SOMOS CAPAZES……OU TINHAM DÚVIDAS
22-07-2016 - Henrique Pratas
Se dúvidas subsistissem quanto há capacidade dos portugueses, quanto à prática desportiva, ao profissionalismo, às excelentes qualidades que possuímos enquanto Povo eis que no passado dia 10 de julho de 2016 demonstrámos inequivocamente que somos tão ou melhor que os outros Povos em todos os aspetos, temos a vantagem de nunca ter ocorrido nenhum fenómeno de guerra interna e a estabilidade do nosso espaço geográfico está perfeitamente delimitado e confinado ao espaço que conquistámos há muito tempo, motivo pelo qual a estabilidade que foi criada neste País de mantém há muitos anos, o que nos tem desgraçado é a péssima qualidade dos Governantes, Políticos, Dirigentes da Administração Pública e Privada, Presidentes de Conselhos de Administração ou Presidentes do Conselho Diretivo de Organismos Públicos, Parcerias Pública ou Privados ou mesmo de Organizações Privadas que temos tido e continuamos que não reúnem, em meu entender os requisitos mínimos para desempenhar essas funções, são pessoas medíocres que se movem por influências e concessões e não por competências profissionais e quando assim é não há nada a fazer ou há, se a seleção e o recrutamento for realizada com os métodos considerados como os mais adequados ao exercício das funções que se pretendem preencher, o compadrio, a cunha, a valente cunha ou o tráfico de influências deveriam ficar à porta deste processo. Cito-lhes um exemplo, já foi nomeado em regime definitivo um Presidente do Conselho Diretivo de uma Entidade Pública, entretanto a vaga continua em concurso através da CRESAP que é o Organismo Público criado para o Recrutamento de Quadros Superiores do Estado e Dirigentes, entendem isto? De todo este processo está inquinado, viciado à partido, apesar de a CRESAP, ser um organismo autónomo e ter sido criado para o efeito que lhes indiquei, o político sobrepõe-se ao técnico.
Retomando os feitos realizados pelos nossos atletas, nomeadamente os do atletismo que ganharam diferentes medalhas de ouro, de prata e de bronze, nos campeonatos europeus, apenas contando com a carolice da Federação Portuguesa de atletismo, dos seus treinadores e dos seus atletas, que se sacrificam para poder treinar com o mínimo de condições necessárias para que estes resultados surjam e os mesmos só acontecem única e simplesmente porque eles se sacrificam, exercendo profissões por conta de outrem par ganharem de forma honesta algum dinheiro para fazer face aos custos inerentes ao exercício que uma prática desportiva que gostam de praticar o façam com qualidade e com os resultados que os próprios se propõem alcançar em conjunto com os seus treinadores, e qual é o papel do estado no meio disto tudo, a minha resposta é nenhuma, porque nenhum dos Governos que esteve em pleno exercícios nunca elegeram a prática desportiva com sendo um paixão desses Governos, a aposta do desporto escolar tem sido praticamente nula, ou se quiserem não foi encaminhada da forma como eu acho que deveria de ser, que era no sentido de criar uma cultura de prática desportiva para todos as crianças, jovens e adolescentes, em ambiente escolar nos diferentes níveis escolares, daí resultaria a criação de uma prática desportiva que faria muito bem a todos, dando-lhes a possibilidade de virem a ser adultos mais cultos do ponto de vista desportivo e consequentemente criar-lhes hábitos de prática desportiva, que como sabem nos faz bem à saúde e as mazelas que nos aparecem mais tarde, não seriam tão incómodas quanto são e a nossa saúde física e psíquica seria muito melhor reduzindo os custos na saúde, mas isto não se faz, como é conhecido de todos nós e o estado a que chegámos é este, com isto há que enaltecer o mérito destes atletas que se sacrificam para obter os resultados que alcançaram e que não andam de pino da bandeira nacional ao peito como certos Des) Governantes praticaram, mas que nada fizeram pela Nação, Por Portugal, estes atletas fizeram muito mais do que eles colocaram Portugal no mapa e deram dignidade ao Povo português que como é do vosso conhecimento, muitos são emigrados e foram e são descriminados de forma abusiva pelos Países para onde emigram por não encontrarem em Portugal condições de trabalho que lhes permitam encarar a sua vida profissional e social condignamente.
Nesse mesmo dia o ciclista de nome Rui Costa, na volta à França, alcança o 2.º lugar numa das suas mais difíceis. Independentemente de nesta prática já existir para aqueles que conseguem ser contratados por equipas que têm dotações financeiras mais ou menos com alguma consistência e consideradas importantes, não nos podemos de esquecer a forma como estes atletas lá chegam, é preciso demonstrar que reúnem o mínimo de condições para serem olhados como um investimento produtivo para essas equipas, sim porque estamos a falar de investimento que as empresas fazem e não querem perder dinheiro, antes pelo contrário as empresas que lhe dão suporte através do apoio financeiro que lhes dão querem ter de volta o dinheiro investido, acrescido de uma rentabilidade que geram pelo aumento das vendas dos produtos ou serviços que comercializam e aí relativamente a esta prática desportiva também é necessário fazer um esforço inexcedível, muitos não conseguem lá chegar, porque não têm suporte financeiro para o fazer e outros conseguem porque de um lado ou de outro existem pessoas que são solidárias e nada medida das posses lá vão ajudando um jovem a concretizar o seu desejo e o Estado em que é que contribui, resposta rigorosamente nada.
Por fim Portugal foi um brilhante vencedor do Campeonato Europeu de Futebol, derrotando a França, País de emigração eleito por muitos portugueses, como uma fuga ao cumprimento do serviço militar obrigatório em tempo de guerra no ultramar e ao longo de décadas pela procura de melhores níveis de vida de trabalho que este País não dá resposta e as pessoas se vêm na contingência de o abandonarem para conseguir viver condignamente onde muitas das vezes vão fazer os trabalhos que os que nasceram nesses Países não querem fazer e que desconsideram e destratam, como sendo lixo, aliás tenho na memória a primeira vez que fui a Paris e fui ver como viviam os portugueses nos bidonvilles, bairros de lata, destinados aos menos afortunados e que iam realizar os trabalhos que vos enunciei anteriormente, viviam em condições que considero de desumanas e colocadas à disposição pela população que os acolhe que entende que eles só merecem aquilo e nada mais, que discriminação, humilhação e desconsideração estes portugueses sofreram e sofrem, e ainda afirmam que o racismo ou atitudes deste cariz não existem, ai não que não existem.
A vitória de Portugal sobre a França, veio demonstrar que afinal somos gente capaz e com potencialidades que não são aproveitadas pelas razões que já vos invoquei e não quero repetir esta vitória fez-nos bem o nosso ego e ainda mais aos nossos emigrantes, estou a imaginar a cara dos franceses quando os portugueses no dia 11 de julho regressaram ao trabalho e lhes deram os bens dias com um sorriso malicioso, não por vingança ou qualquer sentimento de ódio, apenas com o intuito ou intenção de nos afirmarmos como pessoas que somos, com vontade própria, com a nossa capacidade de trabalho e como povo que somos e nada mais, respeito, palavra perfilhada pela UEFA e que é o lema que vimos em todos os estádios de futebol, nos painéis publicitários onde ocorrem as competições europeias, RESPEITO é necessário e convém passar da teoria à prática.
Um aspeto que considero lamentável que tenha ocorrido neste processo todo, a atitude do Presidente da República que rapidamente e em tempo oportuno decidiu honorificar o feito pela seleção portuguesa de futebol, esquecendo-se de todos os outros feitos concretizados pelos outros atletas que Obtiveram resultados que dignificaram o País, sei que rapidamente emedou e veio a terreiro e já recebeu os atletas que vos falo e também lhes atribuiu uma ordem honorifica, não sei se igual ao dos jogadores da seleção portuguesa de futebol, mas eu acho que não devia existir tratamento desigual, porque o nível de dificuldade para alcançar os resultados obtidos, podemos afirmar são os mesmos, apesar das condições das dificuldades de acesso a estes lugares serem substancialmente diferentes.
Penso que o Estado, nomeadamente ao nível educacional e de saúde deveria integrar nos seus conteúdos programáticos de ensino, estas duas vertentes, nos diferentes níveis de ensino, começando pelo ensino básico, que é a altura em que as crianças criam hábitos de trabalho, educação, de valores e princípios que lhes serão muito úteis no seu processo de crescimento e que farão deles melhores cidadãos responsáveis, participantes e com a capacidade de poderem vir a ser melhor do que nós e nos podermos afirmar como um POVO DE EXCELÊNCIA que somos, afinal de contas para quem pensavam que não éramos capazes demonstrámos que ainda podemos ser melhor do que o que o que somos, deem-nos condições e vão ter agradáveis surpresas, porque de facto temos um POVO de excelente qualidade, que aguenta imposições desonestas feitas por técnicos da União Europeia, do FMI e do Banco Central Europeu, que já foram experimentadas noutros Países sem sucesso e agora por causa de 0,01%, teimosamente nos querem sancionar com penalizações mal sustentadas, inoportunas e sem razão técnica que a sustente, a haver sanções deveriam ser aplicadas a quem nos obrigou, sim é este o termo correto, a aplicá-las sim esses senhores propuseram medidas em nome das Instituições que mencionei, se as medidas não deram resultado a culpa é deles e só eles em meu entender devem ser responsabilizados, porque os dirigentes máximos concordaram e manifestaram-no publicamente e por escrito, isto de ninguém não assumir as suas responsabilidades dos atos que pratica e empurrar par os outros que se limitaram a fazer o que lhes impuseram é bonito não é? Mais agora tiveram mais uma brilhante ideia, sim porque daquelas cabeças só saem ideias brilhantes, querem colocar um “comissário” politico vindo da União Europeia, para fazerem o controlo da implementação das politicas que nós decidimos implementar par ultrapassar a situação de crise financeira criadas pelos próprios mercados financeiros, através de especulação desmedida, nós não somos “meninos” irresponsáveis, somos até muito responsáveis e cumpridores demais, não necessitamos de alguém estranho ao País a controlar os nossos atos, nós responderemos por eles, não inventem mais “tachos”, esta medida a ser implementada, considero-a grave porque coloca em causa a soberania nacional.
Henrique Pratas
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