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A REALIDADE DO PAÍS

13-05-2016 - Henrique Pratas

O país real, de que tantos falam mas que muito poucos ou quase nenhuns o conhecem, só é entendível quando nós lá vamos e não é de passagem.

Como lhes contei noutros textos o meio primeiro País que conheci foi Portugal, tive o privilégio de ter um pai, que se fosse vivo faria hoje anos, que me levou a conhecer todos os cantinhos deste lindo País e me ensinou que a maior riqueza era conhecer as pessoas, fazer amigos à séria, não conhecidos.

Esta educação que me foi dada tem-me servido de muito na minha vida já longa profissional (35 anos), porque aprendi que as pessoas são diferentes de região para região e dentro da própria região também existem diferenças.

Neste último trabalho que nos foi solicitado pela organização para a qual exerço funções tenho passado por muitas zonas do nosso País e a primeira coisa que eu faço é deixar-me aculturar e entender o modo de funcionamento, de pensar, de ser e de estar, desta forma consigo levar a minha “carta a Garcia” e fico mais rico culturalmente, porque aprendo sempre com as pessoas que tenho que lidar, um conhecimento aqui outro acolá uma conversa mais fácil aqui e mais difícil além, mas vamos aprendendo sempre mais, porque quem se convencer de que já sabe tudo, não sabe rigorosamente nada, eu estou sempre num processo de aprendizagem, que conhece melhor as regiões do País que não os próprios habitantes, somos nós e os que nos Governam que conhecemos bem as diferentes regiões do País, quem pensar desta forma está muito bem enganado, aliás é por isso que muitas das medidas centralmente não têm aplicabilidade nenhuma porque se esqueceram de ouvir aqueles que vão ter que aplicar as mesmas. O nosso País não é todo igual e ainda bem as pessoas são diferentes de região para região e se uns reagem de uma maneira outros reagem de outra. Aliás atrevo-me a escrever que o nosso mal tem sido a centralização do Poder, apesar de sermos um País de pequenas dimensões, o centralismo do Poder deveria em meu atender, “enviar” os seus assessores às diferentes regiões do País para fazer debates sobre medidas que são concebidas centralmente, mas que na minha opinião deveriam envolver as pessoas das diferentes regiões, responder-me-ão mas iria levar uma eternidade, convém realçar que me refiro apenas às medidas de carácter estruturante e não aquelas de gestão corrente, estas últimas não têm importância. Só assim se conseguiria que uma medida estruturante aplicada resultasse, com a envolvência das populações, mas como isto dá trabalho e os rapazes, gostam de ter emprego e não trabalho, isto que vos estou a contar não resulta e não vai resultar enquanto o que processo que vos manifestei ser o mais correto e aquele que devia funcionar, não for posto na prática, nunca mais saímos da cepa torta.

A título de exemplo e a maior parte dos cidadãos deste País não terá conhecimento, mas fala-se em que temos um deficit de milhões, mas quem passar na estrada antiga que liga Sines a Espanha, vai vendo onde estão a maior parte desses milhões enterrados, vimos placas de betão, para fazer as pontes no tráfego rodoviário no chão assim como os postes que suportariam essa estrutura devidamente construídos, a aguardar que alguém se decida a dar continuidade à obra que em muitos troços já tem brita colocada, tem as manilhas mais estreitas para colocar à beira da estrada para serem colocadas e as pontes por onde passam fluxos de água devidamente construídos, ao lado e como estavam inicialmente concebido, está a linha do caminho-de-ferro e eu olho para aquilo mas estamos à espera do quê? Todos nós sabemos ou a maior parte de temos conhecimento que o porto de Sines é o porto que tem melhores condições para receber navios de grande calado e a um preço muito mais baixo que o porto de Lisboa e andámos a desbaratar dinheiro para saber quanto custava transferir o terminal de contentores de Lisboa para a Trafaria, há partida isto não faz sentido nenhum porque, na Trafaria não existe condições para o escoamento dos mesmos, como existe em Sines. Se o que está meio feito fosse terminado, teríamos umas condições excelentes para dinamizar o tão falado Pólo de Sines, desconhecendo as razões porque foram paradas as obras de acessibilidade para o transporte rodoviário, com ligação às vias rápidas entretanto criadas e a linha ferroviária ficou parada também.

Vocês entendem eu não, isto não tem sentido nenhuma, uma coisa quando se começa acaba-se, a não ser que vejamos que as dificuldades sejam muitas ou que ocorra algo de inesperado, mas por isso se fazem o que eu chamo os “trabalhos de casa”, de preparação de auscultação das pessoas que conhecem muito bem a região e que dizem talvez seja melhor este traçado e não o que está no papel, ninguém faz isto e depois dá raia ou acontece algo que não sabemos o que foi e os milhões estão ao Sol e há Chuva e ai daqui d’el rei que o deficit público aumentou significativamente, pudera começa-se uma obra gastam-se milhões e depois não há a coragem de levar até ao fim o que seria um investimento para o desenvolvimento do País.

Não entendo nada disto…..

Henrique Pratas

 

 

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