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O PORTUGUÊS SEM MESTRE

24-06-2016 - Pedro Pereira

É mais fácil desintegrar um átomo do que uma mentalidade.

Albert Einstein

A situação económica e social que Portugal atravessa é uma pecha bem antiga. Quase diríamos que faz parte da matriz genética e étnica do povo autóctone da região extrema da Península Ibérica.

O português é, desde a sua ancestralidade e na sua maioria, manhoso, madraço, egoísta, com horror aos bancos das escolas e avesso à leitura, pouco asseado e machista «graças a deus!», que empesta um odor característico à sua espécie a cebola requentada emanado dos sovacos à rédea solta, especialmente afamado em tempos de calor nos transportes públicos.

À maior parte do português para ser feliz, bastam-lhe umas divisórias num apartamento suburbano onde se acomodar mais a sua «esposa» (esta por sua vez chama esposo ao marido) e os seus «rebentos», um televisor de lcd com ligação por cabo à Sport Têvê, a leitura dos títulos do jornal a Bola, o periódico mais vendido em Portugal, um emprego onde ganhe bem e se esforce o menos possível, uma companheira pouco inteligente mas que saiba cozinhar bem e cuidar da limpeza da casa, um fato de treino para vestir aos fins-de-semana quando leva a passear aos shopingues a «esposa», com o dito jornal debaixo do braço e, umas patuscadas de vez em quando com uns amigalhaços.
A política? A governação do país? - Isso é para os políticos, responde ele. E defende-se, «a minha política é o trabalho!», afirmação decalcada do visionário estadista Salazar.

Os partidos políticos? - «Uma cambada de chulos e madraços». «Havia era de irem todos trabalhar p’rás obras!... Malandros!».
«Votar?», «para quê? para irem ganhar que nem uns leões à conta dos meus impostos? - Bandos de gatunos!».

«O que me vale é que nos momentos difíceis rezo sempre à senhora de Fátima! Até tenho em casa uma imagem dela que comprei na feira de Coina no ano passado!».

Caro leitor, não há governo que resista a este povo. Enquanto não houver mudança de mentalidades a culpa de tudo o que vai mal no país será sempre do governo, seja ele de direita, de esquerda ou de cor de burro quando foge.

Pensamos que as mentalidades portugas só poderão (milagrosamente) mudar se houver um cataclismo, mas com tal fenómeno não se vislumbra nem é previsível no horizonte, o país vai continuar, em cada dia que passa, a definhar, a engelhar gradualmente, tal como aquelas ameixas maduras que se comem com efeitos laxativos e por fim, na última etapa, esboroar-se.

A nossa sugestão aos jovens portugueses, fazendo coro com o grande, preclaro e bestial estadista Coelho dos Passos é: pirem-se daqui para fora, para outro país, para bem longe, se possível até, para as antípodas, que este lugar mal frequentado não é aconselhável para pessoas saudáveis.

Pedro Pereira

 

 

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