Angola: Preço do petróleo não deve subir a curto prazo

12-02-2016 - Rede Angola

Agência Internacional de Energia (AIE) rejeitou as previsões que apontam para uma desaceleração da queda do preço do barril.

A Agência Internacional de Energia (AIE) rejeitou ontem as previsões que apontam para uma desaceleração da queda do preço do petróleo, realçando que a curto prazo não vislumbra um aumento dos preços.

A afirmativa, feita pela agência no seu relatório mensal sobre o mercado do petróleo em Fevereiro, desmontou as principais suposições sobre o excesso da oferta global, que foi responsável por uma queda em mais de 70 por cento dos preços no último ano.

Segundo a organização, citada pelo Observador, a especulação sobre a existência de um acordo entre a Organização dos Países Exportadores (OPEP) e os principais produtores que não pertencem à sigla para reduzir a produção não é mais do que “uma mera conjectura”.

“Apesar da crença de que a produção não vai aumentar tanto em 2016 como em 2015, a produção no Iraque atingiu um novo recorde em Janeiro, existindo elementos que a Arábia Saudita aumentou as ordens de produção e que no Irão também aceleraram, depois do levantamento das sanções”, acrescenta o documento.

A agência chega a estimar uma desaceleração do crescimento do consumo de petróleo para este ano, para 1,2 milhões de barris por dia, colocando assim dúvidas sobre a possibilidade desta queda dos preços levar a um aumento da procura.

Assim, continua a publicação, a AIE alerta que o excedente da oferta face à procura no início de 2016 ainda é maior do que o previsto no relatório anterior. Partindo do pressuposto de que a produção de petróleo da OPEP se mantenha estável nos 32,7 milhões de barris diários no primeiro trimestre, haverá um aumento no excedente de dois milhões de barris diários.

“Se estes valores se confirmarem, num mercado inundado de petróleo, é difícil perceber como é que os preços de petróleo poderiam aumentar significativamente a curto prazo”.

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