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Somos um país de sabujos

20-05-2016 - Francisco Pereira

Somos um país de sabujos. Somos um país de ineptos intelectuais, opiniosos das opiniões dos outros incapazes enquanto sociedade de efectivamente medrar, porque sabujos, precisamos sempre de um mestre, de uma luminária que nos guie, de um maioral que nos espete o aguilhão do pampilho no lombo para andarmos mansos e submissos.

E isso vê-se diariamente pelas ruas e ruelas deste pardieiro nojento a que deram o nome de Portugal, os mansos areiam-se uns aos outros e a sua mansidão borrega de capados, só lhes fica bem, cada vez que têm de engolir as ejaculações dos bois de cobrição dessa Europa medíocre, em felácios contínuos a cada ano que passa cada vez mais enterrados e mansos capados, pagamos, aos bois europeus que nos entopem a boca, aos mansos lusitanos, e o ânus com grossas vergas entesadas de austeridade e pagamentos especiais por conta, resfolegam de prazer, ganem, urram a cada vez que se esvaem em esperma salvador de empréstimos, de que os mansos lusos precisam como outros necessitam de oxigénio.

Somos um país de sabujos. Miseravelmente comprometidos com a Direita honesta, intelectual, salvadora e brilhante ou com a Esquerda moderna, inteligente igualmente salvadora, e com as políticas de merda de uns e de outros que por enquanto apenas servem para encher os bolsos aos do costume. Se o despesismo que dizem ser de Esquerda não resolve e a somítica austeridade que dizem ser de Direita também não, então que receituário devemos pedir?

Comecemos por deixar de ser mansos, de ser uns traga traques, uns míseros anões intelectuais umas bostas, mais metade dos portugueses se por milagre desaparecer amanhã, o mundo não perde nada, porque são bosta, esterco humano que nem um flato valem, criaturas amorfas, incapazes de se questionar e de questionar o que quer que seja, começando pelos seus míseros «valores», pelas suas vidinhas medíocres.

Mas não. Os mansos estão demasiado ocupados com futebóis, com velinhas à santa, a cagar e a mijar os passeios com os rafeiros pulguentos, a bater em velhos e mulheres e a violar crianças, estão demasiado ocupados a discutir futebol, a matarem-se nas estradas porque são umas bestas, a não respeitar a lei e a pedir perdão, mas não há perdão nem redenção para a «imbecilocracia» em que vivemos, vivemos no priorado da imbecilidade, do labrego azeiteiro, da minoria safardana e parasita, do Chico esperto mentecapto, vivemos na esteira do desenrasca, do desenrascado e do desenrascanço, a epítome da
«portugalidade» é esta coisa medíocre e parola de rirmos dos outros sem sequer sabermos rir de nós.

Somos um país de sabujos. Sempre prontos a saltar antes sequer que o dono nos mande, somos uns eunucos, que adoramos ter o rabinho preenchido, detestamos bichas e rabetas, mas no fundo somos uns paneleiros recalcados, que por mor de uns tostões empenhamos a dignidade, somos umas putas tristes e sifilíticas vendemos os nossos corpos em chaga, por um naco de merda por um cento de coisa nenhuma, perdemos toda a nossa dignidade, que já nada vale, hoje já ninguém empenha as barbas por causa da honra, hoje já ninguém sabe sequer o que é isso da honra da decência e da honestidade.

Somos um país de sabujos! Um reles rectângulo de mixordeiros analfabetos e capados, e duvido que alguma vez passaremos disso!

Francisco Pereira

 

 

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