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AINDA SOBRE A DESEJÁVEL E URGENTE FEDERAÇÃO IBÉRICA

08-07-2016 - Pedro Pereira

No nosso último artigo publicado na semana passada neste semanário com o título: É Desejável uma Federação Ibérica, alguns dos nossos leitores (felizmente poucos…) confundiram Federação Ibérica com União Ibérica.

Pensamos que por não terem tido tempo de ler o artigo e feita tão só a leitura do título do mesmo, ou talvez porque não fomos suficientemente esclarecedores relativamente ao que formulámos no texto.

Assim, no sentido de veicular de forma mais clara o nosso pensamento e sentir relativamente a esta questão, queremos deixar aqui expressas as linhas gerais do nosso entendimento:

. Somos frontalmente contra uma União Ibérica;

. Somos acérrimos defensores de uma Federação de Estados Ibéricos autónomos, independentemente do regime de cada qual, quer seja monárquico ou republicano conquanto neles vigorem sistemas políticos parlamentares verdadeiramente democráticos, respeitando-se mutuamente entre si;

. Somos frontalmente contra o regime antidemocrático, pró-fascistoide reinante na dita Comunidade Europeia onde Portugal foi inserido «à martelada»;

. Somos frontalmente contra a moeda única para cuja adesão os portugueses não foram ouvidos nem achados, considerando que esta moeda artificial só beneficia os países ricos e em particular a belicosa Alemanha, além de (sintomaticamente) ter sido a partir dessa altura que teve início o descalabro das contas públicas portuguesas;

. É grave e preocupante que criaturas que não foram eleitas pelos povos europeus, mandem, ponham e disponham nos (e dos) respetivos governos associados e mandem alarvemente nos destinos dos cidadãos, capitaneados pela Alemanha. Logo, a UE não é uma democracia, mas antes um arremedo de algo sinistro e perverso em curso que se não for travado quanto antes conduzirá os povos do Sul da Europa (e outros mais) para a miséria absoluta em curto espaço de tempo;

. Entendemos que os cidadãos de Portugal, Espanha, Grécia e outros países mais desta famigerada UE não tem obrigação de sustentar o regime chulo alemão;

. Estamos seriamente preocupados pelo andamento que leva esta dita comunidade, onde, sobretudo os referidos países do Sul da Europa se tornaram como que uma espécie de «vacas leiteiras» onde o regime alemão chupa avidamente nas suas tetas como lobos esfaimados;

. Não nos podemos esquecer que a Alemanha é um país belicista por natureza, tendo feito guerra à Europa (1ª GGM – 1914/1918), cujas consequências se saldaram por milhões de mortos, feridos e estropiados, somando-se o restante cortejo de destruição, de ruína e, enfim, de desgraças e de novo reincidiram (2ª GGM – 1939/1945) criando um cenário mais dantesco que aquele que engendraram no anterior conflito. Desta feita, por razões que não cabem neste artigo, concluíram que existem outras formas de conquista dos povos e dos seus territórios sem os horrores das guerras. E se bem pensaram melhor fizeram. Chegamos assim a julho de 2016, com a Europa subjugada (derrotada) aos pés da Alemanha, guerra ganha somente com o poder de «armas de destruição maciça» muito mais sofisticadas detidas nos tempos de hoje pelos teutões: - o dinheiro e a chantagem;

. E tal como aconteceu na 1ª e na 2ª GGM, a Grã-Bretanha foi o primeiro país a enfrentar os arianos, desta feita utilizando também uma arma que só os países onde reinam regimes democráticos possuem: o referendo popular;

. O objetivo fundamental do novo arianismo tem sido o de instalar um regime teocrático capitalista, de forma a assegurar que sejam controlados dois terços da sociedade europeia comunitária, maioritariamente dividida, endividada e permanente pobre;

. Milhões de britânicos revoltaram-se, enfim, contra as oligarquias bancárias dominantes, a casta política aldrabófila, a quadrilha de Bruxelas, a arrogância e desmando dos alemães e os media mancomunados com os referidos bandos;

. Votaram maioritariamente a favor do abandono da UE, utilizando a arma dos povos que vivem em democracia: o referendo. Este foi o voto da revolta de um povo que não verga a cerviz;

. A chantagem, o nojo, o vómito por banda dos salteadores, foi protagonizada pelo ministro das finanças britânico quando veio publicamente ameaçar um corte de 30 milhões de libras nos serviços públicos caso o povo votasse a favor do Brexit.

. Um asco de gente personificada nesta figura grotesca.

. Nem assim o povo vergou, enojado por décadas de comunidade europeia gerida por um perverso sistema de socialismo para os ricos e de capitalismo para os pobres; de liberdade para o capital e de negação da liberdade para os trabalhadores; da casta política imbecil, inábil, incompetente e da politização (partidarite) dos quadros da administração pública;

. Por seu turno a classe política comunitária mais os seus capatazes de fatos cinzentos em Bruxelas, continuam com relutância em confessar que o euro é um fiasco e a UE em moldes políticos é um fracasso sem reforma nem remissão possível, pelo que quaisquer tentativas de mudanças políticas, sociais, económicas ou monetárias, estão à partida condenadas ao fracasso. Os povos europeus estão cansados e enojados dos seus dirigentes políticos;

. Assim, (quer se deseje ou não) os diversos países estão condenados a saírem deste bordel comunitário de forma mais ou menos rápida uns a seguir aos outros, atascados em convulsões e enfrentamentos político-sociais com consequências nefastas para a identidade dos seus países e independência dos seus povos;

. Atente-se ainda que as crises de endividamento e bancário português, espanhol e italiano, encontram-se à beira do precipício;

. Sintomaticamente, na véspera do referendo britânico, Vladimir Putin discursou em S. Petersburgo no evento comemorativo do 75º aniversário da invasão da União Soviética pelas tropas nazis (22 de junho de 1941). Muito embora os soviéticos tivessem vencido, o custo do enfrentamento com os alemães foi de 27 milhões de mortos de cidadãos da URSS.

. Na sua intervenção Putin comparou a atual e apressada acumulação de tropas e material bélico da NATO nas fronteiras ocidentais da Rússia, à Operação Barbarossa do Terceiro Reich.

. No entanto nada disto foi noticiado na imprensa dominada pelos media da UE…

. Traçado este breve panorama que esperemos que contribua para um maior esclarecimento do leitor, pensamos, depois desta explanação que consiga entender melhor a razão da defesa urgente e rápida da formação de uma Federação de Estados Ibéricos.

«A União Europeia está morta. Só falta saber a data do enterro»

Pedro Pereira

 

 

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