido Deixa Andar o maior partido nacional:

Mas afinal queixam-se de quê? A culpa é toda nossa!

Há casos em que a abstenção ultrapassa os 50% e as eleições mantêm-se validas porque a lei diz qualquer coisa como: “maioria dos votos expressos” os tais que entram na urna eleitoral, os abstencionistas não contam! E os Partidos Politicos não estão grandemente preocupados com a abstenção, porque se tivessem alteravam a lei para a representatividade da votação expressa em que voto em branco e abstenção não equivaleria a gente eleita.

E agora queixam-se do IMI, do aumento dos combustíveis, do aumento dos preços, da redução de salários, dos tachos dos políticos, das PPP’s , dos Swap’s, do disparate da banca, da divida publica, das mordomias, dos roubos institucionalizados, do numero de deputados da Assembleia da Republica, dos gastos anormais das autarquias, chega? Ou querem mais?

Como os nossos queridos eleitores fazem um grande favor aos políticos só há uma coisa a fazer: REVOLTA! Se ninguém pagar a porra do IMI, sem medos por certo o imposto desaparece. A Constituição da Republica prevê actos de revolta contra as injustiças e quando nos sentimos desprotegidos PORQUE ESPERAMOS? Por mim estou aqui!

José Janeiro

 

 

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