A caixa da Pandora

10-06-2016 - Franciso Pereira

Diz-se que na antiguidade, Pandora, a primeira mulher criada pelo pai dos Deuses, Zeus de seu nome, terá aberto um jarro que continha todos os males do Mundo, libertando-os e condenando a humanidade.

Pois parece que com a nossa caixa a coisa é igual. A nossa caixa tem sido utilizada como uma espécie de centro d reciclagem de lixo onde invariavelmente vai parar a lixeirada política, ele é um nunca mais acabar de nomes de insonsos políticos que passaram por administradores da caixa.

Este verdadeiro aterro sanitário do esterco partidário nacional é de facto algum sem paralelo neste mundo de vigarice. Quando não se sabe ou não existe colocação para uma qualquer alimária partidária em fim de linha, onde é que vai parar a nulidade? À caixa, claro está. As administrações da caixa têm mudado ao sabor das eleições e dos interesses politiqueiros dessa rafeirada que detêm o poder.

Cada um na sua vez PSD, PS e CDS, foram nomeando em vagas sucessivas a escumalha que foi depauperando a caixa, cada nova vaga de analfabetos políticos que ia ocupar a caixa se traduziu na libertação de mais um mal que tarde ou cedo a humanidade iria pagar com língua de palma.

Hoje faltam na caixa milhares de milhões, como de costume ninguém assume a culpa do despautério, ninguém assume os erros e políticas cretinas de indigentes intelectuais que levaram ao descalabro, e claro que hoje a caixa precisa de se reforçar porque senão rebenta de vez.

È absolutamente patético, o percurso da caixa nesta última vintena de anos, investimentos ruinosos, broncas burrices e barracadas umas atrás das outras, gente sem qualidade e sem préstimo paga a peso de ouro para destruir uma caixa como aquelas, megalomanias e labreguices, veja-se a sede, uma coisa faraónica, destemperada num país mísero, que serve para muito pouco, excepto claro está albergar uma infinita súcia de sanguessugas que fazem pouco ou nada e recebem muito.

PSD, PS e CDS, são assim uma espécie de males do mundo que esta caixa ajudou a espalhar, hoje para entreter os tansos, andam por aí a apontar o dedo uns aos outros a dizer – foste tu – quando na verdade todos chafurdaram na pocilga em que se tornou a caixa, uma pocilga demencial e suja, hoje que a porca está anémica e magra, retorcem-se e contorcem-se os vermes que a sugaram, acusando-se de uns aos outros da malfeitoria, ganhem vergonha!

P.S. – Vamos esperar que apesar, de todo o mal provocado pelas bestas politiqueiras, a caixa não venha também a precisar do dinheiro de todos nós, para quem acredita, vão rezando, vão rezando…

Francisco Pereira

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