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ESCOLA PÚBLICA OU PRIVADA

13-05-2016 - Henrique Pratas

Este Governo e bem na minha opinião, através do Ministro da Educação quer rentabilizar todas as escolas que se encontram desaproveitadas e simultaneamente dá a possibilidades de professores sem horário ou desempregados de exerceram a profissão.

Como se recordam em Portugal existiu uma monarquia até ao ano de 1910, onde apenas os nobres tinham direito à Educação e Cultura, a implantação que se realizou no ano a que faço referência tinha como “bandeira” criar as Escolas Públicas e dar acesso a todos ao ensino. Isto foi uma grande conquista, não se pode perder a favor de Colégios alguns de credibilidade muito duvidosa, onde os meninos conseguem as médias que querem a troco de um pagamento mensal mais pesado para as famílias.

Não podemos ir por aí é na escola pública, principalmente no ensino básico que se aprende muito é nesta fase que os rapazes e raparigas deste País se formam, aprendem métodos de trabalho, aprendem regras, incluindo as mais básicas, por exemplo aprender a viver em sociedade, porque se não aprenderem nessa idade nunca mais vão aprender coisas muito simples, como o respeitar o próximo, aprender valores como a igualdade, a fraternidade e solidariedade. Se não aprenderem estamos a criar monstros que a única coisa que sabem é brincar nas playstations, nos jogos dos iphones consolas e outros equipamentos que esta juventude tem, um dia mais tarde não sabem falar com as pessoas se não através de mecanismos que o avanço tecnológico sofreu.

Eu já assisti a pais e filhos sentados no consultório médico ou outro local público e não falam entre eles, está cada um agarrado ao seu sistema eletrónico e não falam um com um outro, isto para mim é inadmissível. Também nos dias de hoje alguns dos novos trabalhadores ou não tão novos quanto isso, já levam phones para o seu local de trabalho para poderem ouvir a sua música ou rádio, mas depois quando é para falarem não conseguem dizer nada de jeito pois começam a ter um raciocino que está compactado e invadido pelas novas tecnologias. As pessoas são pessoas e a capacidade de interagir entre elas deve ser fomentada e desenvolvida porque só assim se constrói uma sociedade melhor.

Voltando à questão que me levou a escrever este texto, defendo a Escola Pública como sendo o melhor, porquê, muito simples os nossos Governantes defendem a tão falada “ igualdade de oportunidades”, a “igualdade de géneros”, mais recebemos milhões da Comissão Europeia para que se atenuem estas desigualdades e agora surge esta polémica que não tem razão de existir. O ensino deve ser tendencialmente gratuito para todos os cidadãos, independentemente, da raça, do credo, ou da sua condição social, se queremos promover as igualdades referidas anteriormente que tal começarem pela Escola Pública, com professores qualificados e pagos convenientemente, porque eles estão a formar “as gentes do futuro” e em certos Colégios Privados, sabemos o que se passa e não passa.

O facto de anterior Governo ter alguma fobia contra a Escola Pública e ter celebrados acordos com Colégios Privados para receberem rapazes e raparigas para os frequentarem, invocando que a Escola Pública não tinha lugar para receber tantos alunos, isto foi uma das maiores das mentiras e golpada que se pôde fazer, para dar dinheiro e privilegiar a Escola Privada, sabendo que na Escola Pública havia condições para receber os alunos, só que entretanto foram colocando professores no desemprego e outros sem horários, este ato constitui em meu entender um crime lesa pátria e continuamos sem encontrar ou saber quem são os responsáveis. Paralelamente a isto independentemente da memória do Senhor Primeiro-Ministro andar num estado lastimável porque não se recorda de fazer inaugurações ou afirma mesmo que não esteve em nenhuma inauguração, a cara de pau é tamanha e decoro é palavra que não conhece, que esteve presente em inaugurações de algumas Escolas Públicas. Mas vamos deixar a personagem nos confins do seu conveniente esquecimento em paz e vamos de facto aos factos.

Como sabem a taxa de natalidade tem manifestado uma quebra acentuada a não se inverter esta tendência em 2020/2021,vamos ter uma população extremamente envelhecida e “gente” nova pouca, mas isto já é conhecido por muitos há muito tempo e o que é que se fez para contrariar esta tendência reduzir os rendimentos do agregado familiar. As pessoas não são doidas ter um filho, educá-lo e criá-lo é uma responsabilidade muito grande e aí as famílias que estava em idade certa de serem pais, se é que há uma idade certa para serem pais, mas sentido não pele, os cortes cegos que foram implementados, quando pensavam em ter filhos esta monstruosidade estava presente, alguns tiveram só um filho, outros nem sequer se arriscaram a “isso” e eu não os critico antes pelo contrário.

Esta guerra surda não faz sentido nenhum alguns dos Colégios Privados é que estão por detrás destas movimentações aterrorizadoras, porque já perceberem que não vão ganhar o dinheiro que esperavam com os protocolos celebrados pelo anterior Governo, a Escola Pública está de volta e com vontade de dar condições de frequência de quem nela entra, conjugando esta aposta com os professores que estão empenhados em exercer a sua profissão com qualidade.

O mesmo deveria acontecer no Ensino Universitário, nem toda a gente, quer, pode ser doutor ou engenheiros o nosso mercado de trabalho precisa de gente qualificada que vêm dos Cursos Profissionais, como no antigo regime existia a Escola Comercial, a Escola Industrial e o Liceu e antes disto havia o Ciclo Preparatório e os meninos e as meninas faziam exame de passagem da 4.ª classe ou quarto ano como queiram, para transitar par a Escola Técnica (Comercial ou Industrial) e em cada um dos anos tinha que haver aproveitamento escolar porque senão ficávamos a marcar passo, enquanto os outros evoluíam e ninguém gosta de ver isto só quem não queira de facto “estudar”, que os havia e ainda nos dias de hoje há. Quem chegava ao quinto ano do Curso Comercial ou do Industrial tinham mais exames para saber se tinham condições para evoluírem os Ciclos Preparatórios para depois poderem seguir para o Instituto Comercial ou Industrial e se tivessem aproveitamento os que não tivessem média de 16 valores, tinham que fazer um exame de admissão à Universidade Pública para onde pretendiam ir e só depois de provarem que sabiam é que entravam, não existiam tantos facilitismos como existem hoje, o País precisa de gente qualificada, não é de gabarolas ou de gente sem conhecimentos mínimos.

Quer ler este meu texto pode pensar que sou muito conservador ou saudosista do passado, não nada disso, nós temos que aprender onde é que fica o meio termo e não podemos passar pelos processos de exigência extrema implementados no tempo de Salazar e Caetano e no facilitismo que agora existe onde em algumas Universidades Privadas são os alunos que decidem que avaliação é que querem ter, como pagam propinas caras acham-se no direito de não chumbar mesmo que não saibam a matéria que é dada em cada uma das cadeiras.

VIVA A ESCOLA PÚBLICA .

Henrique Pratas

 

 

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