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Quão vadia és Europa?

05-08-2016 - Francisco Pereira

Vivemos numa Europa que, em plena mudança, desse facto não existem dúvidas, se apresenta uma Europa passiva e mole onde todas as culturas cabem, onde todas as culturas parecem ser mais importantes do que as dos indígenas europeus, que a passo largo caminham para posições minoritárias, uma Europa vadia, sem sedimento. O que falhou?

Falharam as politicas de emigração, claramente, ao empurrarem muita gente para a delinquência e para a indigência, falhou a solidariedade europeia, que não se traduz em ajudar os que mais precisam, a Europa tem problemas graves nas suas fronteiras, com minorias étnicas, que não se governam nem se deixam governar, que fazer então, quando não se integram nem se deixam integrar, segregar também não é a solução, então como fazer?

A Europa enquanto entidade politica tem falhado redondamente em dar resposta a estas questões, a islamofobia latente, é disso um preciso exemplo, os europeus não islâmicos precisam de conhecer o Islão e os muçulmanos precisam de entender que se vêm para a Europa é para na medida do possível, serem europeus.

«Em Roma sê romano», esse velho adágio tem de pautar as nossas vidas, na Europa as politicas têm sido demasiadamente permissivas abrindo caminho a males complexos como seja a radicalização islamita e a radicalização da extrema-direita racista, o politicamente correcto tem estragado tudo, pois não só não consegue serenar e amenizar as coisas como tem servido para acicatar os ódios, o caminho correcto está algures no meio, ou seja a Europa não pode abdicar das suas matrizes culturais, por outro lado compromete-se a defender a liberdade religiosa, sem no entanto permitir, práticas que ponham em causa os princípios culturais da Europa, mesmo que essas práticas sejam reclamadas como sendo culturais, facto que tem servido para propagar todo o tipo de barbaridades.

A Europa não é uma sociedade perfeita nem homogénea, muito longe disso, no entanto tem de perseguir esses objectivos, quando pelo menos conseguirem ser uma sociedade homogénea, os europeus terão dado um grande passo no sentido da tolerância.

O esforço será de educação, de perceber o outro, cedências terão de ser feitas de parte a parte, nós os portugueses somos disso um exemplo que o mundo poderia estudar, nós portugueses somos os mestres mundiais da plena integração sem nunca perdermos a nossa matriz cultural identitária, é muito interessante ver um jovem de 16 anos, 5ª geração de portugueses radicados nos Estados Unidos, não fala muito português, mas chora a ouvir o hino e vibra com a selecção nacional de futebol, isto será a cultura portuguesa?

Não, não se reduz a isto, mas é interessante ver que estes ténues laços lhe servem para não perder contacto com as suas já antigas origens, apesar de ser um jovem tipicamente americano, e é nesta apropriação de pequenos nadas culturais que nós portugueses somos mestres, poderiam estudar-nos para perceber como melhor perceber outro e se integrarem nas suas sociedades. Tolerar, compreender mas não cegamente, não abdicar daquilo que somos e ser inflexível na defesa da nossa cultura e nos nossos princípios de respeito pela diferença, acho que é esse o segredo.

Francisco Pereira

 

 

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