Tadinho do Cherne

22-07-2016 - Francisco Pereira

O pequenino Portugal, e não só, ficou furioso com a ida de um Cherne famoso, para um lugar dourado de um igualmente famoso e dourado banco, famoso principalmente, por ser um antro de mafiosos e de vigaristas, como são a grande maioria dos bancos, não percebo porém a fúria.

De esquerda trauliteira vieram logo os ataques ao pobre Cherne Baboso, da direita sacrista e bafienta vieram as salvíficas hossanas costumeiras ao ex presidente do partido, ex primeiro, ex presidente do Conselho e ex maoista, vieram ainda encómios rasgados à singeleza do dedicado perciforme, quase permitem especular que um destes dias a canonização o espera, será lindo o dia de São Baboso, padroeiro dos intrujões, impostores, vigaristas e trafulhas.

O homem detêm uma longa e invejável, para alguns, sucessão de ser ex qualquer coisa, facto que o identifica como um dos mais insignes representantes da porcaria política que bóia e vai boiando pelas instituições nacionais e europeias, perpetuando a indecência e a vigarice trapaceira deste mundo dito democrático.

Fazendo jus ao seu nome científico, Polyprion americanus, o nosso querido Cherne, alinhou de imediato com o amo e senhor Bush o grande timoneiro dos Estados Unidos de então, aquando da infeliz cimeira dos Açores que ratificou o ataque ao Iraque em 2003, como qualquer bom lambe botas profissional, soube escolher o lado certo, para conseguir estar entre os escolhidos dos grupos Bilderberg e coisas afins o que lhe permitiu chegar à epítome da trafulhice mundial que é a banca, o lugar que vai ocupar é o corolário de longos anos de subserviência e lambe botice, os sapos que o homem não deve ter engolido!

Perito em singrar pelas frinchas do merdum político, o nosso Cherne também gosta de usar avental para cozinhar, tratou pois de se juntou aos amigos do avental para cozinhar mais umas trafulhices e estar sempre ligado aos ocultos interesses desta gastronomia “underground” que vai minando por dentro as instituições e garantindo que os amigos e os amigos destes, estejam sempre iluminados e bem sentados à mesa da comezaina.

O Baboso Cherne, possui o hermafroditismo político essencial a este tipo de criaturas que se movem no lodo da política, são algo, sem nunca terem feito nada que possua o mínimo préstimo, e mudam por conveniência de aspecto sempre que for necessário, verdadeiros trapezistas e contorcionistas.

No caso do nosso querido Cherne, a sua habilidade para se travestir é verdadeiramente camaleónica, no entanto a criatura ficará conhecida pelo infeliz episódio anteriormente citado da Cimeira dos Açores e o igualmente episódio da fuga atrás do cifrão, quando abandonou o governo de um país, para ir encher o bolso, verdade seja dita que não foi primeiro, a primazia da arte da fuga para a algibeira cabe a um rebotalho sacrista, que anda pelas nações unidas, ainda bem, eles que lhe paguem.

Não percebo pois a fúria, contra o pobre Cherne, que anda apenas a encher os bolsos, se otários existem dispostos a pagar-lhe, deixem lá o homem ir para onde quiser, os quintos dos infernos seriam um sítio excelente, até porque a sua ida é a coroação da grande vigarice que reina no mundo, onde o rebotalho subserviente e trafulha é sempre recompensado com as mais altas honrarias, tal como acontece ao nosso bom velho Furão Cherne Baboso, o nosso melhor exemplo daquilo a que poderemos chamar « politica stercore» nacional, por isso viva o Cherne.

P. S. – Andam umas luminárias do Parlamento Europeu a acicatar as raivas contra o pobre Cherne, os franceses que não lhe perdoam a lambebotice e a fraqueza de desempenho que teve, foi um pau-mandado acusam-no, pois claro que foi um pau mandado, foi por e para isso que o elegeram, além de que o homem se presta a isso, essa é toda a sua carreira, um Cherne pau-mandado!

Francisco Pereira

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