Dar com uma mão e tirar com as outras!

03-06-2016 - Francisco Pereira

Aproxima-se o bom tempo, apesar de este ano, até o Verão estar tímido. Portugal agita-se sem saber se os Europeus nos vão impor sanções por não cumprirmos algo que eles nos impuseram e incapacitaram o cumprimento.

Desde que em 1986 entramos nesta porcaria chamada União Europeia, tem sido sempre assim, condicionam-nos, roubam-nos e depois sancionam-nos, pagaram para não produzimos, os nossos politiqueiros medíocres, alegres por irem encher o bolso, na verdadeira orgia de latrocínio que foram os consulados de Cavaco e de Guterres, épocas que convêm não esquecermos produziram os BPN, BES, Banif e outros fenómenos de roubalheira colectiva partidária, ficaram prenhes de alegria, e venderam alegremente o país retalho por retalho, hoje os que nos pagaram para não produzir, acusam-nos de sermos ociosos!

Veja-se as pescas. Temos um ror de milhas marítimas, mas como os espanhóis querem o peixe, os boches resolveram que tínhamos de abater embarcações e pescar menos, por isso pagaram para abater navios, sim porque os boches querem que os espanhóis possam estar felizes e a comprar-lhes as bugigangas, porque a Alemanha precisa de crescer.

Temos leite a rodos, em especial nos Açores, e do bom, não da zurrapa infecta que vêm de fora. Mas os holandeses que são amigos dos boches, precisam de escoar a sua super produção, logo os boches impõem quotas e pagam para abater explorações e gado leiteiro, sim porque os boches querem que os amigos holandeses possam estar felizes e a comprar-lhes as bugigangas, porque a Alemanha precisa de crescer.

Os dois exemplos anteriores exemplificam o que nos sucedeu, existiram muitos outros, claro que existe muita culpa nossa, por nos deixarmos enredar com o paleio desses boches. A nossa propensão para o latrocínio e para a vigarice fez o resto, a roubalheira que PSD, PS e CDS permitiram, para encher os bolsos aos clientes, aos amigos e para pagar favores políticos, devia fazer com a classe política portuguesa estivesse, toda enjaulada numa ilha deserta, tratada a pão e água.

Os anos 90 do século passado foram anos de fartar vilanagem, anos em que quase fomos Europeus, neste século XXI voltámos à nossa condição de terceiro mundo com a mania das grandezas, o problema é que a União Europeia, está falida, A França, a Espanha, a Itália está tudo de pantanas, o Reino Unido está a ver se escapa e quer pôr-se ao fresco da União, até a Turquia já percebeu que não ganha nada com isto. Os boches fazem o seu papel e tentam salvar o seu império europeu!

A nós que nos deixamos alegremente vender, hoje os que nos pagaram para não produzir, acusam-nos de sermos ociosos e apontam-nos o dedo, a escumalha politiqueira que temos quais baratas tontas sem norte, capados que são como o resto desta sociedade andam às cabeçadas uns aos outros ao invés de colaborarem, umas bestas é o que são

P.S. – Enquanto escrevinho isto, passa na SIC uma reportagem sobre o BANIF, no fundo é uma reportagem sobre a pulhice deste país, que fez falir quatro bancos, dois deles BPN e BANIF, bancos de regime associados a um partido político, O BPN era mesmo o banco desse partido, tanto que um dos seus mais destacados membros até traficou com acções desse banco e curiosamente tem uma casa de praia, onde mentiu sobre os impostos, num condomínio habitado por antigos gestores desse banco, vejam lá a coincidência, pulhas, biltres, patifes corja de bandalhos!

Francisco Pereira

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