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Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

Ganha fama e proveito e põe-te à sombra a descansar

27-05-2016 - Henrique Pratas

Não gostava de escrever o texto que agora vou partilha convosco mas a qualidade do Noticias de Almeirim, superiormente dirigido pelo seu coordenador Eduardo Milheiro, acompanhado neste desempenho por todos aqueles que dão suporte ao desenvolvimento deste mesmo projeto, de forma abnegada e gratuita, fazem-no apenas no sentido de dar conteúdo a um projeto que se propõe dar voz a tudo e a todos os que estão interessados em participar em tentar colocar uns pauzinhos na engrenagem de uma sociedade que todos desejamos que seja melhor para todos nós suportada nos princípios da igualdade, do respeito, da fraternidade, da solidariedade e da liberdade com responsabilidade.

No passado dia 21 de maio de 2016, apesar de me ter levantado às 6 horas da manhã, pois acordo sempre muito cedo tinha assumido o compromisso a pedido de um colaborador do Noticias de Almeirim, que brilhantemente partilhou um “escrito” na última edição, sobre o peso relevante do que é ter os direitos consagrados na lei essencial de um País como o nosso que é a Constituição da República Portuguesa, que é um facto ou uma realidade como queiram, que tem sofrido os maiores ataques, porque apesar se ter sido lavrada após o 25 de abril de 1974 e tentativas de desfragmentação por aqueles que querem fazer as coisas à sua maneira atropelando os direitos mais fundamentais e basilares que uma sociedade criada por Pessoas para as Pessoas e não para uns indivíduos. Foi demonstrado, penso eu que, foi demonstrado inequivocamente a sua importância e capacidade de resistência que tal documento demonstrou ter face aos “assaltantes” do último Governo, eleito não sei como, mas genuinamente e penso que legalmente escolhido por a maioria dos portugueses, mas nem sempre a maioria representa os interesses de um POVO condicionado e sujeito a todas as manobras de pressão de chantagem e de outros modos de chantagem emocional e física. A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA conseguiu resistir a todos os ataques que de forma traiçoeira se lhe foram incutidos, como não conseguiram utilizaram outro esquema que foi o de legislar em paralelo à mesma e com a conivência do anterior Presidente da República, que jamais fará parte da história deste País, porque ele foi um fantoche de alguns portugueses, mas não o Presidente de todos os portugueses e isso já era.

O que é facto que a personagem já não existe, está vivo mas é como se não estivesse, permitiu e foi conivente com todas as patifarias intentadas para quem nos queria empurrar para o fundo do poço à força toda não conseguiram e não vão conseguir, escrevo eu, porque a história será feita e mais tarde ou mis cedo virá à tona todos os impropérios cometidos e a forma como foram cometidos e suas intenções, porque a minoria de maduros como todos aqueles, sem exceção, que dão a sua colaboração ao Noticias de Almeirim, continuarão a escrever motivados por interesses coletivos e não individuais, em defesa de Liberdade e dos valores mais elementares de uma sociedade que pretendemos seja cada vez mais justa e igualitária onde as assimetrias se esbatam e não se acentuem.

Colocando de parte o elogio a todos os colaboradores atuais e potenciais colaboradores do Noticias de Almeirim, vamos ao assunto que me leva a escrever este texto.

Como já vos escrevi no passado sábado, apesar de me ter levantado cedo para fazer uma série de coisas que tinha que fazer e também pela primeira vez no ano poder ir à praia e nadar confortavelmente em calções de banho, porque a minha ligação ao mar me dá a sensação de liberdade e simultaneamente responsabilidade de o respeitar, porque já me obrigou a fazê-lo e me alertou que com o mar não se brinca e já tive em situações em que ele me alertou que é muito mais forte do que eu e me disse que tinha que entrar com cuidado e respeitar o seu espaço, sim porque nem o mar gosta que nós invadamos o seu espaço sem ser respeitado.

Ora como lhes escrevia depois de fazer tudo aquilo que me apetecia no tempo e da forma que me apetecia deu-me na real gana de ir à aldeia de natal dos meus pais situada do concelho da Concelho da Chamusca, mais propriamente no Arripiado e na Carregueira. Estando muito perto de Sintra, local que também adoro, pela “arejamento que nos dá” a paz que nos transmite e o descanso merecido do guerreiro, tive uma ideia alucinante após termos comedido qualquer coisa de frugal, eu e minha mulher, lembrei-me do Toucinho em Almeirim, o pioneiro da sopa de pedra. Bem pensado melhor executado, dirigi-me tão rapidamente quanto as infraestruturas criadas para realizar esta deslocação o permitiram, mas só consegui lá chegar por volta das 16h15m, sei que é tarde para almoçar, mas pretendia fazer uma refeição mais para o prazeroso e poder usufruir daquele espaço que frequentava quando era criança e o meu pai me levou várias vezes para poder usufruir dos sabores da companhia, das conversas e de tudo o que aquele espaço representava para mim. Bati com o nariz na porta, quando me dirigi ao referido restaurante foi informado peles trabalhadores, que estavam à porta fumando e gozando do “merecido” descanso” que não podíamos entrar porque estavam no seu intervalo de descanso e continuando na sua fumando em estilo de favor ainda disseram entre dentes que se esperássemos mais ou menos 20 minutos talvez se pudesse fazer qualquer coisa. Lamentavelmente e de uma forma displicente se me foi retirado um prazer que queria usufruir e como tenho mal feitio e não sou de rogar finezas a ninguém, voltei costas e dei uma volta em Almeirim procurando e já agora carregado de curiosidade para saber se a prática dos restaurantes prósperos ali instalados era a mesma, passei pela Praça de Touros, como Touro que sou de signo, caraterizado pela persistência e Ribatejano na verdadeira aceção da palavra, facilmente encontrei um restaurante que tinha as portas abertas e que muito gentilmente me recebeu através de uma senhora de nacionalidade ucraniana que com a maior das simpatias nos disse que poderíamos entrar nos pediu desculpa pelo barulho que faziam no andar de cima porque, estava a ocorrer uma festa, obviamente que não nos incomodava, fomos soberbamente recebidos no PAULO’S e tratados como eu conheci e tive o privilégio de ser tratado no TOUCINHO, referência de Almeirim.

No PAULO’S conheci o marido da senhora que nos recebeu o senhor António português emigrado na Suíça e que razões pessoais tiveram que regressar ao País que o viu nascer e está a lutar para refazer a sua vida. Da nossa conversa resultou troca e partilha de informações de ambas as partes, da qual ressalto a que o mais “afligia”, que era o facto de a senhora ucraniana ser licenciada em Economia por uma Universidade da Ucrânia e não ter conseguido a respetiva equivalência para o País onde decidiu continuar a sua vida pelas razões que lhe assistem.

Afigura-se-me ignóbil a forma como nós Portugueses tratamos estas situações e outras, não está no nosso ADN ser assim mas nos dias que correm qualquer “amanuense” criam barreiras burocráticas e como não fazem parte da solução mas sim do problema.

De acordo com a informação que me foi dada e analisando a situação com frontalidade e entendo que não existem explicações razoáveis para que isto ocorra, no nosso País, dispus-me a abrir portas, porque é o que gosto de fazer, abrir portas e não fechá-las como alguns o fazem para demonstrar o seu “poder”. Deixei os meus contatos o meu endereço eletrónico, com a maior das frontalidades deixando-lhes a eles continuar a lutarem ou não por alcançar esta meta e reconhecimento, porque entendo que a ingratidão é um dos mais miseráveis sentimentos.

Face à demonstração da minha disponibilidade para fazer parte da solução, tanto nesta como noutras situações relativamente a todos os que sofrem com este poder discricionário, recebi, mas não aceitei gentis ofertas do senhor António, que gentilmente declinei, porque entendi que não era o momento próprio e só gosto de disfrutar da partilha destes momentos depois de conseguidos os objetivos e porque não estou, nunca estive e nunca estarei à venda. Aproveitei para deixar as referências do Noticias de Almeirim e do seu coordenador, a qual apresento desde já as minhas desculpas porque o fiz sem lhe ter pedido autorização prévia, mas entendi que ele não se importaria e com gosto e tempo oportuno o Eduardo Milheiro, pessoa que muito prezo, tal e qual como é, com virtudes e defeitos como todos nós, porque o Noticias de Almeirim já me corre nas veias e como o considero uma parte de mim, tomei esta liberdade, espero que não a considerem abusiva, não foi essa a minha intenção.

Termino, fazendo alusão à questão que me levou a escrever este texto, afinal em Almeirim podemos encontrar Ucranianos que são mais Almeirinenses que os próprios naturais e que proclamam aos sete ventos as suas costelas de Ribatejanos dos sete costados, do seu malrialvismo, da sua integridade e da sua capacidade para receber, é claro que não estou a generalizar e que sei de certeza que nem todos os habitantes de Almeirim se comportam da mesma forma, mas por favor “rapaziada” de Almeirim, revejam lá as vossas atitudes se assim o entenderem, porque o vosso ADN não é este que escrevo e o dinheiro não é tudo, as PESSOAS, são o que há de mais valioso numa sociedade, por favor não se deixem corroer com coisas que se conseguem com pouco esforço e com muito facilidade, só com muito e qualificado trabalho se conquistam coisas que melhoram o coletivo social onde nos viu nascer e só assim poderão constituir exemplo para os outros.

Se outros factos que desconheço ocorreram e porque de facto não habito em Almeirim e se passam coisas que possa desconhecer, desde já aqui ficam expressas as minhas desculpas, mas não estavam habituado a este tratamento.

Henrique Pratas

 

 

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