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Impunidade e Loucura

29-04-2016 - Francisco Pereira

Isto anda tudo tonto! É uma das frases mais comummente ouvidas a escorrer pelas conversas alheias, “vox populi” dizem os do costume, esses temas parecem cascatas, que por estes dias de fastio entediante, escorrem apressadas, gente a ansiolíticos é aos magotes, somos aliás um dos países europeus que mais se encharca com semelhante peste. E de facto parece que anda tudo doido.

Nas escolas da rede do Ensino Público, reina a mais a absoluta impunidade e falta de disciplina, se mais ocorrências não se conhecem é porque simplesmente, não chegam à comunicação social ou são pura e simplesmente abafadas pela lei da rolha que todos sabemos existir, bullying de todas as formas e feitios, arruaças, roubos agressões e o mais absoluto caos neste reino da impunidade.

As exigências da escola facilitista de hoje, centram-se em querer muito e depressa e sempre o mesmo e mais do mesmo, mesmo quando, ao fim de quase uma década de idiotaria pegada e de resultados miseráveis, ainda ninguém tenha assente os pés na terra e ponderado com seriedade a pura estupidez em que estamos a incorrer, estamos a enlouquecer as nossas crianças!

A impunidade grassa no reino do disparate que somos, sem que governo algum, tenha decência intelectual de sequer lhe por cobro, o actual, também não me parece capaz de tal tarefa, prisioneiro que está das teorias libertárias dos esquerdalhos mirabolantes, como anteriormente a direita sacrista estava prisioneira de pruridos de sociais-democracias com cheiro a incensório de altar, daí resultando que uns e outros deixaram este país chegar ao mais miserável dos estados de impunidade, que diga-se “en passant” lhes dá muito jeito.

Na escola, campo de batalha diário, onde vindos de lares sem regras, filhos de progenitores medíocres e sem educação, os fedelhos experienciam o começo da noção da impunidade, com excepção dos alunos, que gozam de plena liberdade de acção, todos os outros intervenientes estão literalmente espartilhados e de mãos atadas, onde à atroz falta de disciplina se junta a impunidade consentida e até promovida, pela legislação “humanista” destes governos torpes e igualmente medíocres.

Os pobres dos miúdos, entalados entre o português e a matemática, entre programas concebidos por idiotas, e exigências de horários e testes e provas e exames e toda a parafernália avaliadora e aferidora do nada, batem-se. Todos os dias à porrada, uns nos outros, nas auxiliares, nas professoras enfim no que calhar, num escape, num cada vez mais vão escape à loucura.

Como das agressões escolares nada resulta, como crescerão esses meninos e meninas, que adolescentes serão e que adultos se tornarão. Fácil a resposta, serão gente destrambelhada, ficarão desde cedo cientes de que tudo podem, porque a impunidade foi a lição que mais perceberam, um aluno pode hoje em dia deitar fogo à escola sem que literalmente nada lhe aconteça.

As pobres crianças, pressionadas por papás igualmente dementes, começando logo no pré-escolar as exigências demenciais dos pais, que parecem não perceber que ali, estruturam-se regras, apura-se a motricidade, desperta-se e estimula-se o conhecimento através da arte, da música e da brincadeira, oxalá os outros graus de ensino fossem assim, seguramente teríamos crianças mentalmente mais saudáveis.

Miúdos impunes, serão adultos criminosos? Não vos sei responder com certeza, o que sei da observação, é que miúdos impunes, são gente sem civismo, sem respeito pelo próximo, egoístas, arrogantes e pior que tudo gente infeliz que tenta através dos gadjets da modernidade electrónica suprir a falta de simples de um sorriso! Estamos realmente a ficar todos tontos!

Francisco Pereira

 

 

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