Escola Pública Escola Privada uma discussão com pouco norte
20-05-2016 - Andrade Silva
Embora seja pura perda de tempo, mas para que conste
Sou pai, fui membro de uma comissão de pais, fui psicólogo em meio escolar, nomeadamente IMPE,CM.O meu filho estudou no público no tempo da Paixão de Guterres, pela educação, mas a sua paixão era um pesadelo.
Logo para além dos crimes por gestão odiosa, corrupta do governo anterior fica de fora a análise exacta da qualidade da escola pública ou seja:
Que Instalações?
Qual a Competência em sala de aula dos professores?
Qual a Assiduidade dos professores no público?
Avaliação do mérito real na sala de aulas. O que uma ministra do PS quis fazer neste campo tinha virtudes, mas tinha no seu seio a besteira burocrática e administrativa, como lhe disse, olhos nos olhos, numa sessão do PS da Almirante Reis, mas logo uma série de serventuários louvaram os méritos da proposta da ministra, em contrapartida a proposta de NÂO AVALIAÇÂO da Frenprof é um aborto e uma inqualificável injustiça para os professores, professores. O processo de avaliação nas Escolas, como na tropa ou em qualquer parte deve ser gizado por uma equipa multidisciplinar em diálogo, neste caso, com os professores, mas sem cedências a reivindicações imorais de encobrimento de incompetência, falta de vocação etc.
Qual a motivação e vocação profissional dos professores?
Como a escola pública interessa os pais pela escola?
A avaliação do stresse. Nenhuma profissão deverá apresentar profissionais com moderado a elevado distresse superior a 15, 20% do seu efectivo, quando as cifras atingem valores de 30% como na policia, ou mais, como parece ser o caso dos professores, tem de ser declarado o estado de crise profissional nessa profissão, com soluções de emergência, a falta destas soluções na PSP e GNR potenciam o suicídio, como está a acontecer, nas escolas quiçá quadros de ansiedade que diminuem gravemente a eficiência e a proficiência profissionais
Naturalmente que sem uma ampla resposta à escola pública nestas e outras alíneas, como a da carga horária, os vencimentos e a definição de áreas sociais problemáticas, com turmas problemáticas a exigir intervenções especiais, ninguém está a falar da Escola Pública, que abandonaram há muito, mas de jogos florais políticos, pouco sérios, incompetentes, ou mesmo desonestos.
E onde a escola pública tiver a qualidade da privada, não é aceitável a duplicação e muito menos que custem mais ao erário público que as turmas públicas, a haver qualquer diferenciação positiva teria de ser para o ensino público, sobretudo nas áreas de maior desagregação e exclusão social, e, em todos os casos, por ser inconstitucional o estado não pode sustentar um ensino com um pendor explícito ou implícito religioso.
Bem! Mas o que dá é a mera argumentação ideológica, cognitivista em abstracto, e, assim, se perdem oportunidades para se definir que Educação Pública, Privada e Cooperativa nos termos da constituição. Constituição que garante e respeita a totalidade dos direitos humanos e outras conquistas civilizacionais.
No presente caso, como todos confrontam a suposta qualidade do privado face ao Público, seria de demonstrar as virtudes do público, ou de o fazer evoluir no sentido da qualidade, o que, me parece absolutamente necessário e imperativo que venha a acontecer, e que, nomeadamente no tempo de Guterres e seus sucessores não foi feito, e que qualquer processo de evolução possa até ter sido deliberadamente, como parece ter sido, sabotado pelo anterior governo, para através de uma gestão odiosa e inconstitucional, o que é crime, ter com dolo destruído a educação pública para beneficiar o sector, ou algum sector da educação privado. Facto que se aconteceu deverá ser objecto de informação fundamentada aos portugueses e dos respectivos processos- crime. Sempre que há crime a justiça deve intervir com eficácia e, este procedimento, não é a judicialização da politica, mas sim o fim da impunidade, o que, no lodaçal português é pedir demais, mas....
Andrade da Silva
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