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Faqueiros e dignidade

05-02-2016 - Francisco Pereira

Qual será a diferença entre comer com um faqueiro de 75 mil Euros ou de comer com um faqueiro de 19.99 Euros? Será que há diferenças entre o sabor de uma entremeada degustada em faqueiro de prata e uma outra entremeada degustada em faqueiro de aço inoxidável ou mesmo com as mãos sem apetrechos?

Creio que a resposta será fácil. Dependendo do apuro do cozinheiro e do tempero, a entremeada saberá ao mesmo. Então porque se digna este país de farroupilhas, este antro de indigentes que anda há trezentos anos de mão estendida, a pedinchar, a gastar duzentos mil euros em faqueiros?

Resposta igualmente fácil. Porque falta dignidade aos nossos políticos. E a sua falta de dignidade de decência e de temperança nota-se nestes singelos delírios de prostituta velha e falida que quer presumir mais do que aquilo que é.

Aos nossos políticos continua a faltar a decência e a dignidade, e não é com faqueiros de prata que ganham essa dignidade antes pelo contrário.

Este tipo de atitudes num país falido e pelintra, dão a ideia de Estado falhado, de “república bananeira”, dão a ideia de pardieiro de terceiro mundo, miserável e parolo, onde as elites de labregos se empanturram, enquanto a plebe morre à míngua.

Um país onde merceeiros manholas se elevam ao estatuto de grandes empresários e acham que podem falar sobre tudo o que querem, acertando umas e errando mais ainda, desde que os seus impostos sejam pagos num sítio mais favorável como por exemplo a Holanda, nesta Europa do disparate, tudo é possível, até comprar duzentos mil Euros de faqueiros.

Nestes últimos dias tenho ouvido os politiqueiros rasca, a falar da credibilidade de Portugal, e porque torna e porque deixa. A credibilidade de Portugal vê-se em subvenções vitalícias, em faqueiros de milhares de Euros em senhas de presença disto e daqueloutro, num Banco de Portugal que deixa falir, por enquanto, quatro bancos sem supervisionar coisa nenhuma, vê-se em ordenados e reformas milionárias de gentalha torpe e incompetente que se arrastou durante décadas pelos corredores do poder a produzir zero, é nisso que se vê a credibilidade e mais se vê nesses factos miseráveis em que se reflecte a completa e atroz falta de dignidade desta tropa fandanga.

A credibilidade de Portugal é relativa, e aos mercados interessa zero, aos mercados e à especulação interessa é poderem fazer dinheiro, seja lá de que maneira for, qual credibilidade qual carapuça, senão a esta hora o Daesh esse fenómeno de imbecis religiosos que trespassa o coração do próximo oriente estariam na miséria, por aí se vê que quando se trata de fazer dinheiro a dita credibilidade interessa “zero”.

O que falta é dignidade, a dignidade de perceber a miséria social e intelectual deste povo, governado por gente indigna e malévola mas quanto a isso parece que continuaremos na mesma, sem dignidade nenhuma!

Francisco Pereira

 

 

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