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NEM MAIS, NEM MENOS.....Corrupção é generalizada para 90% dos portugueses!

07-02-2014 - Armindo Bento

Há dias atrás Comissão Europeia apresentou os resultados de duas sondagens de opinião sobre corrupção. Um dos inquéritos revela que 90 % dos portugueses concordam que a corrupção é generalizada no país. Ou seja a corrupção em Portugal, é muito profunda[1], ocorre nas bases e nas estruturas da democracia e da economia. Os portugueses não a vêem apenas a sentem, pois tudo se passa nos bastidores, e entre indivíduos, onde todos eles, os intervenientes beneficiam, e portanto ninguém se queixa ou denuncia, porque o único lesado é o povo, que nada sabe.

No entanto, o que não deixa de ser espantoso, ou talvez não, menos de 1% da dos portugueses assume ter tido experiência directa com a corrupção, um dos melhores resultados dado que a média da UE é 4%, pelo contrário, cerca de um terço dos portugueses consideram que são atingidos pela corrupção no seu dia-a-dia, isto é a bem e conhecida maneira dos portugueses, sabemos que existe....mas nada é connosco!

Os portugueses são contudo os que mais acreditam em que o recurso a conhecimentos é muitas vezes a maneira mais fácil de obter certos serviços públicos (79%) e os que defendem que a única forma de ter êxito nos negócios é através de ligações políticas (76%) - valores que ficam bastante acima da média da União Europeia, que é de 69% e 47%, respectivamente, isto é só lá vamos pela "velha cunha", pelo mérito nem pensar!

Uma opinião que parece ser partilhada pelo tecido empresarial: mais de dois terços das companhias nacionais admitem que a corrupção é um obstáculo à sua actividade, sendo um "obstáculo", mas quem a sustenta? O valor médio na União é de 43%.

A corrupção ao favorecer algumas empresas conduz à falência as suas concorrentes, devido à concorrência desleal.

O relatório faz um bom trabalho a listar as leis e regulamentos que o Estado Português tem vindo a produzir. O problema é que são reformas 'para inglês ver',que não trouxeram mais eficácia ao combate à corrupção. Portugal gosta de mudar leis e criar organismos em resposta a avaliações internacionais, mas, na prática, nada muda", refere a associação cívica, em comunicado. Os políticos criam os organismos, as listas, as leis, apenas para subir nas estatísticas e aparentar menos corrupção, mas na realidade nada funciona, nem é suposto funcionar. "Os males estão diagnosticados há muito. E o primeiro desses males é a falta de vontade política para implementar uma estratégia nacional de combate à corrupção.

Uma lei a brincar

"A negligência dos políticos na gestão dos recursos públicos é punida por lei – mas a norma penal tem tantas atenuantes e excepções que, na prática, nenhum governante prestará contas à Justiça se negligentemente atirar o País para a falência. É uma lei trapalhona. Em vez de punir, consente. É uma esponja que limpa o crime – ou um ralo por onde escapam criminosos.

Todos sabem da corrupção, e para que ela acabe, bastava haver vontade política. Nós não temos combate à corrupção. Temos normas de branqueamento, que é uma coisa diferente. Temos normas que permitem aos corruptos saírem de um julgamento todos praticamente ilibados...

[1] http://www.youtube.com/watch?v=DjKyIpWy4ME

 

 

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